Ana Carolinne Barata
Acadêmica do 5º semestre.
Não é preciso muito
para mostrar o quão é importante o profissional que exerce a medicina.
O ato de salvar vidas e manter a saúde em bom estado é um dos mais nobres gestos de humanidade e solidariedade perante o mundo e, nos dias de hoje, em que vidas estão sendo tiradas por tão pouco e doenças vem atingindo e matando milhares de pessoas que não têm assistência, o médico se torna ainda mais importante e necessário.
O ato de salvar vidas e manter a saúde em bom estado é um dos mais nobres gestos de humanidade e solidariedade perante o mundo e, nos dias de hoje, em que vidas estão sendo tiradas por tão pouco e doenças vem atingindo e matando milhares de pessoas que não têm assistência, o médico se torna ainda mais importante e necessário.
Em qualquer meio de
comunicação pode-se ver a quantidade de pessoas que morrem desde conflitos
internacionais até “balas-perdidas” no Brasil, além das doenças que todos nós
corremos riscos. Em ambos os casos (conflitos e doenças) não há distinção de
raça, sexo, classe social, etc., como também não existe no ato de tentar salvar
uma vida. O capítulo 1 do código de ética médica confirma: I – “A medicina é
uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será
exercida sem discriminação de nenhuma natureza.” II – “O alvo de toda a atenção
do médico é a saúde do ser humano, em beneficio da qual deverá agir com o
máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.” X – “O trabalho do
médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade
política e/ou religiosa.
Como acadêmica de Relações
Internacionais, vejo importante mostrar um pouco dessa profissão na área, sim,
medicina nas Relações Internacionais, poucos sabem, mas existe uma Organização
Humanitária Não Governamental Internacional de “médicos internacionais”, a
“Médicos Sem Fronteiras” (Mèdecins Sans Frontières - MSF).
A organização Médicos
Sem Fronteiras foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas
com a finalidade de promover ajuda médica e humanitária em uma guerra civil que
ocorria em Biafra, na Nigéria. Desde então vem atuando em situações de
conflito, crises e também nos lugares “esquecidos” onde o acesso a saúde é
difícil, unindo ajuda humanitária e sensibilização sobre a importância da
manutenção da vida. Hoje o MSF atua com mais de 34 mil profissionais espalhados
por mais de 70 países, se tornando a maior organização médica-humanitária
não-governamental do mundo e é fundamentada em três princípios básicos:
independência, imparcialidade e neutralidade.
De acordo com seus
princípios fundamentais e seu histórico de bem-feituras de sucesso, pode-se ver
o quanto nós devemos valorizar esses profissionais que deixam suas casas, seus
países de origem e se deslocam para locais instáveis e muitas vezes perigosos
(em casos de conflitos) com o intuito apenas de ajudar ao próximo – deve-se
lembrar que o MSF sobrevive 80% de doações individuais e da iniciativa privada
– com o compromisso de levar cuidados médicos de qualidade a quem necessita sem
fazer distinção de raça, religião e convicção política. Por isso, e por prestar
relevantes serviços a humanidade, a organização recebeu o Premio Nobel da Paz
em 1999.
Atualmente a
organização vem tendo principal atuação no conflito da Síria, no Iraque, no
Sudão do Sul e na República Democrática do Congo, além de outros locais ao
redor do mundo, ajudando por meio de diversas maneiras que vão desde
estratégias de vacinação até cirurgias de guerra feitas em hospitais móveis
montados pela própria organização, decidindo suas estratégias de atuação sem
influência política ou do governo do local onde se encontram.
Sob
olhos internacionalistas, vejo o MSF como importante ator no Sistema
Internacional pelo fato de ser uma organização internacional que procura
unir-se a outros grupos para sensibilizar e, às vezes, pressionar os atores
envolvidos – órgãos e instituições internacionais e indústrias – para que as
populações que mais precisam tenham acesso a medicamentos e à assistência
médica de qualidade, influenciando diretamente nas Relações Internacionais.
Por isso, expresso os parabéns a todos os médicos
que exercem essa tão importante profissão com tanta dedicação e sentimento de
amor ao próximo e, especialmente, aos “médicos internacionais” do Médicos Sem
Fronteiras que saem de seu país para ajudar aqueles que necessitam de apoio.
Parabéns pelo seu dia!
Lembre-se que você pode conhecer melhor a
atuação da MSF e também fazer doações pelo site da organização: http://www.msf.org.br/
Conselho Federal de
medicina: http://portal.cfm.org.br/
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