Prof. Felix Prieto
Docente e Ex-coordenador do Curso de Relações Internacionais
UNAMA
Em 2006, a Universidade da Amazônia, através do CESA (Centro de Estudos Sociais Aplicados) Campus BR, liderado na época pelo professor Ilmar Soares, juntamente com o professor Roberto Alcântara e sob a batuta do reitor Edson Franco, teve a ideia de criar o primeiro curso de Relações Internacionais da região amazônica. Certamente uma ideia original e pioneira.
A Amazônia é importante para o mundo, mas esta importância nem sempre é reconhecida no Brasil. A região precisava de um curso que a estudasse, a conhecesse e a protegesse. Mas, havia uma pergunta no ar: Seria fácil? Daria certo? Seria reconhecido, aprovado?
Os primeiros anos não foram fáceis, não havia quadro de professores com experiência suficiente na disciplina nem bibliografia básica necessária e mínima que pudesse alavancar o início de tudo, embora logo de cara tivesse uma excelente primeira turma (Caio Lobo, William Rocha, Mayane Bento, etc.), hoje mestres e professores do próprio curso, apenas sete anos depois do inicio de tudo. Outros seguiram caminhos diferentes e admiráveis, a exemplo de Caio Lobo que faz mestrado na Bélgica e ocupa um cargo importante na UE.
Outros antigos alunos como Joel, Natalia, André Kós, Malú, Gláucia, Breno, Lyla, Igor, Gregorie, Hilda, Gregori, Emilyn, Natasha, Victor, Thysssyana, Harles, Larissa, Ingrid, Arthur, Ramon, Diogo, e outros mais recentes, já formam parte do quadro de internacionalistas nas principais empresas transnacionais e organizações públicas da região e a nível nacional.
São os primeiros frutos desta ideia ousada da Universidade, certamente cumprindo a sua missão que é o desenvolvimento da Amazônia. Sem esquecer que a maioria está nos cursos de pós-graduação lato e stricto sensu das melhores universidades e MBAs do país. Ou seja, estão aprofundando a formação recebida na Unama!
O segundo processo começa logo em 2008, com a mudança no rumo do curso que era capitaneado desde então pelo professor Félix Gerardo Ibarra Prieto a quem coube a missão de reconhecer o curso perante o MEC.
Antes houve uma consulta ampla e irrestrita para atualizar o projeto pedagógico do curso. Foram introduzidas novas disciplinas com a finalidade de estar em sintonia com o Plano Nacional que viria a ser ainda formulada e construída por uma comissão. Felizmente o novo projeto saiu antes do próprio marco nacional de Cursos de Relações Internacionais no Brasil, em pleno acordo com ele. Acertamos mais uma vez.
A visita da comissão do MEC para o reconhecimento foi finalizada no dia 11/11/11. Desde esse dia já sabíamos extra-oficialmente da nota (5.0) e só aguardamos mais um semestre para a confirmação. Neste momento o curso já tinha um quadro excelente e vasto de professores especialistas nas diversas áreas de estudo do curso e a biblioteca já possuía uma vasta bibliografia que atendia plenamente as necessidades básicas e complementares dos melhores cursos de RI.
Para o reconhecimento do curso, o MEC, se preocupa por três eixos: 1- infraestrutura da universidade (excelente); 2- quadro e titulação dos professores, número mínimo de mestres e doutores, número mínimo de professores com DI e a qualificação e função do NDE (Núcleo Docente Estruturante); 3- Análise do trabalho da coordenação, a satisfação dos alunos e certamente a dos professores. Estas reuniões com os docentes e discentes são feitos a portas fechadas. E a avaliação foi a melhor possível.
A terceira parte deste processo de construção do curso começa sob a coordenação do professor Mário Tito Almeida, quem teve a missão de enfrentar o primeiro teste para valer perante o ENADE, já que o primeiro tinha sido cedo demais e muito tumultuado por algumas lideranças estudantis que pregavam o caos na universidade e no curso.
Este segundo ENADE aplicado em 2012 mostrou que o trabalho realizado pela coordenação do professor Mário Tito,iniciado em agosto de 2012 dava plena continuidade ao trabalho iniciado em 2006. O resultado acaba de sair e o curso foi plenamente aprovado com nota (3.0) de um máximo de (5.0) que nos da plena confiança de seguir trabalhando e melhorando em ensino no curso de RI.
Estamos à altura de vários cursos de RI de prestigiosas universidades do sul, centro e sudeste do Brasil.
Como se pode ver não foi um caminho fácil e ninguém disse que seria. O que vejo é que os desafios são cada vez maiores e a condição um pouco menos propicia para enfrentá-los. Daqui para frente é muito trabalho para poder manter no alto o prestígio do curso perante a comunidade acadêmica e a sociedade paraense e nacional.
Vejo com muito prazer o engajamento dos alunos em alguns projetos do curso, principalmente aqueles de caráter científico e estudos de investigações sobre diversos assuntos que são inerentes ao curso de Relações Internacionais e a universidade. O caminho é esse e o homem certo para conduzi-lo é o atual coordenador.
Novos processos virão, novos desafios serão enfrentados, mas até o momento todos eles foram plenamente alcançados. A cooperação entre alunos, professores e gestores é fundamental, isso vai fazer com que a diplomacia prospere e os conflitos diminuam: o caminho está correto. O curso foi reconhecido, testado e aprovado. Hoje as empresas podem confiar plenamente nos internacionalistas da Amazônia.
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