Bruna F.
Pinheiro
Acadêmica
do 4º semestre.
Alusivo à data de criação da FAO (Food and Agriculture Organization of the United States), no dia 16 de Outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Neste ano, com o tema "Sistemas Alimentares Sustentáveis para Segurança Alimentar e Nutrição” e logo após o lançamento do Mapa da Fome no Mundo, a Organização tem desafios duros, mas também recompensas significativas nestes últimos anos.
Quando lidamos
com a alimentação, temos alguns entraves para que esta ocorra de maneira
saudável e de qualidade. Cerca de 870 milhões de pessoas no mundo sofrem de
desnutrição crônica – quando a pessoa é privada de ingerir alimentos por muito
tempo e com ausência de nutrientes essenciais -, uma demanda muito grande, mas
que não é maior que a produção de alimentos em escala mundial. Vivemos com uma
dualidade, um paradoxo entre a larga produção de alimentos e a fome mundial.
Infelizmente,
onde mais há fome no mundo são em locais com baixas renda per capita e
produtividade agrícola, fazendo com que estas pessoas necessitadas não tenham
renda suficiente para comprar seus alimentos e viver de forma digna. Entretanto,
a fome não está apenas em continentes em desenvolvimento como a África, a Ásia
e a América Latina. Países desenvolvidos também lidam com a fome devido à má
distribuição de renda ocorrida internamente, eis ai o maior e mais terrível
paradoxo das nações desenvolvidas. Por este motivo, vários são os esforços em
conjunto para erradicar este terrível mal que assola a população mundial, como,
por exemplo, os Objetivos do Milênio, que buscam, entre uma de suas metas,
reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre de
fome. Esta meta já foi conquistada por algumas nações mais desenvolvidas,
entretanto, muitas ainda estão distantes de alcançá-la.
Além
disso, o número de pessoas que deixaram de passar fome nos últimos anos
diminuiu moderadamente (foram cerca de 26 milhões de pessoas que deixaram de
passar fome), comparado aos últimos biênios e a enorme quantidade de pessoas
que ainda passam fome diariamente. Não obstante, temos a preocupação
nutricional deste alimento, visto que não basta apenas ter o que comer, mas
também deve ter nutrientes suficientes, levando em consideração que este
alimento deve ser rico nutricionalmente para um desenvolvimento humano
considerável normal. Este é o caso, por exemplo, da cidade de El Alto, na Bolívia,
onde a alimentação local é baseada apenas em carboidratos, fazendo com que a
população local tenha um péssimo desenvolvimento que vai desde a baixa estatura
até o sobrepeso e a anemia, devido ao baixo valor nutricional dos alimentos
locais.

Vale lembrar o importante papel que o governo brasileiro vem executando desde a gestão do presidente Lula no cenário nacional e internacional, com programas de cooperação com países africanos, e até mesmo com a eleição do José Graziano para a presidência da FAO; José Graziano que é considerado um dos "pais" do programa Fome Zero do governo brasileiro.
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