Diogo Otávio Pereira e Silva
Acadêmico do 8º semestre de RI
No
último dia 26 de agosto a NASA, a agência espacial norte-americana, divulgou as
primeiras imagens em alta resolução feitas pelo jipe-robô Curiosity direto da
superfície de Marte. O robô foi lançado em 26 de novembro de 2011 e a viagem
até o Planeta Vermelho durou pouco mais de 8 meses, quando pousou com sucesso
no dia 6 de agosto.
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O monte Sharp fotografado pelas lentes do
Curiosity |
O
objetivo primordial da missão é avaliar se a região a ser explorada, a cratera
Gale, já teve ou ainda tem condições para a existência de vida microscópica. Pesquisas anteriores indicavam que região também já abrigara água em estado
líquido. A missão, que está prevista para durar dois anos, também contempla
várias pesquisas para compreender a composição da atmosfera e a evolução
geológica do planeta.
Em
termos políticos, o pouso do Curiosity também representa um importante passo
dos Estados Unidos na direção da exploração e de uma futura colonização de
Marte. Dias antes do lançamento do Curiosity, a Rússia havia lançado a sonda
Phobos-Grunt cujo destino era ir até uma das luas de Marte para coletar
amostras de seu solo e trazer para a Terra. Entretanto, a missão russa acabou
enfrentando problemas ainda não esclarecidos, o que a impediu de continuar.
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O robô Curiosity.
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Pode parecer cenário de filme de ficção científica, mas a missão do Curiosity permitirá que a NASA inicie esforços para enviar uma missão científica com astronautas e para começar o estabelecimento de laboratórios permanentes no planeta. O robô que custou US$ 2,5 bilhões ainda é alvo de críticas por parte dos que defendem a alocação de investimentos em problemas “terrestres”, mas uma análise mais perspicaz revela uma estratégia de longo prazo que favorece a continuidade da hegemonia norte-americana, o que é plenamente justificável em se tratando de Relações Internacionais.
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