segunda-feira, 10 de março de 2014

Entrevista: Programa de Iniciação Científica

Ana Carolinne Barata
Acadêmica do 6º semestre de Relações Internacionais da UNAMA

     
      1. Qual a importância da iniciação científica para um acadêmico?
Não só a iniciação científica, mas qualquer projeto dentro da Universidade é importante para que o acadêmico possa viver, de fato, o curso. A meu ver, a iniciação científica é uma oportunidade de você aplicar os conhecimentos já adquiridos no curso em um assunto de seu interesse, além de ser uma chance de viver de perto, um pouco daquilo que lhe chama a atenção.
No meu caso, eu já me interessava por Comércio Internacional e pelo Comércio Exterior, em especial a questão das empresas multinacionais. Agora eu poderei ver mais de perto (com a pesquisa de campo), além de analisar, um pouco, como isso funciona na região metropolitana de Belém. Ademais, a iniciação científica é um diferencial a parte no currículo de qualquer profissional, principalmente por estarmos na região amazônica que é tão carente de pesquisadores e, mais ainda, sendo da área de Relações Internacionais.

2. Como foi o processo de escolha do tema e de criação do teu projeto?
Como eu já disse, eu já me interessava pelo Comércio Internacional e pela questão das empresas no Sistema Internacional. Então desde o 2º semestre, eu já pensava em participar do PIC (Projeto de Iniciação Científica) com o assunto que me chamava a atenção, mas acabei deixando de lado. Passados alguns semestres e mais “madura” em relação ao curso e ao que eu queria (e com alguns “empurrõeszinhos”), finalmente procurei o professor Mário Tito, que aceitou ser meu orientador. E, em Outubro do ano passado começamos a dar corpo ao projeto.
Eu escolhi analisar as práticas sustentáveis das empresas exportadoras situadas na região metropolitana de Belém, pelo fato de a sustentabilidade ser um fator que passou a ser decisivo na internacionalização de uma empresa, mas que ao mesmo tempo, é contraditório, pois nem sempre essas práticas são, de fato, usadas, principalmente na região amazônica que é rica em recursos naturais e tem leis fortes relacionadas à preservação destes.
No entanto, a pouca fiscalização deixa estas leis, muitas vezes, só na teoria. Logo, as minhas pesquisas para a elaboração do projeto partiram daí e, depois de muito trabalho, eu entreguei o projeto para a participação do PIC.

3. Sabendo que tens um ano de pesquisa e trabalho pela frente, quais são as tuas expectativas quanto aos possíveis resultados da pesquisa?
Bom, o trabalho já começou (até porque não é pouco). E com isso, eu espero que as minhas pesquisas e o artigo final possam contribuir para a formação do conhecimento da comunidade acadêmica como um todo, pois o meu projeto abrange assuntos que podem ser vistos de vários aspectos e válidos de outras análises. Mas principalmente, eu gostaria de inspirar outras pessoas do próprio curso de Relações Internacionais a participarem do PIC, pois é uma experiência única na Universidade, principalmente para o nosso curso que nos dá base para analisar diversos assuntos e de maneiras diferentes, e assim, agregar conhecimento próprio e às outras pessoas, já que ao final do programa, a pesquisa fica disponível para todos.

4. Qual a relevância da tua pesquisa para o mercado de trabalho do internacionalista?

A pesquisa em si sobre a relação entre sustentabilidade e o comércio exterior envolve áreas relativamente diferentes, mas que se entrelaçam. Na região amazônica, um internacionalista que se envolve e se interessa por essas áreas, tem chances de fazer carreira nesses setores aqui mesmo na região metropolitana de Belém. Com isso, eu considero a minha pesquisa relevante, pois nas visitas a campo, eu estarei levando o “nome” do curso para dentro das empresas. Assim, ao mesmo tempo em que eu vou estar pesquisando assuntos relacionados às Relações Internacionais, eles também estarão conhecendo como pode ser o trabalho de um internacionalista, tanto em uma multinacional, quanto em relação ao meio ambiente. E isso, no futuro, pode trazer mais reconhecimento para o nosso curso que, aqui no Pará, ainda é pouco valorizado.

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