sexta-feira, 28 de junho de 2013

Orgulho Gay: a formação da identidade gay global.

Kleber da Cruz Mesquita Junior
Acadêmico do 8º Semestre.

            Nunca se discutiu tanto acerca da igualdade de direitos para homossexuais no mundo. Estados, Organizações Internacionais e celebridades posicionam-se cada vez mais veementemente em favor da aceitação das variantes sexuais, compreendendo-as como parte fundamental dos Direitos Humanos. Fruto de décadas de luta por parte de grupos homossexuais ao redor do mundo, a discussão acerca das variantes de gênero se faz presente em quase todos os níveis sociais. Movimentos estes alimentados em grande medida por um único combustível: o orgulho gay. Analisemos brevemente sua formação histórica e as discussões que ainda existem ao redor deste conceito.
            Em diferentes momentos históricos, o comportamento sexual entre pessoas de mesmo sexo foi visto por óticas diferentes, mas sempre foi discutido pela sociedade. Na antiguidade clássica, estas práticas eram normais, ainda que estivessem atreladas a certas preocupações públicas, especialmente relacionadas ao crescimento populacional. Com o levante da moral cristã, e apropriando-se de um termo bíblico, o homem que mantinha relações sexuais com um igual era chamado sodomita. Já no século XIX, o termo homossexual surge como a diferenciação entre aquele que é normal e o seu diferente:

O homossexual do século XIX torna-se uma personagem: um passado, uma história, uma infância, um caráter, uma forma de vida; [...] A homossexualidade apareceu como uma das figuras da sexualidade quando foi transferida, da prática da sodomia, para uma espécie de androgenia interior, um hermafroditismo da alma. O sodomita era um reincidente, agora o homossexual é uma espécie. (FOUCAULT, 1984, pp. 43, 44)

        Esta separação do homossexual e do heterossexual, pela primeira vez na história, cria a identificação de variantes de gênero pela ciência e pela sociedade, possibilitando um símbolo através do qual se organizaram os movimentos de pessoas com comportamento sexual diferente do homem-mulher: o gay. O slogan da Queer Nation nos Estados Unidos exemplifica bem esta realidade: “WE’RE HERE, WE’RE QUEER, GET USED TO IT!”. Este sentimento de pertencimento a um grupo social determinado e até então diferenciado gerou as bases para a formação de um comportamento social próprio que identificava quem é gay e quem não é.
            Neste sentido, a formação da identidade gay se baseia na opressão, como uma resposta à imposição social de um comportamento heteronormativo. Os homossexuais saíram do armário e não são poucos, e se afirmaram perante a sociedade ao invés de sentirem vergonha. Assim emergem as organizações gays nacionais e internacionais, comunidades e movimentos que indicam o nível de irmandade entre homens que se identificam como gays em diferentes culturas e o grau de aceitação que existe para a homossexualidade em escala mundial. De acordo com Altman (1983, p. 217), “o modelo gay americano criou uma identidade gay global que tenta ser diferente do padrão aceito, enfrenta a perseguição em prol dos direitos pessoais e acolhe a solidariedade entre gays”.
            Judith Butler (1990) é quem vai argumentar esta formação da identidade de gênero como performatização de padrões de comportamento que um indivíduo adota como seus devido ao sentimento de pertencimento a um grupo específico. Isto explica não só a possibilidade da criação de uma identidade gay e de seus símbolos universais, como também de outras variantes de gênero. Neste sentido, existem padrões de comportamento diferentes nas variantes sexuais ao redor do mundo, o que, na prática, quer dizer que um homem que mantém relações sexuais com outro não necessariamente precisa gostar de Madonna, ou que uma mulher que mantém relações sexuais com outra mulher não pode usar salto alto. Tampouco ambos obrigatoriamente se sentem gays. Isto não só nos leva a refletir sobre o que é, em si, a homossexualidade, como também no motivo de entendermos que Bart Simpson é heterossexual.
            Entretanto, a formação de um comportamento gay internacional é clara, e um dos fatores mais importantes para o seu desenvolvimento é a globalização (SUTTON, 2007). Aliada a um forte movimento homossexual estadunidense, a rápida propagação de idéias e valores adotados pelos homossexuais norte-americanos permitiu que, rapidamente, um homem que mantivesse relações sexuais com outro homem no Japão pudesse, a seu critério, não se sentir só japonês, como também gay. As superproduções de Hollywood, os seriados e a própria veiculação de informações acerca dos movimentos homossexuais internacionalmente gerou um sentimento de pertencimento que veio a ser chamado de Orgulho Gay. Os homossexuais surgem então como um grupo que apresenta comportamentos com aspectos semelhantes em qualquer parte do mundo, via de regra descrito como o padrão homossexual ocidental.
            Por fim, vale ressaltar que nenhum outro grupo social apresenta tantas possibilidades atualmente a nível internacional como o homossexual. Muitas vitórias foram alcançadas no âmbito dos Estados, das Organizações Internacionais, da mídia e dos Direitos Humanos. Entretanto, ainda há questões que hoje se apresentam como os baluartes dos movimentos homossexuais, como o casamento e a adoção. Em rumo a uma inevitável aceitação social (SUTTON, 2007), porém ainda com aspectos incertos, acompanhemos de perto o mundo gay, pois o século XXI será aquele que mais vai discutir as variantes sexuais e sua relação com o funcionamento da sociedade.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Narcotráfico

Beatriz Silveira
Acadêmica do 7º semestre.

O tráfico de drogas no mundo começou a se intensificar no final século XX, devido a crise econômica internacional, que afetou os países desenvolvidos e principalmente os países subdesenvolvidos, como a Colômbia. Estes países acabaram sustentando parte de seu crescimento econômico com a exportação de substâncias ilícitas.
Por ser um ato caracterizado pela comercialização ilegal de substâncias ilícitas, esta prática gera sérias consequências para a segurança dos Estados e do mundo num contexto geral. O tema é bastante discutido internacionalmente e aumentou muito nas últimas décadas. O debate ultrapassou a barreira do direito e da saúde, se tornando um campo de conhecimento de Relações Internacionais, pois interfere nas estruturas dos Estados levando até a uma “pseudo intervenção”, tal como a ação americana na Colômbia.
Com a globalização a prática deste crime se internacionalizou, tornando-se uma ameaça maior para os países tanto no contexto social quando econômico, gerando consequências como o crime, violência, corrupção,  marginalidade, além da perda de dinheiro para o Governo, pois montante de dinheiro envolvido nesta prática é enorme havendo uma evasão de divisas considerando a não declaração dos recursos junto ao fisco.

Além dos prejuízos materiais e psicológicos aos usuários e pessoas próximas, o consumo de drogas gera duras despesas com saúde pública além de corromper a vida da sociedade, avançado sobre a ação do Estado e subtraído a cidadania da população. Assim, no âmbito das relações internacionais a preocupação em relação ao tema não se restringe apenas a questão territorial já que os Estados tomam medidas seja através de políticas internas (leis, campanhas, etc) quanto externas (convenções, acordos e tratados internacionais) e buscam cada vez mais a cooperação internacional para o combate ao narcotráfico, contribuindo assim para a manutenção da segurança internacional.


domingo, 23 de junho de 2013

Protestos tomam conta do Brasil e do mundo

Bruna Pinheiro.
Acadêmica do 3º semestre.


            Indignação, descontentamento, raiva e repúdio são alguns dos sentimentos que estão presentes há anos entre o povo brasileiro. Neste mês, em meio a comemorações da Copa das Confederações aqui no Brasil, os brasileiros revoltaram-se diante dos abusos do governo com os gastos colossais para a construção de estádios e, o estopim, o aumento do preço da passagem de ônibus e metrô em São Paulo.
            Chamada de “Revolução dos 20 centavos”, “Primavera dos Ônibus” entre outros, o momento em que vivemos é, sem dúvidas, de revolução. Iniciada nas redes sociais e convidando todos os brasileiros para a “luta”, os manifestantes valeram-se de placas com frases de efeito contra o aumento da passagem de ônibus, contra a corrupção, contra a falta de investimentos em educação e saúde e muitos outros, milhares de pessoas das mais diversas faixas etárias estão tomando as ruas das principais capitais do país para serem vistos e valerem seus direitos.

            Iniciada em São Paulo, as manifestações espalharam-se pelo país e pelo mundo, reivindicando melhorias reais no Brasil. Infelizmente, alguns poucos manifestantes utilizaram do vandalismo para se manifestar o que é totalmente contra o foco principal dos protestos. O foco é que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam válidos, sem violência, sem vandalismo e de forma pacífica. A mídia utilizou de seu poder de manipulação, mostrava - em uma primeira etapa - apenas o vandalismo. Em seguida, devido a repercussão dos protestos, se diz agora aliada aos mesmos. Mas, esta mudança de postura não está apenas com a mídia, os políticos fizeram o mesmo, como o caso de Geraldo Alckmin, que em um primeiro momento chamou os manifestantes de vândalos e baderneiros e agora os elogia e se diz amplamente aberto para diálogos.

            Em meio aos protestos, atos de vandalismos, represálias por parte da polícia e as mudanças de postura, em Belém, na última segunda-feira, dia 17 de junho, ocorreu o “Manifesto BRT – Belém”, contando com cerca de 13 mil pessoas. Esta passeata foi superior a apenas um grito contra o BRT (que, aliás, retomou as atividades na última quinta-feira, 13 de junho), foi um manifesto contra todas as impunidades existentes hoje no nosso pais. Bandeiras contra a construção da Usina de Belo Monte, Marcha das Mulheres, melhorias na educação, contra corrupção, contra o vandalismo e a violência foram hasteadas em uma das ruas mais movimentadas de Belém, a Avenida Almirante Barroso. A manifestação fora altamente pacífica, com o apoio da Polícia Militar do Pará, demonstrando que é possível reivindicar sem que aja violência e com respeito. Os manifestantes clamavam por justiça e por melhorias no país, chamavam os transeuntes próximos para se manifestar, calaram-se em frente a hospitais (mostrando o respeito ao próximo), e mostravam-se contrários as bandeiras políticas hasteadas.

            Nestes últimos dias, é notável a deturpação dos ideais do movimento. Infelizmente muitas pessoas vão às ruas com a finalidade de depredar a cidade, contrariando o que os organizadores visavam no início dos protestos. Percebe-se que estes protestos espalhados pelo Brasil estão perdendo o foco e a unicidade, e que, pelo rumo destes manifestos, eles irão acabar pelo cansaço e não pelo ganho real dos direitos nas mais diversas esferas da sociedade.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Entrevista: Trabalho Infantil.

A entrevista de hoje é sobre Trabalho Infantil, com a Professora Danila Cal, que respondeu as perguntas que você confere logo abaixo.
Danila Cal - Professora da Unama, mestre em Comunicação e Sociabilidade Contemporânea pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde cursa atualmente doutorado. Há 10 anos estuda o enfrentamento ao trabalho infantil doméstico no estado do Pará.

1. Apesar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ter  demonstrado que o número de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil diminuiu 13% entre 2000 e 2010, os números ainda são preocupantes. Principalmente em regiões que ao invés de haver redução houve o crescimento no índice do trabalho infantil, e que infelizmente é o caso de nossa região. Quais os aspectos que podemos considerar que "incentivam” essa realidade principalmente em nossa região?

Vários aspectos fazem com que meninos e meninas trabalhem precocemente, mas o principal deles é a ausência de políticas públicas adequadas para incentivar a geração de renda para as famílias e para garantir escola pública de qualidade e atrativa para crianças e adolescentes. 
 
Num contexto social marcado por essas ausências, muitas famílias e alguns adolescentes acreditam que o trabalho infantil pode ser uma alternativa para sair da pobreza, "tentar ser alguém na vida" e para ficar longe das drogas e da marginalidade. No entanto, o que ocorre é que, com o trabalho infantil, as oportunidades de aprendizado e de desenvolvimento desses meninos e meninas são limitadas e, na maioria das vezes, acaba por ser reproduzido um ciclo de pobreza de tal modo que os filhos desses trabalhadores infantis tendem também a trabalhar precocemente e assim por diante. É preciso quebrar esse ciclo, o que só pode ser feito com políticas sérias e eficazes.
A tendência é que a quantidade de crianças e adolescentes trabalhadores aumente em regiões onde há um déficit dessas políticas voltadas para o fortalecimento da família e para a melhoria da educação.


2. Como se tem visto nas mídias nacionais, a população brasileira tem se movido e se manifestado em relação a várias questões sociais como: homossexualidade; direito das mulheres; corrupção; etc. Da mesma forma, existe a possibilidade do envolvimento da sociedade civil para a diminuição desses números do trabalho infantil. Sendo assim, como a população pode participar na redução desse problema, que nos atinge diretamente por se tratar de crianças que acabam abdicando de seus direitos básicos?

Várias organizações sociais no Brasil atuam diariamente para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Existem muitas iniciativas da sociedade civil organizada para combater o trabalho infantil, como ações diretas junto a meninos e meninas trabalhadores, além de campanhas de sensibilização a respeito dessa temática. Há um Fórum Nacional que reúne entidades de todo o país voltadas para o enfrentamento do trabalho infantil. Nos estados também a fóruns semelhantes.
Mas não são só as entidades da sociedade civil que precisam atuar no combate a esse problema. Cada cidadão no seu dia-a-dia pode agir em prol dos direitos de meninos e meninas. Atitudes simples como não comprar produtos vendidos por crianças e adolescentes, por exemplo, é dizer "não" ao trabalho infantil. Não contratar meninas para "reparar" criança ou trabalharem como domésticas é também dizer "não" ao trabalho infantil. Quem quiser, pode denunciar ainda casos de trabalho infantil e de exploração de crianças e adolescentes por do disque 100.

 3. Sabe-se que o trabalho infantil atinge diretamente o mundo todo e, aqui na Amazônia, o índice de trabalho infantil domestico é muito alto, principalmente devido à quantidade de cidades e vilas no interior dos Estados que são extremamente carentes, onde as crianças acabam sendo trazidas para a Capital para trabalhar em casas de família. Sendo assim, organizações Internacionais como OIT e até mesmo a OMS têm feito algum tipo de incentivo, parceria ou investimentos para que esse índice seja reduzido na região?

Nos anos 2000, a OIT em parceria com o UNICEF e outras organizações internacionais como a Save The Children apoiaram a implementação do Programa de Enfrentamento ao Trabalho Infantil Doméstico (Petid), executado pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Pará (Cedeca-Emáus). O Petid durou 10 anos e recebeu períodos de apoio diferenciados de cada uma dessas organizações. Foi um programa muito importante para iniciar um diálogo com a sociedade sobre o trabalho infantil doméstico até então não questionado, ou melhor, não considerado um problema em nossa região. Além de retirar crianças e adolescentes da situação de trabalho, o Petid ajudou a construir um questionamento importante dessa aceitação cultural do trabalho infantil doméstico. No entanto, o financiamento da OIT teve um período curto porque a ideia da organização é que o apoio financeiro deve ter um tempo determinado e que os projetos sejam incorporados às políticas desenvolvidas pelo estado e pelos municípios.
 
De modo geral, representantes de organizações sociais paraenses atribuem à construção de uma imagem internacional positiva do Brasil a retirada de recursos internacionais da nossa região. Esses recursos acabaram migrando para países em situações consideradas mais graves, como alguns da África e o Haiti.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Os Direitos Humanos das mulheres em um balanço frente aos fatos internacionais e a situação da Amazônia

Renato Macedo
Acadêmico do 5º semestre

            A realidade da violência contra as mulheres se desvela diante dos nossos olhares atônitos – e o mérito por denunciar essa realidade vai para os jornalistas – quando nos deparamos com a estarrecedora notícia do caso de uma menina de apenas quatro anos que foi estuprada na Índia por um homem de 35 anos. É igualmente brutal saber da situação de um casal de turistas norte-americanos que vivenciou, no Rio de Janeiro, um assalto a uma lotação na qual a norte-americana foi estuprada sob a mira de uma arma de fogo. Também é lamentável nos depararmos com o fato de que na África do Sul a cada 27 segundos uma mulher sofre abusos sexuais e que mais de um milhão de estupros ocorrem anualmente no país.
            A mídia internacional tem repercutido casos de estupros que pululam tragicamente em vários países. Estes casos muitas vezes não são apenas retratos de uma violência generalizada em tais sociedades, mas sim fazem parte de uma dinâmica específica de violência contra o gênero feminino e que suscitam questões e reações de toda ordem (basta observar a atuação do grupo Femen). No esforço de explicar e consequentemente prover soluções para tal realidade, as Relações Internacionais não podem ficar alheias ao debate sobre a patente desigualdade entre os gêneros e como isto afeta as dinâmicas no Sistema Internacional.
            Na Amazônia, o pesquisador Marcel Hazeu, da ONG Sociedade de Defesa dos Direitos Sexuais na Amazônia (Sodireitos), analisou em uma dissertação o tema “Migração internacional de mulheres na periferia de Belém” e realisa um importante trabalho sobre a exploração sexual de jovens menores de idade e o mapeamento do tráfico de pessoas aqui na Amazônia.
            Na esfera da política internacional, a Organização das Nações Unidas (ONU) através de seu Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é a responsável pela governança mundial no que tange a promoção dos direitos das mulheres e, pode-se afirmar que a ONU possui o papel de estimular um debate amplo e estabelecer as bases normativas para a defesa dos direitos das mulheres a nível global. Os anos mais profícuos para o debate social e a promoção dos Direitos Humanos, ao menos na maioria dos países Ocidentais, foram durante a década de 90, com as conferências de Viena em 1993, Cairo em 1994 e Beijing em 1995. Inclusive, um grande desafio para a ONU é fazer com que estas proposições ecoem também no mundo árabe, no continente africano e nos demais países do Eixo Sul, por assim dizer.
            No artigo A agenda social da ONU contra a desrazão “pós-moderna” de J.A Lindgren Alves, o autor deixa claro que as diretrizes tomadas nas conferências promovidas pelo ECOSOC são de caráter normativo e possuem o papel fundamental de promover o debate dessas questões em níveis internacionais e também intranacionais. Ou seja, o principal interesse da ONU é que o chamado Terceiro Setor (sociedade civil organizada) possa também tomar parte no processo de defesa dos Direitos humanos, nestes casos específicos a defesa dos direitos das mulheres, para que ocorridos como os que foram citados e qualquer outra violação aos Direitos Humanos sejam abominados por qualquer sociedade humana e a justiça possa efetivamente ser consolidada.


REFERÊNCIAS:
ALVES, José Augusto Lindgren. A Agenda Social da ONU contra a desrazão "pós-moderna". Revista Brasileira de Ciências Sociais - ANPOCS, ano 11, n. 30, fev. 1996. 

sábado, 15 de junho de 2013

A proteção aos Direitos Individuais e a coleta de dados.

Adriano Bastos Rosas

Acadêmico do 4º Semestre.

            Desconfiança e tensões entre os diversos atores que compõe o Sistema Internacional não são elemento novo nos jogos de cooperação e conflito que os envolvem, lapidam e, de certo modo, regulam. Quando passamos a observar o amplo espectro de interesses que um Estado que se pretenda chamar de “Estado Democrático de Direitos” toma para si como determinantes para o papel que se dispõe a exercer no sistema, bem como recordando o importantíssimo valor que o acesso a informação tem paulatinamente exercido no campo das relações de poder, tanto interno quanto internacional, não é de se estranhar que o observador atento se pergunte: até que ponto os cidadãos deste Estado estão dispostos a ceder sua soberania para que ele atinja seus objetivo?
            Eis a pergunta central que se relaciona diretamente ao alvoroço causado pelas recentes afirmativas e supostas provas de que o governo dos Estados Unidos tem, sistematicamente, acessado informações de sites e linhas telefônicas, inclusive de seus próprios cidadãos. A justificativa dos representantes do governo, fundamentada em princípios dentre os quais foram ressaltados a proteção da vida, manutenção da ordem social e principalmente da segurança estatal no combate ao terrorismo, certamente apresentam prerrogativas a se ponderar sobre o tema. Todavia, conhecendo o processo histórico de contínua busca pelo resgate e fortalecimento do discurso de unipolaridade que o Estado norte-americano pratica, é válido se questionar se essa realmente seria  a motivação principal desta operação.
            Em primeiro lugar, ainda no campo do ordenamento interno, esse tipo de prática pode ser percebido como uma clara afronta a um grupo de valores cuja promoção constitui elemento indizível dos discursos universalistas do país: a proteção e garantia dos direitos individuais, mais explicitamente, do direito a privacidade. No momento atual, onde a relação governo – população ainda se encontra fragilizada devido a eventos da última década, como os conflitos no Oriente Médio, a Crise de 2008 e dilemas antigos como o acesso e o porte de armas, a notícia tem atingido principalmente duas repercussões: enquanto alguns cidadãos consideram a política necessária tanto por motivos de segurança quanto pela manutenção do status quo do país, outros consideram que a operação é abusiva e incondizente com o modelo de vida e os valores norte-americanos.
            No Sistema Internacional, a possível operação da Agencia de Segurança Nacional (NSA) acaba por despertar temores e discursos que podem se tornar mais um embargo para a amenização dos conflitos internacionais. Afinal, se o governo foi capaz de contradizer princípios aos quais promove amplamente e atingir com isso seus próprios cidadãos, o que ele não é capaz de fazer com relação ao resto do globo? E porque os outros Estados não deveriam seguir o mesmo raciocínio e tentar por em prática políticas semelhantes? Isso não elevaria ainda mais a sensação de insegurança entre os atores do SI como um todo?
            Enfim, cabe terminar destacando que ainda é necessária a análise quanto ao papel do auto-declarado expositor da operação, Edward Snowden, a partir do momento em que fugiu para o Estado que representa o maior competidor financeiro do Estado americano, a China, mas, infelizmente, esse assunto fica para uma próxima discussão.
(fonte da imagem: www.oglobo.globo.com)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil



“O trabalho infantil domestico é o tema deste ano do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, 12 de junho, promovido pela Organização Mundial do Trabalho (OIT). Cerca de 10,5 milhões de crianças em todo o mundo trabalham como trabalhadores domésticos em casas de outras pessoas, em alguns casos em condições perigosas e análogas à escravidão, de acordo com um novo relatório da OIT divulgado no dia 11 de junho.
Estas crianças estão vulneráveis à violência física, psicológica ou sexual, e expostas a condições de trabalho abusivas. Frequentemente estão isoladas de suas famílias, escondidas das vistas do público e chegam a ser muito dependentes de seus empregadores. Muitas correm o risco de serem exploradas sexualmente para fins comerciais.
O relatório, publicado por ocasião do Dia Mundial contra o trabalho infantil, lança um apelo para uma ação conjunta em nível nacional e internacional com o objetivo de eliminar o trabalho infantil no trabalho doméstico.”

No Brasil as denuncias podem ser feitas pelo disque 100, serviço nacional e gratuito que é coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH), executado em gestão compartilhada com o Centro de Referência, Estudos, e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria) e a Petrobras.

Não podemos ficar parados!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Entrevista: A importância do estudo de Línguas Estrangeiras na formação do Internacionalista.


    O Blog Internacional da Amazônia traz uma entrevista com a atual Professora de Inglês (I e II) do curso de Relações Internacionais, Lia Barile Carvalho da Silva. Com esta entrevista esperamos tirar dúvidas dos acadêmicos acerca do estudo de Línguas Estrangeiras no Curso de R.I. da Universidade da Amazônia.
A Professora Lia Carvalho é graduada em Letras com habilitação em Português/ Inglês pela Universidade da Amazônia (2002), especialista em Língua Portuguesa e Estudos Literários pela Universidade do Estado do Pará (2004) e Mestre em Comunicação, Linguagens e Cultura, Unama (2011). É professora de Língua Portuguesa e Produção Textual no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, no Santa Catarina de Sena e no Colégio Moderno (Ensino Médio), concursada da Rede Pública de Ensino (Educação Especial) e professora da Universidade da Amazônia. Integra o programa de Formação de Professores do Governo Federal - Parfor e UAB pela Universidade do Estado do Pará.
Abaixo seguem as perguntas que fizemos à Professora Lia Carvalho.

1. Qual(is) a(s) maior(es) diferença(s) ou até mesmo dificuldade(s) que a Senhora    encontrou entre as suas aulas ministradas no curso de Relações Internacionais da UNAMA para as suas fora do curso?
Dar aulas de Inglês como Língua Estrangeira é sempre um desafio. Quando se trata de Ensino Superior não é diferente. É preciso adequar currículo, ou seja, direcionar as aulas para cada curso. No caso de Relações Internacionais, em especial, a configuração é ainda mais desafiadora, haja vista que o material deve ser atualizado a cada momento, acompanhando as movimentações globais. Talvez essa seja a maior diferença com relação aos outros cursos. Já a maior dificuldade é recorrente em qualquer situação: a heterogeneidade das turmas, ou seja, a convivência entre alunos com níveis diferentes de conhecimento da Língua Estrangeira.

2. No atual contexto em que vivemos, os acadêmicos que visam o mercado de trabalho, em especial os futuros internacionalistas, precisam saber ao menos uma língua estrangeira? Se sim, qual em sua opinião seria a imprescindível?
O processo de globalização, sob determinado ponto de vista, veio dissipar as fronteiras, reduzir as distâncias e romper obstáculos. E muito disso começa pela possibilidade de aproximação entre as pessoas, o que está diretamente relacionado à comunicação. É nesse aspecto que penso ser essencial o domínio de língua ou línguas estrangeiras. Numa escala de prioridade o inglês passa a ser tão importante quanto outras línguas, dependendo exclusivamente dos objetivos e necessidades de cada aluno.

3. Do seu ponto de vista, os alunos de Relações Internacionais tem um bom conhecimento em línguas estrangeiras, em especial o Inglês? E quais dicas a Senhora deixaria para os alunos que querem melhorar sua fluência e conhecimento nesta língua?
De modo geral, os alunos de Relações Internacionais DEVEM TER bom conhecimento sobre o inglês. A realidade, entretanto, ainda é bastante diversificada. Contudo, penso que é fundamental a procura por um Curso Livre de Línguas para buscar a proficiência nas Línguas Estrangeiras. Para aqueles que já concluíram um curso regular, há muitas escolas em Belém que oferecem cursos específicos de conversação ou aprofundamento na Língua. Além disso, há ainda profissionais liberais que formam grupos com interesses afins e montam aulas direcionadas para eles. É sempre muito bom.

4. Conhecer ou até mesmo vivenciar outra cultura, através de intercâmbio para os países de língua estrangeira falada pelo acadêmico de R.I. também é importante em sua formação?
O processo de “imersão” como se diz, é fundamental para o aluno internacionalista, em vários aspectos, inclusive linguístico. É uma nova maneira de apreender as questões relacionadas à cultura, à política, à história e, claro, à língua. É, sem dúvida, um aprofundamento diferente, já que a teoria se confronta com a prática, proporcionando um aprendizado crítico e reflexivo.

5. Qual é sua avaliação quanto à importância dessas aulas (Espanhol, Inglês e Francês) na formação do Internacionalista, haja vista que são aulas diferenciadas, voltadas para o curso de Relações Internacionais?
Não consigo imaginar o curso de Relações Internacionais sem aulas de Língua Estrangeira (preciso garantir meu emprego!!!). Na verdade, as aulas devem proporcionar ao aluno a oportunidade de ler e compreender textos relacionados à área, os termos mais específicos, as tipologias textuais mais comuns, só que tudo isso em língua estrangeira, pensando nisso como um “ensaio” para o mercado de trabalho, na certeza de que eventualmente o Internacionalista irá se deparar com situações comunicativas que lhe exigirão tais habilidades linguísticas. Além disso, as aulas de LE devem apresentar técnicas de leitura e tradução que facilitem todo esse processo.

6. Hoje comemoramos o Dia da Língua Portuguesa (10 de junho), a Senhora acredita que além de buscar aprender e conhecer mais sobre línguas estrangeiras, o universitário brasileiro também deveria estar em constante aprendizagem, aperfeiçoando cada vez mais sua língua materna?
Conhecer a Língua Materna é importante para todas as pessoas que habitam solo brasileiro, haja vista que conhecer o português significa ler, interpretar e produzir qualquer tipo de texto em qualquer situação. Isso está relacionado à compreensão do mundo e das coisas que nos cercam, à capacidade de entender as situações com criticidade e analisar os problemas com destreza. O cidadão que não conhece a sua língua com proficiência, não consegue experienciar o mundo com autonomia e autenticidade.

sábado, 8 de junho de 2013

Brasil: Um país que cresce, mas não desenvolve.

Lucas Silva Almeida
Acadêmico do 3º semestre.

Questões com enfoque socialista tem resultado em atraso para as regiões periféricas do Brasil, principalmente a região amazônica. O marxismo estuda que a divisão de classes é algo inevitável, já que há diferença óbvia entre aqueles que possuem recursos e os que não possuem. Mas colocar uma análise como tal dentro do contexto atual é impossível.
Para Schopenhauer (2003, p. 157) um erro muito comum na filosofia é substituir um termo por outro de maneira a profanar o significado de certas coisas. É o que acontece ao igualar “Capitalista” e “Explorador da Classe Proletária”, conceitos de mesmo significado dentro da visão marxista.
A realidade é que o Brasil está dentro de um contexto neoliberal mal planejado, o que é bem frequente nos países da América Latina, que por conta da sua ineficiência, preferiu “demonizar” conceitos como “Capitalismo”, “Privatização” e “Internacionalização”, em lugar de replanejar suas políticas públicas.
De acordo com Altemani (2005), a política externa brasileira age de acordo com princípios multilaterais, que além do governo tomar as decisões, dá lugar às forças armadas a aos grandes grupos empresariais, privados ou estatais. Da mesma forma que é explicitada que “os partidos políticos estão geralmente distantes da política externa[...]”(Altemani, p.24).
Hoje, é difícil a ocorrência de grandes guerras, e os países buscam a influencia dentro do sistema internacional majoritariamente pela economia, mantendo a influencia através de várias empresas pelo mundo todo. É a contribuição que os grandes empresários (e o neoliberalismo) podem dar aos seus países.
Kiyosaki (2000) diz que é um pensamento comum que o Estado deveria ser mais justo na questão dos impostos. Algo como um Robbin Hood atual em “Mais impostos aos ricos e menos aos pobres”. O sistema de impostos é o grande medo da classe média, que teve um crescimento absurdo com a escalada social ocorrida no governo Dilma.
Então, cria-se o ciclo: As empresas (classe alta) ajudam o país no cenário internacional e criam projetos sociais, em troca de um abatimento de impostos e a classe baixa é sustentada com o dinheiro de impostos arrecadados pela classe média. No final, esta classe é a base do país.
Esse é o Brasil: Um país forte externamente e vulnerável internamente. O estado brasileiro já não consegue mais se sustentar, apelando a terceiros (empresas) para fazer o seu trabalho. De fato, o neoliberalismo vai ser uma arma poderosa futuramente.
A pergunta final: E como fica a região amazônica? Se as empresas é que estão cuidando das funções do Estado, e que estão sendo vistas como o rumo do progresso, que se esqueça de políticas de reformas publicas ineficientes, e que se privatize a Amazônia.

E você, o que acha disso?


quarta-feira, 5 de junho de 2013

05 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente


Arantxa Carla da Silva Santos
Acadêmica do 7º semestre.


Hoje é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi criado em 1972, data da abertura da Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente que aconteceu em Estocolmo na Suécia. Ela foi reconhecida como a primeira atitude mundial em tentar organizar as relações entre o homem e o meio ambiente, pois já se detectava graves problemas futuros em razão da poluição atmosférica provocada pelas indústrias. Desde então, o dia se tornou um dos principais instrumentos da Organização das Nações Unidas (ONU) na busca pelo estimulo à consciência global relacionada ao meio ambiente e ao encorajar iniciativas para a sua preservação, se caracterizando também como um marco para o dia em que representantes de vários países se reuniram com o objetivo de discutir a sua corresponsabilidade referente à questão ambiental.
O primeiro Dia Mundial do Meio Ambiente foi comemorado já em 1973, porém a cada ano a data é tem um tema diferente, e é celebrada em um país diferente. No ano passado, o país sede foi o Brasil, onde ocorreu no mesmo ano a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), e o tema foi “Economia Verde: Ela te inclui?”, convidando os países a avaliarem onde a economia verde está no dia a dia de cada um e estimar se o desenvolvimento, abrangendo os resultados sociais, econômicos e ambientais. O Brasil, que já havia sido sede em 1992, durante a Cúpula da Terra, foi escolhido novamente por ser anfitrião do retorno às raízes do desenvolvimento sustentável contemporâneo, criando um novo caminho que refletisse a realidade atual do planeta.
Este ano, o tema da campanha “Pensar. Comer. Conservar – Diga Não ao Desperdício”, que visa diminuir a enorme quantidade de alimentos próprios para o consumo que são desperdiçados. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), parceira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) na campanha, informa que 1,3 bilhão de toneladas de comida são jogadas fora por ano. A Mongólia irá sediar as celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente, e está priorizando a transição para uma economia verde.
As iniciativas por parte dos países no que se refere à conscientização sobre a conservação ambiental estão de tornando cada vez mais comuns. No entanto, a análise que deve ser feita é sobre a atuação da ONU e as ações que implementa, especialmente através do PNUMA, criado com o objetivo de coordenar as ações internacionais de proteção ao meio ambiente e de promoção do desenvolvimento sustentável. O programa ainda tem muito a avançar, até se tornar um órgão verdadeiramente representativo quando se trata da necessidade de uma governança mundial ambiental, reconhecida pelos países pela sua atuação na questão ambiental de maneira significativa. Você está fazendo sua parte?


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Política Internacional do Brasil e a política doméstica na Amazônia: Um jogo de dois níveis?


Alessandra Viviane Vasconcelos*


       Que o Brasil tem galgado posições dentro das Relações Internacionais na atual conjuntura, ocupando sua 7ª posição na economia mundial é até indiscutível, mas quando isso não reflete em sua economia doméstica chega a ser preocupante.
          Analisando o atual cenário da Amazônia, como um palco de inúmeros conflitos sociais, a exemplo dos eternos conflitos agrários insolúveis, observam-se suas lentas formas de traçar políticas públicas domésticas as quais de fato mudarão o quadro atual do Brasil em longo prazo, pois há um contraste exorbitante em ser a 7ª economia, mas em 85ª em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como mostra relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) De 2012.
         O governo brasileiro traçou para a Amazônia suas metas domésticas para a redução do desmatamento até 2020, o equivalente a 564 milhões de toneladas de carbono. O Pará vem tomando iniciativas a respeito, com projetos como o Programa Municípios Verdes, como acontece em Paragominas, que conseguiu grandes progressos com a parceria da Operação Arco de Fogo, realizada pela Polícia Federal, Força Nacional e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Estas entidades fiscalizaram o desmatamento, trazendo resultados satisfatórios.
          Em contrapartida, o Secretário Extraordinário para Coordenação do Programa Municípios Verdes, Justiniano Netto, em entrevista a "Pará Industrial" de junho de 2012(Revista do Sistema FIEPA), afirmou: ”Nós nunca vamos conseguir desenvolver o Pará se tivermos um estado marcado pelo desmatamento, pela falta de regularização fundiária, por conflitos sociais...”.
          A verdade é que o Brasil necessita resolver seus problemas internos, principalmente os que concernem à Amazônia, como a Reforma Agrária contendo ineficiência em sua implementação, gerando inúmeras consequências para as minorias (agricultores, indígenas e ambientalistas) trazendo mais agravantes aos conflitos na região Amazônica, deixando uma população local sem qualidade de vida, sem Segurança Alimentar, sem maiores perspectivas, colocando o IDH do Brasil no ranking internacional como um dos piores. O Brasil que tem a 2ª mulher mais poderosa do mundo como sua presidenta, um brasileiro na OMC, e um líder a frente da FAO, ainda não corrigiu seus problemas domésticos históricos.
         É interessante observar até que ponto a política internacional está influenciando a doméstica e vice-versa, não seria esse o momento do Brasil (governo e sociedade) acordar, levantar de berços esplendidos, arregaçar as mangas, e reconstruir a história do Brasil, de um povo de uma identidade amazônida tão peculiar?


Referências Bibliográficas:
NETTO, Justiniano. Pará: Meta de Reduzir em 80% o Desmatamento. Revista Pará Industrial: Do Sistema FIEPA, Belém, Ano 5, n. 20, p. 10-13, junho. 2012.

http://www.agenciapara.com.br/video.asp?id_video=593 

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/03/brasil-melhora-idh-mas-mantem-85-posicao-no-ranking-mundial.html