Paulo Victor Rodrigues
Acadêmico do 4º semestre.
Após o dia 11 de setembro de 2001 o
terrorismo internacional tornou-se um dos assuntos mais abordados. Um Dia que marcou definitivamente o abalo da hegemonia
americana e colocou em evidência um novo ator no sistema internacional, o
terrorista. Os Estados Unidos tiveram uma reformulação drástica em sua política
interna, além de, declararem ‘’guerra ao terror’’. Posterior aos atentados
surgiu um temor entre os cidadãos norte-americanos – e de outras nações -, o
medo de pessoas de origem árabe e muçulmana – ou ‘’Islãmofobia’’.
Mais de 10 anos após da data e muitas mudanças na segurança dos EUA ocorre outro
abalo dentro do país, causado por um atentado na cidade de Boston,
Massachusetts, durante uma tradicional maratona, onde dois irmãos, Tamerlan
Tsarnaev, 26, e Djokhar Tsarnaev, 19, de origem Chechena e há alguns anos
vivendo legalmente nos Estados Unidos, produziram bombas de forma caseira, com
ajuda de um site ligado a uma organização terrorista. Tais artefatos foram
detonados próximos à linha de chegada da prova, matando três pessoas e ferindo
mais de 170. Investigações apontam que a motivação seria Extremismo Islâmico.
Tal
atentado expõem o ‘’buraco’’ na segurança norte-americana e também o quanto o
terrorismo é, praticamente, impossível de ser combatido, já que quem o pratica
é um combatente ‘’sem rosto’’, isto é, qualquer um pode ser um terrorista; e
‘’sem pátria’’, isto é, age por seus próprios princípios e objetivos. Levantam-se
questões, como: Será que existem mais, potenciais, terroristas dentro dos EUA?
Surgirá um temor em relação às pessoas Chechenas? Como combater o terrorismo?
Qual será o cenário internacional pós 15/04? Sem dúvidas, o terrorismo é um
assunto pertinente a ser debatido por todos, em especial por nós
internacionalistas, sendo ele um instrumento capaz de mudar a estrutura do
sistema internacional e as relações de poder.
O terrorismo se alimenta do medo e e das sombras. Se tem solução, é difícil dizer, mas cuidar dos direitos humanos dos que estão alijados do processo e se encontram fora do que se chama desenvolvimento, é a melhor forma de buscar soluções.
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