Diogo Otavio Pereira e Silva
Acadêmico do 8º semestre
Os
reflexos que a evolução científica e tecnológica exerce nas relações
internacionais estão cada vez mais evidentes. Observa-se que os países na
vanguarda dos avanços nestes campos possuem grande poder em influenciar os
demais através de uma relação, na maioria das vezes, de dependência. No
entanto, tão importante para um país quanto produzir ciência e tecnologia é a
disponibilidade de recursos naturais para este fim.
A Amazônia detém de 15% a 20%
de toda a biodiversidade do planeta.
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A
biotecnologia é a tecnologia baseada na biologia, e segundo a Convenção sobre
Diversidade Biológica das Nações Unidas, é o uso do conhecimento sobre os
processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos com o intuito de
resolver problemas e criar produtos de utilidade. Assim, são vários os setores
influenciados diretamente pela biotecnologia, tais como: o agrícola, o
alimentar, o energético, o farmacêutico e o químico.
A bioindústria global movimenta até
US$ 780 bilhões anuais.
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Neste sentido, foi desenvolvido o Centro de Biotecnologia
da Amazônia (CBA), localizado em Manaus. O intuito é desenvolver tecnologias
para negócios da bioindústria do país, além de contribuir para o
desenvolvimento regional a partir da exploração sustentável da região. Em
Belém, também está sediado o Laboratório de Biotecnologia de Plantas da Embrapa,
fruto de um convênio com a Agência de Cooperação Internacional do Japão – JICA,
cujo enfoque é as pesquisas com as plantas da Amazônia.
Essas
iniciativas na Amazônia visam, além de produzir conhecimento, integrar a região
na dinâmica da bioindústria global. Afinal, o potencial da biodiversidade
amazônica já é reconhecido internacionalmente e aumenta o interesse de empresas
estrangeiras na região que, na ausência de empreendimentos nacionais, poderão
usufruir dos ganhos proporcionados pela floresta, desenvolver conhecimento em
seus países e aumentar a dependência para com nações que ignoram investimentos
em ciência e tecnologia.
Referências bibliográficas:
RIFKIN, J. O século da
biotecnologia. São Paulo: Makron Books, 1999.
COSTA BARBOSA,
Francisco Benedito da. A biotecnologia e a conservação da
biodiversidade amazônica, sua inserção na política ambiental. Cadernos de
Ciência & Tecnologia, Brasília, v.18, n.2, p.69-94, maio/ago. 2001.
NAÇÕES UNIDAS. Convenção sobre Diversidade Biológica (artigo
2). 1992.
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