sábado, 1 de junho de 2013

A imprensa e seus atores.

Marcelo Henrique de Oliveira Campos
Acadêmico do 5º Semestre

Somos diariamente bombardeados de informações através de diversos meios de comunicação de massa. Na verdade, essa mídia atinge um espaço influente no dia-a-dia, já que orienta costumes e hábitos através da avalanche de mensagens que nos emite. Nesse caso, a atuação da imprensa é tão importante que ela passa a ser a voz das pessoas, transformando a realidade e impondo limites para corrigir alguns dos problemas da sociedade. É como se fosse um grande farol que joga luz sobre assuntos que devem vir ao conhecimento público quer para divulgar boas ações e causas, quer para cobrar correções. Por causa disso, como forma de reconhecimento, no dia 1 de junho foi instituído o próprio dia da imprensa aqui no Brasil.
Essa forma midiática tem ganhado tamanha proporção a ponto de ser chamada, por alguns, de “O Quarto Poder”. Além disso, estudiosos no assunto acreditam que ela é um ator internacional que ganha cada vez mais notoriedade e força no cenário mundial atual. A “boa” imprensa é tão temida que em alguns casos provoca reações de governos como, por exemplo, o Argentino. Nesse país, o governo tenta diminuir as tiragens dos jornais estabelecendo impostos e taxas e ainda controlar o conteúdo jornalístico de acordo com seus interesses.
Outro exemplo de cerceamento da multiplicação da notícia é encontrado na Coreia do Norte. Lá, o governo criou uma legião de habitantes ignorantes no sentido de estar à parte do que acontece no mundo. Sem acesso à informação, o mundo fica restrito ao território norte coreano. Ademais, o sistema internacional é tão interdependente que esse tipo de controle dos governos provoca uma reação contrária de grande parte da sociedade que detém o conhecimento e a informação.
Para que tenhamos consciência do que acontece no mundo, o papel das agências internacionais de notícia é de extrema relevância. A economia da Nova Zelândia, o crime que mobilizou o vilarejo dos EUA, a reforma política da União Europeia, a alta taxa de desemprego na Espanha, a diferença cultural entre o ocidente e o oriente, enfim, o que acontece ecoa no mundo através dos correspondentes contratados pelas agências internacionais, que por sua vez vendem a notícia para os meios de comunicação. E é desse modo que nós absorvemos e disseminamos a notícia fazendo o papel de divulgadores da mesma.
A imprensa hoje é tão próxima das pessoas que acabamos nos misturando a ela. Somos hoje colaboradores, denunciantes, divulgadores. Formou-se uma relação muito estreita entre população e imprensa. Ela nos envolve de tal forma que passamos a fazer parte da história e nos tornamos papel fundamental para a realização da mesma. 


Um comentário:

  1. Muito bom o texto. Reflexões como essa são cada vez mais necessárias. Acredito que precisamos de bons internacionalistas, como o Marcelo, que reflitam sobre a produção de notícias internacionais e desvelem os interesses escondidos. Para isso é preciso ir além do ôntico...

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