João
Maria da Silva Neves Neto
Acadêmico do 8º semestre.
Hassan Rouhani, eleito presidente do
Irã no dia 14 de Junho foi empossado neste sábado, dia 3 de Agosto, pelo Líder
Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Neste domingo, ele fez um discurso
bastante moderado, com grande ênfase no diálogo com o ocidente, para assim dar
fim as séries de sanções internacionais impostas, além de buscar reverter a
alta inflação deixada pelo ex presidente, Mahmoud Ahmadinejad. Mas será que ele
consegue reverter este quadro político em que vive o Irã?
Lembrando
que no Irã o presidente não tem poder de decidir as questões principais da
política externa, sem o consentimento do Líder Supremo, decidindo apenas
escolha dos embaixadores ou outras sem tanta importância. De acordo com a
constituição do Irã, o presidente é a segunda maior autoridade do país, sendo o
Guardião Supremo a maior, podendo até ser demitido pelo Líder se este perceber
alguma incapacidade do atual presidente de governar.
O
Líder Supremo tem o poder de comandar as forças armadas, algo que o presidente
não pode. Com isso podendo declarar guerra ou celebrar a paz com outro Estado.
Além disso, atua como árbitro entre os três poderes, executivo, judiciário e
legislativo e é o responsável de nomear a principal autoridade do judiciário
iraniano. O presidente, mesmo não podendo controlar as forças armadas, pode
nomear os Ministros da Defesa e da Informação. Normalmente antes dessa escolha
os presidentes costumam consultar o Líder Supremo, para depois submeter os
nomes à apreciação do legislativo.
Com
essas informações sobre o presidente e o Líder Supremo, percebe-se que a
mudança das políticas feitas pelo Irã não pode ser apenas anseio do presidente,
mas também do Líder. Com isso tem-se a necessidade do uso do diálogo entre as
partes. O atual presidente tem a seu favor a diplomacia, conhecido, como o
‘Sheik Diplomata’, antes de ser candidato à presidência Rouhani foi chefe de
negociação do programa nuclear do Irã.
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