terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pensamentos Internacionalistas: Habermas e a ação dialógica

Jürgen Habermas (1929), filósofo alemão, foi assistente de Adorno no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt de 1956 a 1959. Um dos últimos representantes da Escola de Frankfurt, procurou alcançar uma dimensão normativa para teoria crítica orientada pela ação comunicativa. Marcado pelo terror da segunda guerra mundial, suas obras são influenciadas por esse acontecimento. Habermas buscou integrar a crítica da racionalização à reconstrução do projeto da modernidade.
Foi na “Virada linguística” que elaborou a teoria da ação dialógica, momento em que se distancia de alguns dos preceitos da Escola de Frankfurt. Para Habermas a “fala” faz parte da categoria de ação e não só de descrição de realidade. O agir comunicativo é voltado para o estabelecimento de um acordo que gere reciprocidade. Este teórico também discute os cenários novos que são resultados da globalização como: os processos supranacionais, o cosmopolitismo e o terrorismo.


 “A razão centrada no sujeito encontra os seus (critérios em) padrões de verdade e sucesso que regulam as relações do sujeito que conhece e age com o mundo dos objetos possíveis ou do estado das coisas. Quando, pelo contrário, entendemos o saber como transmitido de forma comunicacional, a racionalidade limita-se à capacidade de participantes responsáveis em interações de se orientarem em relação a exigências de validade que assentam sobre o reconhecimento intersubjetivo. A razão comunicacional encontra os seus critérios no procedimento argumentativo da liquidação direta ou indireta de exigências de verdade proposicional, justeza normativa, veracidade subjetiva e coerência estética.”

HABERMAS, Jurgen. Between facts and norms: Contribuitions to a Discourse Theory of Law and Democracy. Cambridge: MIT Press, 1998.

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