domingo, 8 de setembro de 2013

O Brasil no Sistema Internacional

Quézia Pereira
Acadêmica do 4º semestre.

Sétima maior economia do mundo (segundo dados do Fundo Monetário Internacional – FMI) e líder regional, o Brasil vivencia um importante momento no cenário internacional, tanto econômica como politicamente. Têm-se, na ocasião, grandes oportunidades de investimentos externos, devido ao amplo mercado consumidor brasileiro (aproximadamente 194 milhões de habitantes - dados IBGE 2011); ao crescimento econômico estável; e às políticas de sustentabilidade socioambiental. O FMI prevê a recuperação da antiga posição do Brasil para a sexta colocação, quanto aos maiores PIBs do mundo, ainda este ano. O Fundo também estima que no ano de 2016 o país alcance a quinta posição no ranking, com uma arrecadação que supere a da França. Contudo, pergunta-se: o Brasil está preparado para tal crescimento?

É possível afirmar que o Brasil está no caminho certo para a sustentabilidade de seu crescimento e isso pode ser um rápido processo, já que o país assume um papel de protagonismo no mundo, resultado de programas sociais como o Bolsa Escola que, embora seja alvo de criticas, tornou-se referência internacional, colocando os olhares do mundo mais uma vez no Brasil. As politicas para criação de empregos meio a crise de 2009 também foram de grande importância para o reconhecimento externo do país. Vale ressaltar também a recente eleição de Roberto Azevedo para gerir a Organização Mundial do Comércio (OMC), o que evidenciou certa consideração à politica brasileira.
Todo esse processo de conquista de espaços vem se consolidando e o Brasil tem enorme capacidade para o êxito. A diplomacia brasileira, historicamente marcada por suas grandes conquistas, caracterizada pela eficácia nos acordos multilaterais é respeitada mundialmente e é uma qualidade que põe o Brasil em destaque. Mesmo com a aproximação a países “inimigos” de outros países com que o Brasil já mantém uma relação ou cooperação anterior, é visível a forma (alternativa a conflitos) que a diplomacia brasileira age para manter a boa “amizade” no cenário político internacional.        Tais características asseguram as estratégias brasileiras para se estabelecer internacionalmente, indo além das fronteiras e culturas para a manutenção de seus interesses. Pode ocorrer o afastamento com determinadas nações (o ‘vai e vem’ com os EUA, por exemplo), porém a interdependência (de Joseph Nye) é uma forma de explicar o porquê de o Brasil escapar de possíveis rompimentos econômicos, dado que as trocas são mútuas.
Torna-se relevante, nesta data, destacar a importante transição do Brasil como dependente europeu para um dos principais atores internacionais e o mais provável de se estabelecer entre os quatro maiores PIBs do mundo.

Como se vê, este é um tema que merece ainda bons e profundos debates.

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