Marcelo
Silva Filho
Acadêmico
do 4º semestre
O Comitê Internacional da
Cruz Vermelha (CICV), que completou no último dia 8 de maio 150 anos, é uma
organização humanitária internacional que prioriza a proteção da vida e
dignidade das vítimas, sejam elas militares ou civis, envolvidas em conflitos
armados, além da promoção de assistência médica aos mais afetados, independentemente
da natureza interna ou externa de um Estado nacional, da filiação política ou
dos lados opostos em um determinado conflito. A instituição é embasada pelo
Direito Internacional Humanitário, que por sua vez passa adquirir relevância no
Sistema Internacional, tanto no sentido da validade de suas normas e princípios
quanto na abrangência das mesmas.
O CICV tem por objetivo
promover e fortalecer o direito e os princípios humanitários dentro de
circunstâncias que ameaçam e/ou prejudicam direta ou indiretamente a
integridade da vida humana sem, no entanto, causar interferências no
ordenamento jurídico interno dos países.
O Comitê tem origem na Convenção
de Genebra em Fevereiro de 1863 – com destaque para a iniciativa de Jean Henri
Dunant –, apresentado inicialmente com o caráter informal, no qual foram
discutidos a necessidade de incrementar os cuidados fornecidos aos soldados
feridos e doentes no campo de batalha, principalmente no que tange ao déficit
sanitário que assolava os postos e hospitais de guerra. Só na Convenção de
Genebra de 1864 adquire o caráter oficial com a presença de Representantes
Estatais e estabelece o emblema padronizado da cruz vermelha com um fundo
circular branco. Ao longo do século XX, a abrangência da proteção jurídica e do
auxílio médico do organismo se estendeu aos náufragos, prisioneiros de guerra e
civis envolvidos diretamente no conflito tanto no âmbito nacional quanto
internacional.
A multiplicidade étnica e
religiosa das sociedades nacionais exercem grande influência sobre a conduta da
política externa dos Estados e também na forma de atuação dos organismos
internacionais, logo a CICV, que apesar de ser uma entidade ligada
exclusivamente pelo ideal humanitário, é permeada pela diversidade cultural
humana através da existência de quatro emblemas: A imagem tradicional da cruz
vermelha; o crescente vermelho, utilizado pela primeira vez no conflito
russo-otomano em 1876, pois a cruz vermelha representava uma ofensa aos
soldados muçulmanos devido a fatores históricos e religiosos, sendo
oficializado em 1929 ; o cristal vermelho, oficializado pelo Protocolo
Adicional III de 2005; e a Magen David vermelha que expressa a religião judaica
dentro da perspectiva humanitária do CICV, entretanto esse não tem o
reconhecimento internacional justificando, portanto, o uso do cristal vermelho
por parte de nações que não desejam usar cruz vermelha ou o crescente vermelho
no âmbito internacional.
REFERÊNCIAS
História
dos Emblemas. Disponível em <<http://www.icrc.org/por/resources/documents/misc/emblem-history.htm>>.
Acesso em: 08/05.
História
do CICV. Disponível em <<http://www.icrc.org/por/who-we-are/history/overview-section-history-icrc.htm>>.
Acesso em: 08/05.
Missão
da CICV. Disponível em <<http://www.icrc.org/por/who-we-are/mandate/overview-icrc-mandate-mission.htm>>.
Acesso em: 08/05.
Nenhum comentário:
Postar um comentário