domingo, 23 de junho de 2013

Protestos tomam conta do Brasil e do mundo

Bruna Pinheiro.
Acadêmica do 3º semestre.


            Indignação, descontentamento, raiva e repúdio são alguns dos sentimentos que estão presentes há anos entre o povo brasileiro. Neste mês, em meio a comemorações da Copa das Confederações aqui no Brasil, os brasileiros revoltaram-se diante dos abusos do governo com os gastos colossais para a construção de estádios e, o estopim, o aumento do preço da passagem de ônibus e metrô em São Paulo.
            Chamada de “Revolução dos 20 centavos”, “Primavera dos Ônibus” entre outros, o momento em que vivemos é, sem dúvidas, de revolução. Iniciada nas redes sociais e convidando todos os brasileiros para a “luta”, os manifestantes valeram-se de placas com frases de efeito contra o aumento da passagem de ônibus, contra a corrupção, contra a falta de investimentos em educação e saúde e muitos outros, milhares de pessoas das mais diversas faixas etárias estão tomando as ruas das principais capitais do país para serem vistos e valerem seus direitos.

            Iniciada em São Paulo, as manifestações espalharam-se pelo país e pelo mundo, reivindicando melhorias reais no Brasil. Infelizmente, alguns poucos manifestantes utilizaram do vandalismo para se manifestar o que é totalmente contra o foco principal dos protestos. O foco é que os direitos dos cidadãos brasileiros sejam válidos, sem violência, sem vandalismo e de forma pacífica. A mídia utilizou de seu poder de manipulação, mostrava - em uma primeira etapa - apenas o vandalismo. Em seguida, devido a repercussão dos protestos, se diz agora aliada aos mesmos. Mas, esta mudança de postura não está apenas com a mídia, os políticos fizeram o mesmo, como o caso de Geraldo Alckmin, que em um primeiro momento chamou os manifestantes de vândalos e baderneiros e agora os elogia e se diz amplamente aberto para diálogos.

            Em meio aos protestos, atos de vandalismos, represálias por parte da polícia e as mudanças de postura, em Belém, na última segunda-feira, dia 17 de junho, ocorreu o “Manifesto BRT – Belém”, contando com cerca de 13 mil pessoas. Esta passeata foi superior a apenas um grito contra o BRT (que, aliás, retomou as atividades na última quinta-feira, 13 de junho), foi um manifesto contra todas as impunidades existentes hoje no nosso pais. Bandeiras contra a construção da Usina de Belo Monte, Marcha das Mulheres, melhorias na educação, contra corrupção, contra o vandalismo e a violência foram hasteadas em uma das ruas mais movimentadas de Belém, a Avenida Almirante Barroso. A manifestação fora altamente pacífica, com o apoio da Polícia Militar do Pará, demonstrando que é possível reivindicar sem que aja violência e com respeito. Os manifestantes clamavam por justiça e por melhorias no país, chamavam os transeuntes próximos para se manifestar, calaram-se em frente a hospitais (mostrando o respeito ao próximo), e mostravam-se contrários as bandeiras políticas hasteadas.

            Nestes últimos dias, é notável a deturpação dos ideais do movimento. Infelizmente muitas pessoas vão às ruas com a finalidade de depredar a cidade, contrariando o que os organizadores visavam no início dos protestos. Percebe-se que estes protestos espalhados pelo Brasil estão perdendo o foco e a unicidade, e que, pelo rumo destes manifestos, eles irão acabar pelo cansaço e não pelo ganho real dos direitos nas mais diversas esferas da sociedade.

2 comentários:

  1. Torço para que dessa mobilização, nasça a cidadania plena que se expressará para além das passeatas e chegará até nas urnas! Ótima discussão, Bruna.

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  2. Concordo com vc o sentimento é de indignação e repúdio devemos ir às ruas sem perder o foco no que queremos reivindicar!Mas é legítimo por mostrar q nós cansamos...Quermos mudança!

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