Subina dos Santos da Cruz Ramos
Acadêmica do Primeiro Semestre
Foram
anos de exploração, fragilidade a qualquer tipo de dominação por falta de
segurança, e garantia de uma soberania Estatal, na ausência do reconhecimento à
autodeterminação. Os países Africanos pela abundância de riquezas naturais que
possuem, despertaram atenção dos países Europeus, que procuravam mão de obra a
baixo custo, e um mercado em que podiam escoar seus produtos, fruto da
Revolução Industrial. Podemos assim dizer que o primeiro contato com o esse
povo não fora apenas dominação, mas também comercial.
No entanto,
as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade
do século
XX deixaram
aqueles países colonizadores sem condições para manterem um domínio econômico e
militar nas suas colônias. Estes problemas, associados a um movimento
independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, na
Indonésia, com a prestimosa presença de 6 chefes Estados Africanos, e 27
Estados asiáticos, levou as antigas potências coloniais a negociarem a
independência das colônias. Apesar dos movimentos revolucionários que se fazia
crescer no continente, alguns países como a Argélia e a República Democrática do
Congo, somente foi alcançada a independência após
desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.
Em
resposta a isso os países independentes, reuniram no dia 25 de Maio de 1963 em
Adis Ababa, Etiópia, com participação de 32 Governos de países africanos, a fim
de criar uma organização cujo princípio básico seria união de toda a África.
Assim
foi instituída a OUA- Organização de União Africana, depois substituída pela
UA- União Africana em 2002, tendo como objetividade a promoção de solidariedade
entre os Estados membros, coordenar e intensificar a cooperação econômica e
cultural, na garantia de oferecer uma vida melhor para seus povos, uma
organização que caberia a função, defender a soberania, integridade territorial
erradicando assim, todas as formas de colonialismo na África.
Constituída
por 52 membros, cobrindo quase todo o continente. Tendo como suspenso 4 países
entre eles: Guiné-Bissau, Madagáscar, Nigéria e Mali, pela ocorrência constante
de instabilidade política. A União Africana, um exemplo da União Europeia,
possui vários órgãos para regular o funcionamento das entidades e as relações
entre seus membros.
Considerando
que, desde a sua criação, a Organização da Unidade Africana desempenhou um
papel determinante e valioso na libertação do Continente, na afirmação de uma
identidade comum e na realização da unidade africana, e que forneceu um quadro
único para uma ação coletiva na África, como nas relações com o resto do mundo.
Atualmente,
face aos acontecimentos dilacerados entre conflitos étnicos, a UA, tem desenvolvido
mecanismo de forma a fazer face aos multifacetados desafios com que o Continente
e os povos se confrontam, face às mudanças sociais, econômicas e políticas que
se operam na África e no mundo.
Neste
âmbito, reconhecem a necessidade de acelerar o processo de implementação do
Tratado de criação da Comunidade Econômica Africana, com vista a promover o
desenvolvimento socioeconômico da África e enfrentar, de forma mais efetiva, os
desafios da mundialização, guiados pelo desejo comum de uma África unida e
forte, e pela necessidade de construir uma parceria entre os governos em todos
os segmentos da sociedade civil, em particular as mulheres, os jovens e o setor
privado, a fim de consolidar a solidariedade e coesão entre seus povos.
A
situação do flagelo de conflitos na África constitui um importante impedimento
para o desenvolvimento socioeconômico do continente. Contudo não estão sendo
medidos os esforços no estabelecimento de medidas necessárias para reforçar as
instituições comuns e dotá-las dos poderes e recursos necessários para lhes
permitir desempenharem efetivamente as suas missões em prol do povo africano.
Parabéns a Subina. Texto muito interessante, reflexões pertinentes com uma carga de esperança muito forte. Estamos, aos poucos, mostrando que o conhecimento construído na academia deve ir além do ôntico e além dos muros da Universidade, chegando a toda sociedade.
ResponderExcluirobrigada professor, muito obrigada :)
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