terça-feira, 10 de setembro de 2013

Guerra regional?

João Neves Neto
Acadêmico do 8º semestre.

            Nos últimos dias o Sistema Internacional se encontra apreensivo, com o anuncio do provável ataque dos Estados Unidos e seus aliados, ao governo sírio, acusado de usar armas químicas contra civis. O ditador Bashar al-Assad adverte que um ataque pode levar ao Oriente Médio a uma Guerra Regional, chegando a afirmar em entrevista que a região é um barril de pólvora. Mas quais os prováveis efeitos de um ataque estadunidense a Síria?
            A Rússia é contra o ataque dos Estados Unidos, principalmente por não estar convencida das provas apresentadas pelo Estado americano e seus aliados sobre o ataque químico. Além de divulgar que se houver o ataque ao governo sírio, o Estado russo está pronto para atacar a Arábia Saudita, umas das principais aliadas dos estadunidenses na região.
            Diferente da Líbia, aonde Gaddafi foi tirado do poder, Damasco teve apoio de países poderosos, como Rússia, China e Irã. O Estado iraniano é a maior força militar do Oriente Médio, com cerca de dois milhões de militares efetivos, que vê seu futuro na região na permanência do regime em Damasco. O Estado persa, a qualquer sinal de intervenção estadunidense, divulgou que irá fechar o Canal de Ormuz, por onde passa aproximadamente 40% do petróleo consumido pelos Estados Unidos e Europa. As potências nucleares, Rússia e China, já demonstraram que podem dificultar os ataques a Síria.   
            Enquanto isso, o Iraque que é aliado preferencial do Irã já negou aos Estados Unidos o seu espaço aéreo para o provável ataque. Israel, parceiro importante dos estadunidenses na região, tem grande probabilidade de receber o contra golpe, depois do ataque, já que está cercada por forças inimigas. De um lado, o Hezbollah, que são aliados do Irã e Síria, do outro, na Faixa de Gaza território do Hamas, com mísseis e forças.

            O provável ataque também poderá levar o aumento do conflito entre os curdos e a Turquia, integrante da OTAN. Depois da análise percebemos o que pode acarretar um ataque do ocidente na região, levando a uma guerra regional ou até de proporções maiores. Como Noam Chomsky já tinha dito antes do uso de armas químicas na Síria, “Obama está executando a maior operação terrorista da história”. Afirmando que “a administração do Obama se dedica a incrementar o terrorismo e o fazer em todo mundo”.

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