O
Brasil foi eleito para o Programa Hidrológico Internacional da Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco. O Conselho trabalha no
planejamento, na definição das prioridades e na supervisão da execução dos
projetos do Programa Hidrológico em todo o mundo. Entre esses projetos estão
pesquisas para avaliar a importância da água nas atividades humanas e nos ecossistemas
e como ela responde às complexas pressões não só das atividades humanas, mas
também da mudança climática.
sábado, 30 de novembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Dia da solidariedade com o povo palestino
Ana Beatriz Turiel
Acadêmica do 6o Semestre de Relações Internacionais
da UNAMA.
A Autoridade Nacional
Palestiniana, ou simplesmente, Palestina é um dos mais novos territórios
independentes do mundo, formada oficialmente em 1993 pelo Conselho Nacional da
Palestina e reconhecido pelo Brasil em 2010. Com nosso país possui relações
amigáveis, baseadas em ajuda em saúde, desenvolvimento do turismo e tecnologia,
além de se beneficiar da posição brasileira de mediador nas relações com
Israel.
Desde então, o papel
palestino nas relações internacionais tem se intensificado, principalmente com as
discussões posteriores sobre o fracasso do acordo de Oslo, e os novos planos
das Nações Unidas para integrar este país.
O dia da solidariedade com povo
palestino surgiu em 29 de novembro de 1977, instituído pelas Nações Unidas com
o intuito de lembrar a memória e a luta do povo palestino por seu território e
cultura. Os direitos inalienáveis deste povo, apoiados pela ONU e diversos
países para que tenham reconhecimento mundial de seu Estado, segurança
internacional e participação nas assembléias de decisão internacional. No
Brasil, a data é comemorada por parlamentares, grupos de apoio á Palestina e
pelo Comitê Brasileiro de Interesse Nacional
Palestino, que tem como principal missão cooperar com a legislação e tratados
que fortalecem as relações entre Brasil e Palestina. Eventos sobre a cultura,
política e economia palestina acontecerão no dia 30 em São Paulo e Brasília.
Segundo a ONU, O Dia da Solidariedade gera uma
oportunidade para a comunidade internacional focar sua atenção sobre o fato de
que a questão da Palestina ainda não está resolvida e que o povo palestino
ainda está lutando para alcançar seus direitos, ou seja, o direito à
autodeterminação sem interferência externa, o direito à independência e
soberania nacional, e o direito de regressar às suas casas e propriedades de
onde tinham sido deslocadas.
Em resposta ao apelo das Nações Unidas, várias
atividades são realizadas anualmente por governos e sociedade civil na
observância do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Essas
atividades incluem, entre outras coisas, a emissão de mensagens especiais de
solidariedade com o povo palestino, a organização de reuniões, divulgação de
publicações e outro material de informação, bem como a exibição de filmes.
Com base nos dados do Portal Vermelho (http://www.vermelho.org.br/), nesta semana a Assembléia Geral da ONU votou
cinco novas resoluções relativas à Palestina, sobre soluções pacíficas para o
conflito com Israel, disputa sobre a cidade de Jerusalém, exercício dos direitos
inalienáveis do povo palestino, entre outros.
Com as manifestações civis e governamentais
internacionais, espera-se que o povo palestino obtenha mais respeito e atenção
à suas causas, e não mais sejam tratados como cidadão de segunda classe na
região de Israel. E o mais importante, que o conflito Israel-Palestina cesse e
não mais vitimize inocentes.
Referências:
CRIVELENTE.
Moara. Comitês e Parlamentares marcarão
dia da solidariedade à palestina. Disponível em <http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9HYPERLINK
"http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=230359"&HYPERLINK
"http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=9&id_noticia=230359"id_noticia=230359> Acessado em 28/11/2013
United Nations Organization. International Day of Solidarity with the
Palestinian People. Disponível
em <http://unispal.un.org/unispal.nsf/solidarity.htm> Acessado em 28/11/2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Globalizando: Ban Ki-moon afirma que mudança climática ameaça gerações.
O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas Ban Ki-moon alertou que a
mudança climática ameaça a geração atual e futura. A declaração foi feita em
pronunciamento na Conferência sobre o tema, COP 19, realizada em Varsóvia, na
Polônia. Ele afirmou que a ciência é clara ao afirmar que as atividades humanas
são a causa principal da mudança climática e não se pode culpar a natureza. Os
governos e companhias privadas compreenderam que podem ter ganhos econômicos
combatendo a mudança climática e a demanda global por energia renovável está
aumentando rapidamente.
Pensamentos Internacionalistas: Foucault, o Inspirador do Pós-Modernismo em Relações Internacionais
Michael Foucault (1926 – 1984) francês, filósofo, considerado autor pós-moderno, é relembrado principalmente por suas críticas às instituições sociais. Além disso, discutiu as formas discursivas e considerou o poder não só repressor, mas também criador de verdades. Não criou uma “teoria” do poder e sim uma “analítica” do poder. Autor de inúmeras obras sobre os mais variados assuntos criou e/ou analisou conceitos como: “governamentalidade” (Microfísica do Poder); “Biopolítica”; “Normalização”; “A multiplicidade das práticas de governo”; “O triângulo Governo – População – Economia política”; entre outros. Em seu livro “Segurança, Território, População” ele define “governamentalidade” como:
“O conjunto constituído pelas instituições, os procedimentos, análises e reflexões, os cálculos e as táticas que permitem exercer uma forma bem específica, embora muito complexa, de poder que tem por alvo principal a população, por principal forma de saber a economia política e por instrumento técnico essencial os dispositivos de segurança.”
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Globalizando: Brasileira é primeira ativista do Greenpeace a ser libertada na Rússia.
A
brasileira ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel foi a primeira das 30
pessoas presas pela guarda costeira da Rússia durante um protesto a ser
libertada sob fiança. Em um sinal de um abrandamento, tribunais russos
concederam a oito ativistas a possibilidade de fiança, incluindo o capitão do
navio do Greenpeace, que conduziu a embarcação para a plataforma petrolífera
Prirazlomnaya, da Gazprom que vários ativistas tentaram escalar. De acordo com
o Greenpeace, o protesto tinha o objetivo de chamar a atenção para o impacto
negativo no meio ambiente da perfuração de petróleo no Ártico.
A Sorte de Sêneca.
Adriano Bastos Rosas,
Acadêmico do 5o Semestre de Relações
Internacionais da UNAMA.
Henrique Pizzolato. |
A Ação
Penal 470, mais conhecida como o “Caso do Mensalão” acabou – com o recente
capítulo da fuga de um dos condenados, o ex-diretor de marketing do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato – por mostrar que o campo das Relações Internacionais
pode reservar surpresas desagradáveis para atores que agem com descuido em suas
interações para com seus semelhantes. Mais do que discutir se há ou não
possibilidade de extradição, a qual é deveras ínfima diante da conclusão da
situação Cesare Battisti (2009), parece mais profícuo utilizarmos daqueles para
analisar as diferenças entre crime político e crime de motivação política.
A
legislação brasileira no que se refere a quais condutas são tipificadas como
crime político adota na Lei 7170, de 1983, um critério objetivo-subjetivo para
delimitar e diferenciar essa especificidade em contraste com os crimes comuns.
Quando interpretada em conjunto com o art. 14, parágrafos 1o e 2o
da Declaração Universal dos Direitos Humanos e com o art. 6o do
Tratado e Extradição entre os dois países, fica evidente que a extradição de
Pizzolato não é simplesmente difícil – é facultativa – mas também desperta
dúvidas quanto a natureza do crime para ser considerado político ou não.
Cesare Battisti |
No caso de
Battisti, condenado na Itália com sentença de prisão perpétua com trânsito em
julgado pelo homicídio de quatro pessoas, o que se percebe não é um crime
político, mas sim um crime comum com elementos de motivação política. Na lei
brasileira, a diferença se faz principalmente porque o crime político visa atingir
os direitos políticos do cidadão – como o sufrágio e representação política –
e/ou o sistema político do país. Todavia, em casos como de terrorismo, o texto
constitucional deveria prevalecer já que o art. 4, VIII afirma claramente o
“repúdio ao terrorismo e ao racismo” no país. Não é pacífico, contudo, o
raciocínio de que o homicídio praticado por Battisti possa ser considerada
atividade terrorista, e muito menos configurar crime político.
Por sua
vez, no que se refere ao caso de Pizzolato, a situação se distancia ainda mais
da hipótese de o criminoso poder ser enquadrado na situação de crime político,
já que ficou claro que sua motivação se dirigia a crime comum, buscando
adquirir vantagens para si, inexistindo também o elemento do terror se encontra
aqui presente.
Então por que seria este último mais
preocupante que o primeiro? Sobremaneira porque ele, tanto do ponto de vista
doméstico quanto internacional, é muito mais
prejudicial ao Brasil do que o caso Battisti figurou na Itália.
A
explicação para esse impacto não é outro senão uma somatória de fatores
temporais e conjunturais. O caso Battisti, além de ser uma condenação antiga –
da década de 1970 – se beneficia do imaginário internacional hodierno do
terrorismo internacional, o qual associa a “face” do terrorismo de forma quase
indizível da figura do muçulmano fundamentalista em contraste à aparência do
“comunista europeu” do réu italiano. No momento da decisão pela não extradição,
em 2009, o governo brasileiro optou pela proximidade político ideológica em
detrimento do ideal de democracia e pacificação fortemente propagado – ao menos
em discurso – no Sistema Internacional atualmente. O Estado, portanto, atraiu
tanto olhares de desconfiança no sistema como um todo quanto feriu o “orgulho”
europeu, uma atitude esdrúxula diante das pretensões do país em ingressar no
Conselho de Segurança da ONU no período.
A fuga de
Pizzolato, em contraposição, faz referência não apenas a um fato recente, mas
atual. Em primeiro lugar, a memória do caso Battisti e a inversão dos papéis –
agora o Brasil como “refém” da soberania italiana no processo de extradição –
confere a Itália uma oportunidade ímpar de resposta a atitude brasileira. Caso
aceitasse extraditar o réu, o país europeu pareceria “fraco” e “subserviente”
as vontades da nação verde-amarela. É internamente, todavia, que o governo
brasileiro enfrenta as consequências mais graves, se tornando paulatinamente
cada vez mais desacreditado diante dos clamores por maior seriedade nas
políticas públicas e na incompetência em impedir que a corrupção, um dos males
mais aparentes no país, continue impune mesmo após as manifestações populares e
atos de vandalismo que vem ocorrendo ao longo deste ano. Se o governo
brasileiro conseguirá encontrar mecanismos eficazes e eficientes para estimular
oportunidades de estabelecer uma relação de comunicação e confiança com sua
própria sociedade e com seus pares internacionais a médio e/ou a longo prazo só
há uma certeza:
“A
sorte está lançada!”.
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