segunda-feira, 31 de março de 2014

Papo de Qualidade: "50 anos da Ditadura Militar no Brasil: o que significou para o Brasil"




A partir de hoje temos uma grande novidade!
O blog Internacional da Amazônia desenvolveu um novo quadro quinzenal chamado “Papo de Qualidade”, que consiste em uma curta entrevista filmada com professores da Universidade da Amazônia (UNAMA). Nele, são abordados assuntos de extrema importância para o progresso do curso de Relações internacionais da UNAMA.
A entrevista de hoje é com o professor MSc. Jerônimo Silva, que aborda o tema “50 anos da Ditadura Militar: o que significou para o Brasil?”. O professor explica os motivos e consequências da Ditadura e fala sobre a Guerra Fria e o poder de influência que esse conflito teve em relação à instalação da Ditadura Militar no Brasil.
Assistam, divirtam-se e aprendam!



         




Globalizando: OMM afirma que 2013 foi o sexto ano mais quente da história

A Organização Mundial de Meteorologia afirmou que 2013 foi o sexto ano mais quente da história, uma demonstração de que o aquecimento global continua avançando. No Brasil, a OMM declarou que a região nordeste sofreu a pior seca das últimas cinco décadas. A OMM afirma que os países devem fazer um esforço extra para fortalecer os sistemas de preparação e de alertas para tempestades, assim como implementar um plano amplo para a redução dos riscos de desastres.


sábado, 29 de março de 2014

O desrespeito com os Direitos Humanos no Brasil

Mayra Albuquerque
Acadêmica do 2° semestre de Relações Internacionais da UNAMA



Não é de hoje que sofremos com o descaso do nosso sistema político, sempre aumentando a insatisfação do povo brasileiro. Partindo disso, o texto a seguir fornecerá evidências, avaliando os candidatos a presidir a Comissão dos Direitos Humanos, peças de um jogo de interesse entre os partidos políticos.
É no mínimo contraditório, o fato de pessoas preconceituosas, de pensamentos retrógrados e que lidam desrespeitosamente com o contraste da sociedade, assumirem um cargo de importância, como a presidência da Comissão dos Direitos Humanos. No mínimo contraditório, o fato de que essa pessoa, que deveria fazer valer as nossas garantias fundamentais vigentes na Constituição, vá contra elas. Um fato que por se tratar do sistema político brasileiro, infelizmente, não é assim tão distinto, porém sua falta de distinção, de forma alguma, o faz mais aceitável, ou menos sórdido.
Foi o eleito de 2013, pela Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, quem incitou essa indignação. A portas fechadas, sem a participação do povo, o maior interessado, que protestava nos corredores, Marco Feliciano foi nomeado ao cargo de presidência do colegiado.
Ao analisar Feliciano, vemos que desde 2011, dava indícios de sua inadequação ao posto, com declarações como: “Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids, fome... Etc.” Ou, “a podridão dos sentimentos homoafetivos leva ao ódio, ao crime e à rejeição”.
Como se as declarações não bastassem, como se o povo não tivesse problemas de verdade, eis que ele surge com o projeto a “cura gay”, como se homossexualismo fosse doença, como se o nosso sistema de saúde fosse bom o suficiente para que não fossemos atrás da cura de doenças de verdade. A ideia do projeto ultrapassou o bom senso e trouxe indignação.
Feliciano feriu com suas falas e atos os princípios dos direitos fundamentais, como a igualdade, a liberdade e a laicidade instituídos na Constituição e ao quais deveria nos garantir. Felizmente, dada toda essa repercussão, o deputado, não assumiu o cargo novamente em 2014.
Porém se a ideia de alguém melhor para o posto veio à cabeça, é porque não esperava-se que Jair Bolsonaro se candidatasse. Militar, ditador, radical e homofóbico, são só algumas das características do pretendente. Que em suas entrevistas, foi muito direto, ao falar do porquê pessoas como ele, acabam se candidatando a presidir essa comissão.
Segundo Bolsonaro, ninguém quer o cargo, pois não é uma comissão tão importante e muita visibilidade, sendo sempre uma das últimas a ser escolhida pelos partidos. Admitindo que seus próprios interesses no meio, são táticas de um jogo político. Como a contradição do Partido dos Trabalhadores a sua candidatura, que fora para o seu partido uma forma de barganhar a comissão de Minas e Energia.
Mas o descaso não para por ai, pois o deputado, que não é de contar conversa, também assumi que não é apto para o posto, pois é completamente contra a maneira que é conduzida a política dos direitos humanos. Sendo a favor da diminuição da idade penal, pois tem “uma molecada de 17 anos que são criminosos por esporte”, por saberem que saíram impunes. Com pretensões de revogar o estatuto do desarmamento e defensor da pena de morte, justificando que “se levar o cara para cadeira elétrica ele nunca mais vai matar, nem vai assaltar”. Além de dizer que não vai mudar de opinião para ganhar a simpatia dos outros.

Ainda seguindo suas declarações, o mesmo diz que não concorda em educar uma sociedade para que ela aprenda a lidar com a diversidade, pois quem pretende isso, é quem quer levar isso as escolas e transformar crianças de seis anos em homossexuais. Porque segundo ele, a imensa maioria dos homossexuais vem por comportamento, amizade, consumo de drogas e só uma pequena parcela já nasce com “defeito de fábrica”.
No meio dessa jornada, depois de Feliciano e da agonia de pensar em ter Jair Bolsonaro presidindo a Comissão dos Direitos Humanos, o PT entrou em acordo com o Partido Progressista, trocando essa pela Comissão de Trabalho e Turismo, ou seja, cedendo parcialmente a chantagem do PP, lhe dando uma comissão, “mais importante”.
E se por um lado, felizmente, para o povo, não será preciso lidar com a, provavelmente, aterrorizante presidência do militar. Por outro, ficou mais do que claro, a total displicência com os direitos humanos, aonde só se escapou de um ditador, pois tinha-se a finalidade de evitar mais polêmicas, visto que o mandato que acabará de terminar, passou longe da benevolência, para todos, como iguais, pelo menos. E desse mesmo lado, o já de praxe jogo político, de interesses, mostra-se cada vez mais nítido, nos dando cada vez mais incertezas sobre o destino desse país.

Referências
NÉRI, Felipe. Marco Feliciano é eleito presidente da Comissão dos Direitos Humanos. G1, Brasília, 07 março 2013. Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/03/marco-feliciano-e-eleito-presidente-da-comissao-de-direitos-humanos.html

MARTÍN, María. A inércia política conduz um militar homofóbico para os Direitos Humanos. El País, São Paulo, 14 fevereiro 2014. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/14/politica/1392401888_552904.html

MARTÍN, María. “Os gays não são semideuses. A maioria é fruto do consumo de drogas”. El País, São Paulo, 14 fevereiro 2014. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/14/politica/1392402426_093148.html

MARTÍN, María. O PT cede e tira das mãos de um militar a Comissão de Direitos Humanos. El País, São Paulo, 18 fevereiro 2014. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/18/politica/1392757132_275560.html


sexta-feira, 28 de março de 2014

Globalizando: Racismo no mundo

No último dia 21 foi celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, data criada pela Organização das Nações Unidas em memória ao Massacre de Sharpeville. Em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe. Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada. Saiba mais sobre o assunto ouvindo o Programa Globalizando amanhã, às 11h, aqui na Rádio UNAMA FM 105.5.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Pensamento Internacionalista: Mônica Herz e as Organizações Internacionais

Mônica Herz é professora e pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no qual é graduada em história, possui mestrado em sociologia no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ), doutorado em Relações Internacionais pelo London School Of Economics And Political Science, e pós-doutorado em Política Internacional pela Universidade de São Paulo (USP).
Em seu livro “Organizações Internacionais: História e Práticas”, coautoria com Andrea Hoffmann, demonstram a relevância das discursões sobre: as Organizações Internacionais, segurança coletiva, integração regional e os processos de governança global. No segundo capítulo do livro, são aplicadas as teorias das Relações Internacionais para analisar o papel das Organizações Intergovenamentais.


 “No âmbito das organizações internacionais, está em curso um processo social complexo em que normas são criadas. Conhecimento é formado, e tarefas cabem à comunidade internacional são definidas, tais como gerar desenvolvimento.”

HERZ, Mônica. HOFFMAN, Andrea. Organizações Internacionais: história e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Globalizando: Relatora pede maior atenção internacional com minorias carentes

A relatora independente da ONU sobre minorias pediu maior atenção da comunidade internacional com a situação dos desfavorecidos. Ao Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, Rita Izsák lembrou que geralmente essas são as pessoas mais pobres do mundo e enfrentam discriminação econômica, política e social. Para Rita Izsák, os países devem garantir que a nova agenda internacional do desenvolvimento, que passa a valer em 2016, inclua metas sobre a situação das comunidades marginalizadas. 


quarta-feira, 26 de março de 2014

A Intervenção Russa Sobre a Ucrânia: Uma Visão Neo-Realista

Thainá Penha
Acadêmica do 3º semestre de Relações Internacionais da Unama


            As ocorrências no cenário internacional permitem-nos enxergá-las por vários binóculos diferentes. A atual crise econômica, política e militar existente na Ucrânia, amparada pela Rússia de Putin, trouxe ao mundo mais uma tensão de uma possível guerra, depois de nos últimos anos vivenciarmos esta tensão com a Coréia do Norte e seus mísseis e com a Síria e suas armas químicas.
            Na perspectiva das Relações Internacionais, pode-se aplicar diversas teorias diante do que tem ocorrido entre Ucrânia, Rússia e o resto do mundo. Contudo, este presente texto enfatizará tal caso perante a teoria Neo-Realista de Waltz e Gilpin. 
            Dividamos, então, a problemática: primeiro de Waltz; posteriormente de Gilpin, para então equilibramos os dois.
            Kenneth Waltz, com seu realismo estrutural, defende o Sistema Internacional como anárquico e entende que o Direito Internacional é falho. Ou seja: não há ninguém acima da soberania dos Estados. As Organizações Internacionais existem, porém, ainda assim, não são soberanas como os Estados. Não há regras no Sistema e as Organizações Internacionais são apenas fantoches controlados pelos próprios Estados. Não há punição alguma àqueles que possuem o hard power – conceito dado ao Estado possuidor de poder-força, ou seja, poder bélico. Tendo em vista que o Sistema Internacional é anárquico, os Estados vivem em guerra devido as divergências de interesses e ausências de mediadores destes.
            Além disso, o mundo é um constante necessitado de guerra. Esta serve para equilibrar o poder no Sistema Internacional. A exemplo da Guerra Fria: vivia-se um equilíbrio de poder bilateral, com os Estados Unidos detentor do modelo capitalista e a União Soviética, do socialista. Porém, chegaram a ponto em que o poder bilateral já não era suficiente. Então, caiu o Muro de Berlim, e consequentemente, a União Soviética. Após isso, os Estados Unidos passaram a fazer parte de um equilíbrio de poder unilateral, dominado apenas por ele.
            Hoje, já não se tem segurança para afirmar que os Estados Unidos são hegemonia. Sua “popularidade” vem caindo cada vez mais e, aplicando-se a teoria, necessitamos de uma guerra para que haja um novo equilíbrio de poder. Isso pode explicar a questão ucraniana: primeiramente, há um certo orgulho russo perante o ocidente devido à queda do Muro de Berlim, marcando assim sua derrota. Esse fato faz com que a Rússia se coloque em uma posição “anti-Estados Unidos”. Vale lembrar também a posição desta quando os EUA planejavam atingir a Síria: a Rússia declarou prontamente que atacaria a Arábia Saudita se os EUA atacassem a Síria.
            Outro ponto é ignorar prontamente as sanções impostas pelos Estados Unidos, mostrando que os EUA já não são a hegemonia temida de antes; assim como ignorar as sanções de organizações como o G8, o qual declarou que não reconhecerá a Crimeia como parte da Rússia, já que as tropas russas invadiram o território ucraniano, influenciando assim no plebiscito ocorrido no último domingo, 16.
            O fato é que Putin está decidido a ouvir a autodeterminação dos povos da Crimeia, como enfatizou em seu discurso na última terça-feira, 18. Putin afirmou que a Crimeia sempre foi parte da Rússia.
            Outro conceito que pode ser inserido nesta problemática é o bandwagon, exemplificado pela aliança entre Crimeia e Rússia: os menores costumam se unir aos que consideram ser mais fortes e possuidores de mais poder-força, os quais poderão dar a eles segurança diante ao Sistema Internacional.
            Agora, a segunda parte da problemática, dirigida por Robert Gilpin. Ele acredita que o Sistema não pode ser olhado apenas por uma visão política, mas também pela visão econômica. Existe, além dos Estados, outros importantes atores no cenário internacional: as empresas e os papéis que as mesmas desempenham. Além de fazer com que a Ucrânia perdesse a soberania perante a Crimeia, a Rússia, que possui grandes empreendimentos na região ucraniana, sairia ganhando, além de território, vantagens econômicas.
            O que Putin – também – não pensou foi nas empresas russas. Segundo a Revista EXAME, “a tensão política e militar no país está ameaçando descarrilar US$ 8 bilhões de empréstimos internacionais”, o que faz com que os bancos internacionais se recusem a fazer empréstimos devido a subida de preço da moeda, dos títulos e das ações russas depois de suas tropas terem tomado o Mar Negro da Crimeia.
            Além disso, pode-se citar o poder russo quanto ao gás natural: ele é dono do monopólio do gás natural na Europa. É quem o distribui e, como já fez uma vez, pode simplesmente cortar a distribuição deste.
            É difícil entender o porquê de tanta arrogância de Putin. Como citado acima, pode ser uma questão de orgulho, de vingança ou, simplesmente, de forçar a independência deste perante o ocidente. Será que Putin está querendo derrubar as sanções estadunidenses e organizacionais com chantagens econômicas? Será que Putin está interessado em uma guerra para tentar o posto de hegemonia mundial? Infelizmente, tudo é previsível e nada é concreto. É esperar para ver!

Fonte:

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/crise-na-ucrania-ameaca-emprestimos-de-empresas-russas

Globalizando: Após cheias na Bolívia, OIM constrói campos para 68 mil desabrigados

Cerca de 130 municípios da Bolívia foram atingidos por fortes chuvas em fevereiro, que causaram mortes e deixaram famílias desabrigadas. A Organização Internacional para Migrações, OIM, trabalha em conjunto com o governo para construir abrigos temporários para a população que perdeu sua casa. O projeto é financiado pela Agência Espanhola para Cooperação Internacional. Serviços de água e de saneamento estão sendo fornecidos em parceria com a ONG Ação Contra a Fome, e as crianças terão transporte para ir à escola. 


Pensamentos Internacionalistas: Uma Introdução ao Estudo das Relações Internacionais

Robert Jackson é professor emérito de Relações Internacionais da Universidade de British Columbia, PhD na Universidade da Califórnia em Berkeley. Especialista em direito internacional e história do pensamento internacional. Foi professor visitante da Universidade de Oxford. Lecionou em diversas universidades na América do Norte, Europa e África, assim como, prestou consultorias para os governos da Grã-Bretanha, Canadá e Dinamarca.
Jackson escreveu e editou diversos livros, dentre um deles foi “Introdução às Relações Internacionais”, no qual escreveu junto com George Sorensen. Neste livro são abordadas as ferramentas analíticas da área (teorias positivistas e pós-positivistas), os principais debates metodológicos e as novas questões de Relações Internacionais. Ao longo do livro os autores enfatizam a relação teoria e prática, exemplificando com fatos históricos, aspectos importantes das teorias.


 “A disciplina de relações internacionais (RI) procura entender como os povos estão providos ou não dos valores básicos: segurança, liberdade, ordem, justiça e bem-estar.”

JACKSON, Robert. SORENSEN, George. Introdução às Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

terça-feira, 25 de março de 2014

Programa Globalizando: “Tráfico Humano: um crime internacional”.

Nesta semana o tema do programa analisa, " O Tráfico Humano: um crime internacional”. Com a presença de Angélica Gonçalves e Siglia Bethânia.   







Globalizando: FAO lança primeira base de dados completa sobre a superfície terrestre

A FAO, agência da ONU para Agricultura e Alimentação, lançou uma base de dados mundial com informações sobre as características da superfície terrestre. Com a nova base de dados, as informações passaram por um controle de qualidade e foram submetidas a um padrão internacional, gerando uma riqueza de informações, que agora estão consolidadas neste sistema único para todo o planeta. A novidade deve ajudar a calcular o impacto da mudança climática para a segurança alimentar e contribuir para o planejamento do uso da terra. 

segunda-feira, 24 de março de 2014

23 de Março – Dia Meteorológico Mundial




Galdino Viana Mota é professor da Faculdade de Meteorologia do Instituto de Geociências da UFPA
Acadêmico de Relações Internacionais na Universidade da Amazônia.


O dia 23 de Março celebra o Dia Meteorológico Mundial em que se comemora o estabelecimento, em 1950, da Organização Meteorológica Mundial – OMM (World Meteorological Organization - WMO). Esse dia também enfatiza a imensa contribuição dos Serviços Nacionais de Meteorologia e Hidrologia dos Estados-membros (o órgão responsável no Brasil é o Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) na segurança e no bem-estar das sociedades.
A WMO é uma organização intergovernamental, com 191 membros (em 1º de janeiro de 2013), que foi a sucessora da organização não-governamental International Meteorological Organization (IMO) fundada em 1873. A WMO se tornou uma agência especializada da ONU em 1951, sendo sua porta-voz nos assuntos do estado e comportamento da atmosfera terrestre, suas interações com os oceanos, o clima e a distribuição resultante dos recursos aquáticos. Visto que o tempo, o clima e o ciclo hidrológico desconhecem as fronteiras nacionais, a cooperação internacional é essencial para o desenvolvimento da meteorologia e da hidrologia operacional, assim como para se colher os benefícios de suas aplicações. A WMO provê a estrutura básica para tal cooperação.
O tema de 2014 escolhido pela WMO é “Tempo e Clima: Engajando a Juventude” que busca alertar o maior número possível de jovens quanto aos assuntos de mudanças climáticas e procurando mobilizá-los como militantes para ação na pesquisa científica da área de meteorologia e na conscientização dos usos corretos dos recursos naturais disponíveis. A juventude de hoje será beneficiada pelos dramáticos avanços na nossa habilidade de compreender e prever o tempo e clima da Terra. Muitos viverão na segunda metade deste século e experimentarão os crescentes impactos das mudanças climáticas.
Embora certas situações extremas de tempo e clima sejam divulgadas errônea e precipitadamente, por interesses pessoais e/ou políticos, na comunidade científica e na mídia em geral, a juventude de todas as áreas do conhecimento é incentivada a buscar compreender o tempo e o clima e suas interações com os diferentes ambientes no planeta. O uso adequado – não agressivo e consciente – dos recursos naturais e a formulação e a prática de políticas públicas coerentes e verdadeiras devem ser as metas de todos os cidadãos do mundo, lembrando que independente de credo, raça, cor, localização geográfica ou fronteira nacional, todos estão sujeitos às consequências adversas do tempo e clima provocadas pelo uso indiscriminado e destrutivo dos recursos naturais do planeta.
As celebrações do Dia Meteorológico Mundial acontecem nas Sedes da UNO e da OMM e em todos os Serviços Nacionais Meteorológicos e Hidrológicos do globo. Em Belém, as comemorações serão realizadas em cooperação do INMET, UFPA, UEPA e outras instituições.


Boas Comemorações do Dia Meteorológico Mundial!




Globalizando: UNESCO: mulheres representam dois terços dos adultos analfabetos

A chefe da UNESCO, a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura, pediu aos governos, ao setor privado e à sociedade civil para garantir educação de qualidade para meninas. Segundo Irina Bokova, 31 milhões de meninas estavam fora da escola em 2011, e acredita-se que 55% deste total nunca irá para a sala de aula. Até o momento, mais de 20 mil pessoas já foram beneficiadas com projetos educacionais em sete países, como Etiópia, Nigéria, Quênia, Paquistão e Tanzânia. Nos próximos dois anos, a Unesco pretende aumentar o número de parceiros e ampliar a cobertura da iniciativa, aumentar os investimentos e apoiar projetos nos países do eixo Sul-Sul. 


sábado, 22 de março de 2014

A importância do dia mundial da água para a humanidade e o significado deste dia para a ONU

Deuzarina Dias
Acadêmica do 7º semestre de Relações Internacionais da UNAMA.

Se fossemos fazer uma pesquisa aprofundada em relação a água ficaríamos alarmados com os resultados complexos em relação as contradições de abundância e escassez.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, também conhecida como Eco-92, a Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que o Dia Mundial da Água fosse celebrado em 22 de março, data que passou a valer a partir de 1993.
A cada ano, a ONU busca um tema diferente para que nações e países de todo o mundo reflitam sobre o assunto. Para 2013, foi definido o tema Cooperação pela Água, cuja proposta é a de criar um fórum de reflexão, conscientização e elaboração de medidas que levem em conta ações de cooperação em prol dos recursos hídricos.
Motivo é o que não falta para lembrar a importância do uso consciente da água do planeta. Segundo dados da ONU, atualmente, 783 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, e quase 2,5 bilhões vivem sem saneamento adequado. Além disso, de seis a oito milhões de pessoas morrem anualmente devido a fatores provenientes de catástrofes e doenças relacionadas à água. De acordo com as projeções da organização, nos próximos 40 anos, a população global terá um crescimento de dois a três bilhões de pessoas, resultando em um aumento na demanda por alimentos de 70% até 2050. Diante desse cenário, a ONU lembra que o crescimento da produção agrícola aumentará substancialmente o consumo de água e energia.
No Brasil, a disponibilidade hídrica é de cerca de 170 metros cúbicos por segundo (m³/s) de volume de vazão de água que passa pelos rios brasileiros. Já a média de consumo dos recursos hídricos no país gira em torno de três mil m³/s.
O Dia Mundial da Água é celebrado anualmente no dia 22 de março. A data tem como objetivo principal criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para a conservação dos recursos hídricos.

Com a instituição, os países foram convidados a aderir às recomendações da ONU relativas aos recursos hídricos e a concretizar atividades apropriadas ao contexto de cada país. No Brasil, a adesão partiu do Congresso Nacional. A Lei nº 10.670, de 14 de maio de 2003, instituiu o Dia Nacional da Água, que também passou a ser comemorado no dia 22 de março de cada ano. Então, desde 1993, as celebrações ao redor do globo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria ONU, com o intuito de abordar os desafios relacionados aos recursos hídricos. Neste ano, o tema escolhido em 2014 foi “Água e Energia”.
Em anos anteriores, a Organização das Nações Unidas colocou em discussão temas, como “Água e Segurança Alimentar”, “Água para as cidades: respondendo ao desafio urbano”, “Saneamento” e “Cooperação pela Água”.
O Brasil, País que detém aproximadamente 12% da água doce do planeta, celebra este dia, com o desafio de pensar a gestão dos recursos hídricos em seus mais diversos usos, garantindo o acesso a água e promovendo seu uso sustentável para as atuais e futuras gerações. No ano em que as celebrações giram em torno do tema “Água e Energia”, conforme definição da Organização das Nações Unidas (ONU), a sociedade brasileira muito tem a refletir sobre os usos que têm sido feitos desse bem finito.
A escolha se deu, porque água e energia estão intimamente interligadas e são interdependentes, já que a geração hidrelétrica, nuclear e térmica precisam de recursos hídricos.
Outro dado da ONU aponta que cerca de 8% da energia gerada no planeta é utilizada para bombear, tratar e levar água para o consumo das pessoas. Além disso, os recursos hídricos são utilizados para a geração de energia geotérmica, que é uma alternativa para energia em países com escassez de água.  Não somente no Brasil, mas em todo o mundo a água é indispensável para as indústrias, agricultura e uso doméstico.





Podemos observar os gráficos em relação a necessidade e o consumo de água e como a vida humana será impossível sem ela.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Globalizando: Campanha da Fraternidade 2014

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, abriu oficialmente a Campanha da Fraternidade de 2014 na quarta-feira de Cinzas, dia 5 de março. Este ano, a campanha aborda o tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1).  O objetivo geral da campanha é identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana. Saiba mais sobre o assunto ouvindo o Programa Globalizando amanhã, às 11h, na Rádio UNAMA FM 105.5.


Futebol: um inusitado olhar sobre a sociedade globalizada



Julyana Barradas
Acadêmica do 5º semestre de Relações Internacionais da UNAMA



Estamos em 2014. Para a FIFA (em português, “Federação Internacional de Futebol Associado”, autoridade máxima do futebol mundial) é sinônimo de mais um ano de Copa do Mundo e o frenesi toma conta dos fãs de esportes mundo afora. 
A Copa do Mundo é o segundo torneio esportivo mais assistido mundialmente, só ficando atrás dos Jogos Olímpicos por razões mais que óbvias: nas Olimpíadas temos muitos países e muitas modalidades envolvidas, logo, tamanha diversidade aumenta a sua audiência. Porém, as Olimpíadas não conseguem ser tão impactantes quanto a Copa do Mundo, que mesmo com menos países participantes (32 apenas), sua notoriedade é maior. O mesmo é válido para as competições interclubes como a Liga dos Campeões da Europa e a Libertadores da América, as grandes potências do futebol. 
O nome do torneio é autoexplicativo: não tem como falar de Copa do Mundo (ou de torneios interclubes) sem falar em globalização. O termo “globalização” já sofreu várias alterações no seu conceito de acordo com o contexto que lhe é aplicado, atualmente ele pode ser melhor entendido pelas palavras de Thomas Friedman (colunista do NY Times e autor de “O Mundo é Plano: uma Breve História do Século XXI”): “A inexorável integração de mercados, Estados-nações e tecnologias em um grau jamais observado antes – de uma forma que está habilitando indivíduos, corporações e Estados nacionais a se conectarem com um mundo de maneira mais ampla, rápida, profunda e barata do que em qualquer outra época.”
No futebol, a globalização não se trata somente da internet ou de televisores com canais esportivos fechados como veiculação. Vai mais além: podemos ver times ingleses sendo comandados por norte-americanos, equipes bascas dos anos 90 comandada por galeses que importavam jogadores da Turquia e da Holanda e por aí vai... De repente, desapareceram as fronteiras e as identidades nacionais. Parecia que elas tinham sido varridas para os escombros da história da humanidade.
A UNESCO (Fundo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) através da Carta Internacional de Educação Física e Esporte vê a prática esportiva como um direito humano. Mais que isso, a prática esportiva é um ótimo difusor de valores universais de paz, respeito e amizade - A FIFA também costuma promover o famoso “fair play” (espírito esportivo, em português) -. Mas como nem tudo são flores, futebol também é conflito e na pior das hipóteses poderá desencadear uma guerra entre um ou mais países.
Não se tem conhecimento de nenhuma guerra em nível mundial relacionada á futebol, mas o fenômeno da violência futebolística não é de hoje, o hooliganismo é o movimento mais icônico - é retratado em filmes como “Green Street Hooligans” e “The Football Factory”-. O termo “hooligan” (vândalo em inglês) apareceu pela primeira vez em relatórios policiais ingleses datados do século XIX para descrever jovens arruaceiros que andavam em gangues, porém foi só por volta dos anos 1960 que “hooligan” e “hooliganismo” começaram a ser associados á violência futebolística, em especial no Reino Unido.
Mesmo sendo um movimento bem britânico, é possível encontrar associações hooligans pelo resto da Europa (mais os ultras), e algumas delas não defendem só a paixão pelo seu clube, mas também ideologias políticas, como é o caso do FK Estrela Vermelha de Belgrado, popular clube sérvio. 
        (Os Delije, ultras do Estrela Vermelha)
Em 1990, a rivalidade entre o Estrela Vermelha e o clube croata NK Dínamo Zagreb se intensificou por causa das eleições pela independência da Croácia - maioria optou por esta -, que era um dos principais Estados da antiga Iugoslávia. Os “Delije” eram tratados como deuses dentro da sua torcida por agredir croatas, por mais que houvesse repúdio por hooligans e ultras Europa afora, esse episódio era reflexo do ódio étnico entre os dois países. A realidade da Iugoslávia não condizia: com muitos movimentos nacionalistas, as então desaparecidas identidades nacionais e fronteiras eram meras ilusões, mesmo em tempos de globalização. Paradoxal até.
            Como podemos notar, um evento tão popular não deixa de ser reflexo de um contexto histórico de uma sociedade, ainda mais em um mundo cada vez mais informatizado e interdependente graças à globalização 3.0.
 
        (Os Bad Blue Boys, ultras do Dínamo Zagreb)