Heyle Romano
Acadêmico do
5º Semestre de Relações Internacionais da UNAMA.
Um
super tufão de nome Haiyan, o mais forte deste ano, devastou o arquipélago
Visayas nas Filipinas. Em números atualizados, no total mais de 12 milhões de pessoas foram afetadas por essa catástrofe, nas 36 províncias que compõe o arquipélago. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, mais de 500.000 pessoas foram desabrigadas e mais 10.000 sucumbiram nas graves intempéries que acompanharam o tufão. De acordo com alguns sobreviventes, a região sinistrada parecia com as áreas sinistradas no tsunami de 2004.
Visayas nas Filipinas. Em números atualizados, no total mais de 12 milhões de pessoas foram afetadas por essa catástrofe, nas 36 províncias que compõe o arquipélago. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, mais de 500.000 pessoas foram desabrigadas e mais 10.000 sucumbiram nas graves intempéries que acompanharam o tufão. De acordo com alguns sobreviventes, a região sinistrada parecia com as áreas sinistradas no tsunami de 2004.
No
dia 9 de novembro de 2013, o governo da Republica das Filipinas aceitou a ajuda
da ONU e também participou das primeiras avaliações das necessidades em Tacloban,
a região mais gravemente afetada.
A
partir do trágico episódio houve um grande apelo, por parte da comunidade
internacional, no sentido de garantir donativos e recursos financeiros
necessários para a reconstrução da parte do arquipélago devastada. É preciso
canalizar e organizar essa grande rede de boa vontade, para que os atores
interessados em ajudar não gastem energia e recursos no mesmo local, esquecendo
assim necessidades específicas.
Como
exemplo de atuação de clusters nas Filipinas podemos citar as ONGs Ação
Contra
a Fome, Socorro Popular e Médicos do Mundo, todas francesas. A atuação da Ação
Contra a Fome consiste no encaminhamento, aos sinistrados, de alimentos e de
kits de cozinha, instalação de banheiros químicos e tratamento da água,
evitando assim a propagação de doenças como a cólera.
No
cluster saúde, Médicos do Mundo tem seu trabalho supervisionado pelo ministério
da saúde filipino e pela Organização Mundial da Saúde, evidenciando de forma
efetiva a atuação da ONU no terreno sinistrado. Além disso, não podemos
esquecer da grande atuação do governo e do exército filipino que desempenham um
papel bastante estratégico no transporte das equipes de ajuda internacional.
No
que diz respeito a gestão da ajuda humanitária no caso do terremoto do Haiti em
2010 e da catástrofe nas Filipinas, podemos dizer que houve um amadurecimento e
um comprometimento maior dos governos atingidos, pois no caso do Haiti, foi a
ONU que serviu de referência através do seu escritório de coordenação de ajuda
humanitária (OCHA), enquanto nas Filipinas é o governo central o interlocutor
principal.
Especialistas
defendem que a ação humanitária deve respeitar 3 princípios fundamentais:
coordenação, preparação e principalmente adaptação às particularidades vivenciadas
nas áreas sinistradas.
Outra
evidência no caso de doações de recursos aos sinistrados é que os particulares
mobilizam muito mais do que os Estados e Organismos Internacionais, que pode
ser considerada como ridícula. Essa falta de uma ação mais efetiva,
financeiramente falando, por parte dos Estados e Organismos Internacionais,
influência negativamente para a imagem dos mesmos, o que leva a comunidade
internacional a questionar a legitimidade e o poder de atuação de tais atores.
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