Danilo Ebúrneo
Acadêmico do 5º Semestre.
Acadêmico do 5º Semestre.
Nome original: Paradise
Now
Lançamento: 07de Setembro de 2005 (88min)
Dirigido por :
Hany Abu-Assad
Com: Lubna Azabal, Hiam Abbass, Ali Suliman
Gênero:
Drama
Nacionalidade: Palestina
"Amigos de infância, os palestinos Khaled (Ali
Suliman) e Said (Kais Nashef) são recrutados para realizar um atentado
suicida em Tel Aviv. Depois de passar com suas famílias o que teoricamente
seria a última noite de suas vidas, sem poder revelar a sua missão, eles
são levados à fronteira. A operação não ocorre como o planejado e eles
acabam se separando. Distantes um do outro, com bombas escondidas em seus
corpos, Khaled e Said devem enfrentar seus destinos e defender suas
convicções."
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O filme conta a história de Said (Kais Nashef) e Khaled (Ali
Suliman), dois jovens palestinos que são recrutados através de um conhecido
para se aliarem a um grupo extremista, que planeja fazer um atentado em
território Israelense, enviando homens bombas para fazer o serviço. Antes de o
filme entrar no assunto terrorismo em si, é interessante o modo que os
roteiristas Bero Bayer e Pierre Hodgson trabalham ao nos mostrar
os rapazes como pessoas comuns, que trabalham numa oficina mecânica, saem
juntos para beber e fumar e depois vão para casa. Uma rotina comum para muitos
de nós ou para pessoas que conhecemos, mostrando que esses mesmos jovens
poderiam ser Brasileiros, Espanhóis ou até mesmo Norte Americanos.
Mas no momento em que Said e Khaled são recrutados pelo grupo
extremista, eles parecem não ter problemas sobre o que vão fazer, como se
soubessem e tivessem certeza absoluta que aquele momento chegaria, que eles
foram preparados para isso. A partir
desse momento, passamos por tantas
dúvidas quanto Said e Khaled passam mais pra frente ao tentar entender o que
estão fazendo e o porque estão fazendo, e á ai que a crítica do diretor
Israelense toma uma inteligente forma.
Hany Abu – Assad é bem direto na sua direção, e quase nunca é
sutil na sua mensagem. Ele trabalha de
forma seca, com câmeras quase sempre estáticas, passando a frieza daquele
ambiente, o que foi inteligente, já que nas cenas em campo aberto o modo de
direção mostra a tensão que a população passa ao ter nas sua cidade uma Guerra
Civil (Como mostra o inicio do filme na imagem 1). No decorrer do filme, quando
os jovens estão se preparando psicologicamente antes de amarrarem bombas no
próprio corpo, o diretor já fecha no rosto dos personagens, passando a tensão
dos mesmos para o espectador (Imagem 2).
Imagem 1 |
Imagem 2 |
Outro ponto inteligente do filme foi a vestimenta escolhida
para o ataque. O líder extremista, ao amarrar as bombas nos rapazes (logo após
cortarem os cabelos e fazerem a barba) traz ternos para cobrir as bombas, e se
forem parados para serem revistados por soldados israelenses, eles podem dar a
desculpa de que estão indo a um casamento.
Mas se era para cobrir as bombas porque não colocarem uma jaqueta? Ou
então algumas blusas? A verdade é que a equipe do filme queria fazer era dar ênfase
a importância que eles dão a fazer o ataque. Quando vamos a um evento de grande
porte sempre vamos com terno ou roupa social. No caso deles isso era uma honra,
e iriam vestidos respeitando tal ‘’evento’’.
Eu poderia entrar na questão de Relações Internacionais
falando sobre o conflito de Israel e Palestina, mas pessoalmente acho que isso
faria com que o filme perdesse sua força, já que o mesmo trata do terrorismo na
visão do terrorista. Logo, seria certa estupidez da minha parte querer limitar
um assunto que pode ser aplicado tranquilamente a qualquer evento
internacional. Deixarei que vocês pensem
sobre isso e sobre o que foi estudado no curso.
Espero que tenham tempo para assistir ao filme. Aproveitem e
até a próxima!
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