quarta-feira, 16 de outubro de 2013

FAO e o Dia Mundial da Alimentação.




Bruna F. Pinheiro
Acadêmica do 4º semestre.


 

Alusivo à data de criação da FAO (Food and Agriculture Organization of the United States), no dia 16 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Neste ano, com o tema "Sistemas Alimentares Sustentáveis para Segurança Alimentar e Nutrição” e logo após o lançamento do Mapa da Fome no Mundo, a Organização tem desafios duros, mas também recompensas significativas nestes últimos anos.

Quando lidamos com a alimentação, temos alguns entraves para que esta ocorra de maneira saudável e de qualidade. Cerca de 870 milhões de pessoas no mundo sofrem de desnutrição crônica – quando a pessoa é privada de ingerir alimentos por muito tempo e com ausência de nutrientes essenciais -, uma demanda muito grande, mas que não é maior que a produção de alimentos em escala mundial. Vivemos com uma dualidade, um paradoxo entre a larga produção de alimentos e a fome mundial.

Infelizmente, onde mais há fome no mundo são em locais com baixas renda per capita e produtividade agrícola, fazendo com que estas pessoas necessitadas não tenham renda suficiente para comprar seus alimentos e viver de forma digna. Entretanto, a fome não está apenas em continentes em desenvolvimento como a África, a Ásia e a América Latina. Países desenvolvidos também lidam com a fome devido à má distribuição de renda ocorrida internamente, eis ai o maior e mais terrível paradoxo das nações desenvolvidas. Por este motivo, vários são os esforços em conjunto para erradicar este terrível mal que assola a população mundial, como, por exemplo, os Objetivos do Milênio, que buscam, entre uma de suas metas, reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre de fome. Esta meta já foi conquistada por algumas nações mais desenvolvidas, entretanto, muitas ainda estão distantes de alcançá-la.

Além disso, o número de pessoas que deixaram de passar fome nos últimos anos diminuiu moderadamente (foram cerca de 26 milhões de pessoas que deixaram de passar fome), comparado aos últimos biênios e a enorme quantidade de pessoas que ainda passam fome diariamente. Não obstante, temos a preocupação nutricional deste alimento, visto que não basta apenas ter o que comer, mas também deve ter nutrientes suficientes, levando em consideração que este alimento deve ser rico nutricionalmente para um desenvolvimento humano considerável normal. Este é o caso, por exemplo, da cidade de El Alto, na Bolívia, onde a alimentação local é baseada apenas em carboidratos, fazendo com que a população local tenha um péssimo desenvolvimento que vai desde a baixa estatura até o sobrepeso e a anemia, devido ao baixo valor nutricional dos alimentos locais.
É neste sentido que a FAO atua ao redor do mundo, auxiliando com pesquisas e técnicas nos vários países que fazem parte da organização em prol da erradicação da fome mundial, contribuindo na produção agrícola e na distribuição dos alimentos. Esta data vale para reforçar a crença e a busca por um mundo sem fome, onde homens, mulheres e crianças possam se desenvolver de forma saudável, com emprego digno e rentável para uma alimentação rica nutricionalmente, afinal, pessoas saudáveis ​​dependem de sistemas alimentares saudáveis.

Um comentário:

  1. Vale lembrar o importante papel que o governo brasileiro vem executando desde a gestão do presidente Lula no cenário nacional e internacional, com programas de cooperação com países africanos, e até mesmo com a eleição do José Graziano para a presidência da FAO; José Graziano que é considerado um dos "pais" do programa Fome Zero do governo brasileiro.

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