segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Uma visão neoliberal do Acordo de Paz entre Rússia e Ucrânia

 Raylson Max
 
Acadêmico do 5º semestre de Relações Internacionais da Unama


Rússia e Ucrânia declararam mais um cessar-fogo ao conflito que vem se arrastando há mais de um ano no leste europeu. Como se percebe, as tentativas de negociação para o conflito entre estes dois Estados são cercadas de interesses individuais que dificultam a chegada a um consenso sobre esta tensão contínua.  
A Rússia, o país mais representativo da ex-União Soviética mostrou que, ao contrário do que se pensava, o Estado não se tornou frágil com a dissolução, seus recursos foram diminuídos,  mas a imposição de força dos últimos meses, mostram que o Estado possui o capacidade de agir e impor suas preferências quando a questão é salvaguardar o interesse nacional. 
Diante disto, tem-se um perfil esboçado: a Rússia, que mostra um poder elevado de intimidação (porém age de forma unilateral, sem apoios esclarecidos) e Ucrânia (que tem apoio dos Estados Unidos, União Europeia, e de uma série de outros países que defendem a legitimidade e soberania estatais). O último acordo de cessar-fogo, que teve início no dia 15 de fevereiro de 2015, tem sofrido com algumas perturbações realizadas pela população (os Pró-Rússia e Pró-Ucrânia), contudo, ainda assim revela que, mesmo em ambiente de conflito, certa ordenação, ou moderação das desavenças e da anarquia internacional é possível. 
Rússia e Ucrânia declararam mais um cessar-fogo ao conflito que vem se arrastando há mais de um ano no leste europeu. Como se percebe, as tentativas de negociação para o conflito entre estes dois Estados são cercadas de interesses individuais que dificultam a chegada a um consenso sobre esta tensão contínua.  
A Rússia, o país mais representativo da ex-União Soviética mostrou que, ao contrário do que se pensava, o Estado não se tornou frágil com a dissolução, seus recursos foram diminuídos,  mas a imposição de força dos últimos meses, mostram que o Estado possui o capacidade de agir e impor suas preferências quando a questão é salvaguardar o interesse nacional. 
Diante disto, tem-se um perfil esboçado: a Rússia, que mostra um poder elevado de intimidação (porém age de forma unilateral, sem apoios esclarecidos) e Ucrânia (que tem apoio dos Estados Unidos, União Europeia, e de uma série de outros países que defendem a legitimidade e soberania estatais). O último acordo de cessar-fogo, que teve início no dia 15 de fevereiro de 2015, tem sofrido com algumas perturbações realizadas pela população (os Pró-Rússia e Pró-Ucrânia), contudo, ainda assim revela que, mesmo em ambiente de conflito, certa ordenação, ou moderação das desavenças e da anarquia internacional é possível. 

Os interesses envolvidos no conflito, e nos acordos sobre a Ucrânia devem ser levados em consideração, seja o interesse nacional, os interesses nacionalistas (separatistas ou de anexação) ou mesmo os externos. É normal que atores de naturezas diversas tenham identidades e, por consequência, interesses divergentes, contudo, é necessário que compreendam que a relação conflituosa é custosa. A relação ganha-ganha é a forma mais inteligente de transpassar os constrangimentos sistêmicos do sistema internacional e, principalmente, a cooperação não pode ser entendida somente como uma situação alheia e pontual; trata-se de um processo, longo, mas que gera ganhos absolutos aos atores. 
Por isso, as negociações de paz, revelam um reconhecimento mútuo da necessidade de focar na relação onde todos, através da cooperação, conseguem satisfazer seus interesses e por ser interdependente e complexo, as vulnerabilidades e as sensibilidades estão embutidas nessas relações. 
Seria, de certa forma, equivocado dizer que a negociação atual trará ganhos em curto período aos envolvidos, nem poderia, pois a cooperação é um procedimento que demanda confiança na necessidade de alcançar o bem comum, mas é possível dizer que os dois países, além de Estados Unidos e UE, fomentando ações pacíficas e cordiais, estão aprendendo a “jogar o jogo” ou “vulgo” geopolítica: a cooperação, mesmo que ela seja abalada em alguns momentos. 
Por isso, os interessados em política internacional devem ficar atentos ao que acontece no leste europeu. Vale a pena conferir se Ucrânia e Rússia escolherão acreditar na inevitabilidade da guerra e no conflito latente, ou se contribuirão para, juntas, desenvolverem seus potenciais e tornarem-se atores de grande influência e relevância no SI, através da convivência pacífica e da cooperação. 


REFERÊNCIAS 
EL PAÍS. Rússia contraria Kiev e rejeita que ONU vigie cessar-fogo na Ucrânia. http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/19/internacional/1424333448_123441.html  
BBC BRASIL. Crise na Ucrânia: EUA e Inglaterra cogitam ampliar sanções à Rússia.http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150220_ucrania_russia_sancoes_rm

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