quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Fórum Econômico Mundial: Perspectivas para a Economia Mundial

Joscilene Siqueira
Acadêmica do 5º semestre de Relações Internacionais da UNAMA

           

            O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) é uma organização sem fins lucrativos. Nela ocorre uma reunião todo final de Janeiro em Davos, na Suíça, desde sua primeira secção em 1971 quando foi fundado por Klaus Schwab (professor de administração na Suíça que lidera até hoje a organização). Até 1987, a organização foi chamada de Fórum Gestão Europeu, pois recebia recursos de indústrias européias com a função de introduzir as empresas da região nas práticas de gestão americanas. Atualmente é patrocinada por empresas-membro que são destaque nos países.
            Nesse sentido, o nome do Fórum foi mudado para que este pudesse tratar de assuntos internacionais e assim buscar soluções para problemas ambientais, de saúde e da economia mundial, os quais continuam na pauta dos objetivos das reuniões até hoje. No ano de 2014 tivemos a participação da presidente Dilma Rousseff que junto a mídia, ONGs, políticos, empresários, líderes religiosos e também a própria população internacional – que pode participar através de meios de comunicação estabelecidos pelo Fórum –, ajudou a traçar soluções no âmbito da economia mundial.
            De 22 a 25 de Janeiro ocorreu o Fórum Econômico Mundial de 2014, com a presença de 40 chefes de Estados, onde eles puderam propor debates sobre variados assuntos. Em virtude desses debates foram colocados vários pontos importantes no âmbito internacional, tendo destaque a desigualdade social, tanto entre ricos e pobres, como também ente homens em mulheres as quais ainda possuem dificuldades para conseguir lugares de gestão.
A participação da presidenta Dilma Rousseff foi moldada em defender que as economias emergentes irão continuar crescendo, com promessas de combater a inflação no país, de abertura a investimentos privados, entre outros. Apesar de a presidenta ter feito um bom discurso, a grande maioria da platéia espera muito mais do que apenas um discurso e sim ações e atitudes que comprovem o que ela disse.
            Sobre as perspectivas para economia mundial, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde afirma que, apesar do Euro estar com a inflação de 0,8% a baixo da meta que é de 2%, isso pode ser prejudicial ao bloco econômico da União Europeia. O presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi já diz estar tudo sobre controle, pois o país está vindo de uma crise e isso já era previsto em sua inflação, além disso prevê um crescimento mundial de 3,7% para o ano de 2014, diferenciando só 0,1% do valor previsto no fórum do ano passado.
            Por isso, os ares que estão rodando a economia mundial são positivos em geral para todos os países. Os Estados Unidos da América poderá ser o principal país a crescer esse ano e a Europa após 5 anos de crise, possivelmente agora voltará a crescer economicamente. Em relação à Economia mundial, atrelada às praticas de crescimento sustentável, estarão cada vez mais fortes, pois o mundo já se conscientizou que investir em praticas sustentáveis é um bom negocio, por os desastres naturais também provocarem impactos econômicos e na buscar por resolver esses impactos encontramos oportunidades e soluções para superar a mudança climática.
Entretanto, no fórum foi relatado que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não estariam cumprindo com grande eficácia esse molde de economia e meio ambiente, mostrando assim modestos avanços. Porém no fórum, onde o foco de discussão eram os BRICS, eles afirmaram que estariam sim fazendo esforços em prol desse objetivo e a China relatou que o país está caminhando para o crescimento sustentável reduzindo a taxa do crescimento de exportações em ativos fixos, além de estimular o consumo interno através do aumento da produtividade. Já a Índia espera crescer nesses próximos três anos com a alavancada que todos estão esperando da economia mundial. E a Rússia está investindo 40 bilhões em infraestrutura, incluindo os cuidados com o meio ambiente. Por fim, o Brasil está focando em investimento interno da infraestrutura do país também não deixando de associar economia e meio ambiente.


O Fórum Econômico Mundial tem como diferencial não ser apenas uma organização que atrai políticos e OIGs, mas também variados tipos de representantes, por exemplo, os religiosos, que são importantes para expressar os variados tipos de opiniões sobre assuntos que afetam todo o cenário internacional. Portanto, o Fórum vai continuar abordando assuntos triviais para as Relações Internacionais como o meio ambiente, atrelado à economia mundial, para assim os países crescerem sem destruir o meio ambiente, pois é a isso que está ligado a sobrevivência mundial.


Referências

SCHWAB, Klaus. The World Economic Forum: A Partner in Shaping History the First 40 Years. Davos: World Economic Forum, 2009

WASSERMAN, Rogerio. Em Davos, Dilma faz discurso sob medida, mas plateia espera ações concretas. Acessado em: 02/02/2014. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140124_dilma_discurso_davos_rw.shtml

G1.Painel debate o futuro dos Brics no Fórum Econômico Mundial, em Davos.Acessado em: 02/02/2014. Disponível em: http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/01/painel-debate-o-futuro-dos-brics-no-forum-economico-mundial-em-davos.html


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