Quézia
Pereira
Acadêmica
do 4º semestre.
Sétima maior economia do mundo
(segundo dados do Fundo Monetário Internacional – FMI) e líder regional, o
Brasil vivencia um importante momento no cenário internacional, tanto econômica
como politicamente. Têm-se, na ocasião, grandes oportunidades de investimentos
externos, devido ao amplo mercado consumidor brasileiro (aproximadamente 194
milhões de habitantes - dados IBGE 2011); ao crescimento econômico estável; e
às políticas de sustentabilidade socioambiental. O FMI
prevê a recuperação da antiga posição do Brasil para a sexta colocação, quanto
aos maiores PIBs do mundo, ainda este ano. O Fundo também estima que no ano de
2016 o país alcance a quinta posição no ranking, com uma arrecadação que supere
a da França. Contudo, pergunta-se: o Brasil está preparado para tal
crescimento?
É possível afirmar que o
Brasil está no caminho certo para a sustentabilidade de seu crescimento e isso pode
ser um rápido processo, já que o país assume um papel de protagonismo no mundo,
resultado de programas sociais como o Bolsa Escola que, embora seja alvo de
criticas, tornou-se referência internacional, colocando os olhares do mundo
mais uma vez no Brasil. As politicas para criação de empregos meio a crise de
2009 também foram de grande importância para o reconhecimento externo do país.
Vale ressaltar também a recente eleição de Roberto Azevedo para gerir a Organização
Mundial do Comércio (OMC), o que evidenciou certa consideração à politica brasileira.
Todo esse processo de
conquista de espaços vem se consolidando e o Brasil tem enorme capacidade para
o êxito. A diplomacia brasileira, historicamente marcada por suas grandes
conquistas, caracterizada pela eficácia nos acordos multilaterais é respeitada
mundialmente e é uma qualidade que põe o Brasil em destaque. Mesmo com a
aproximação a países “inimigos” de outros países com que o Brasil já mantém uma
relação ou cooperação anterior, é visível a forma (alternativa a conflitos) que
a diplomacia brasileira age para manter a boa “amizade” no cenário político
internacional. Tais características
asseguram as estratégias brasileiras para se estabelecer internacionalmente,
indo além das fronteiras e culturas para a manutenção de seus interesses. Pode
ocorrer o afastamento com determinadas nações (o ‘vai e vem’ com os EUA, por
exemplo), porém a interdependência (de Joseph Nye) é uma forma de explicar o
porquê de o Brasil escapar de possíveis rompimentos econômicos, dado que as
trocas são mútuas.
Torna-se relevante, nesta
data, destacar a importante transição do Brasil como dependente europeu para um
dos principais atores internacionais e o mais provável de se estabelecer entre
os quatro maiores PIBs do mundo.
Como se vê, este é um tema
que merece ainda bons e profundos debates.
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