Camila de Souza
Acadêmica do 6º semestre de Relações
Internacionais da UNAMA.
A UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) foi
criada em 1945 para garantir a paz por meio da cooperação intelectual entre as
nações. Ela também acompanha o desenvolvimento mundial e auxilia seus Estados
membros na busca de soluções para os problemas que desafiam as sociedades em
geral. Atua nas áreas de
Educação, Ciências Naturais, Ciências Humanas e Sociais, Cultura e Comunicação
e Informação.
Um dos seus principais objetivos é
reduzir o analfabetismo mundial (além de se concentrar em particular no
desenvolvimento da África e na igualdade de gênero), busca uma educação de
qualidade e continuada para todos. Ela auxilia os seus países membros a
atingirem as metas de Educação para Todos (EPT) e os quatro pilares da educação
(aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e
aprender a ser).
O EPT foi um compromisso assumido
nos inicio dos anos 2000 por 164 membros da organização durante a Conferência
Mundial de Educação no Senegal. Este compromisso estabelece seis objetivos a
serem atingidos para melhorar a qualidade da Educação mundial até 2015 que são
eles: ampliar a educação para a primeira infância, universalizar o acesso à
educação básica, garantir o atendimento de jovens em programas de aprendizagem,
reduzir em 50% as taxas de analfabetismo, eliminar as disparidades de gênero no
acesso ao ensino e melhorar a qualidade da educação.
Entretanto, segundo a própria organização
através de seu Relatório de Monitoramento Global de 2012, as metas do EPT estão
longe de serem alcançadas, apesar do progresso em algumas áreas (o índice de
crianças fora da escola vem caindo muito lentamente). Ainda segundo este
relatório, em 2011 haviam 57 milhões de crianças fora da escola em 2012. Ou
seja, o progresso em direção à universalização da escolarização está a cada vez
mais lento.
Segundo o índice EFA (Education For
All Development Index), que mede o desempenho dos países em relação ao
cumprimento das metas dos 127 países avaliados, o Brasil está no grupo com resultado mediano variando sua
posição entre 80° e 88° durante 2008 e 2011.
A taxa de analfabetismo brasileira é
de 8,6% entre pessoas de 15 a 24 anos, dados altos se comparados com seus
vizinhos sul-americanos Argentina (3,2%) e Chile (2,4%), os quais, aliás, são
os países sul-americanos que fazem parte da lista com alto índice. Mesmo com a
ajuda da UNESCO o país está se distanciando da meta firmada com a mesma já que
a taxa de analfabetismo cresceu nos últimos dois anos principalmente na região
amazônica e no nordeste brasileiro com a falta ou quase nenhum projeto para
conter a evasão escolar e o analfabetismo.
Portanto, faltam dois anos para
alfabetizar cerca de três milhões de pessoas e o que se tem visto é pouco
esforço do governo para atingir essa meta. Em proporções mundiais a taxa de
crianças fora da escola diminuiu, porém os benefícios deste desenvolvimento
educacional não podem ser notados em países afetados por conflitos pois,
segundo a organização, cerca de 50% das crianças dessa região são privadas de
educação por conta dos conflitos. Tal situação pode ser notada na Síria, onde
essas crianças enfrentam uma interrupção no seu processo de aprendizagem por
estarem em risco constante.
A, praticamente, dois anos para o
cumprimento das metas estabelecidas pelo programa Escola para Todos, notamos
que os objetivos estão longe de serem alcançados, mas não são impossíveis. Os
governos têm que trabalhar junto com a UNESCO para melhor desenvolver suas políticas
educacionais a fim de promover o maior desenvolvimento de sua população e do país.
Referências:
http://www.mh.etc.br/blog/desenvolvimento-organizacional/os-quatro-pilares-da-educacao-segundo-a-unesco
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