segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Homenagem ao dia Mundial da Hanseníase

Ana Gabriela de Souza e Silva
Acadêmica do 5º Semestre de Relações Internacionais da UNAMA


A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. Pode, também, causar deformidades físicas que podem ser evitadas com o diagnostico no inicio da doença, para um tratamento eficaz. O tempo de incubação da hanseníase é longo, pode ser de 2 ou até mais de 10 anos.
Segundo o boletim sobre epidemias da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2010, 16 países do mundo notificaram 1000 ou mais casos do mal de Hansen em 2009. Entre as regiões avaliadas, o continente Asiático apresenta a maior taxa de detecção, logo atrás está o continente Americano. Os países que contribuem para isso são a Índia, com o maior número de casos, e o Brasil que dos casos novos registrados nas Américas 93% são dele.
O Programa Nacional de doenças conseguiu reduzir o grau de gravidade da epidemia

no Brasil. Os novos casos de hanseníase em pessoas menores de 15 anos baixaram no período de 2008 para 2009. A meta do Brasil foi reduzir em 10% até 2011, sendo que a baixa já apresentada, foi de 7,8%.
Segundo Letícia Maria Eidt (2000), um dos motivos para o agravamento da hanseníase é o diagnostico tardio, e por não saberem quem começou a espalhar a doença naquele local especifico. Quando são filhos de mães infectadas, as crianças vivem com a família biológica ou uma adotiva, quando isso acontece, toda a família é examinada.
A falta de cuidado e atenção, os longos períodos de incubação da doença, fazem com que se agravem os problemas, por negligenciarem alguns sintomas estranhos pelo corpo, e quando resolvem tratar torna-se complicado.
A hanseníase é uma doença desconhecida da maioria e também de alguns profissionais da saúde, por ainda ser lembrada como uma doença bíblica. O despreparo dos serviços e dos profissionais da saúde, questões administrativas e dificuldade de transporte para locais de atendimento, também a falta de divulgação nas clinicas e hospitais, contribuem para não se encontrar a doença no período certo. (EIDT, 2004)
Outro aspecto importante é o tempo de incubação, muitas pessoas passam anos sem apresentar nada e de repente aparecem com a doença. Claro que, depende muito do contato que essa pessoa já teve com hansenianos, a partir disso fazer exames de tempos em tempos, como prevenção. (EIDT, 2004)
Os Programas Nacionais de controle da Hanseníase, nas regiões da OMS, implantaram com sucesso a “Estratégia Global de 2006 – 2010” para a detecção precoce dos casos. Em colaboração desses programas com outros parceiros a OMS desenvolveu a “Estratégia Global Aprimorada 2011 – 2015”, pondo ênfase na atenção a saúde, redução da carga da hanseníase, na detecção precoce e reduzindo a incapacidade, o estigma e a discriminação, reabilitando social e economicamente as pessoas afetadas.


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