Joscilene
Siqueira
Acadêmica
do 5º semestre de Relações Internacionais da UNAMA
O
Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum) é uma organização sem fins
lucrativos. Nela ocorre uma reunião todo final de Janeiro em Davos, na Suíça,
desde sua primeira secção em 1971 quando foi fundado por Klaus Schwab (professor
de administração na Suíça que lidera até hoje a organização). Até 1987, a
organização foi chamada de Fórum Gestão
Europeu, pois recebia recursos de indústrias européias com a função de introduzir
as empresas da região nas práticas de gestão americanas. Atualmente é
patrocinada por empresas-membro que são destaque nos países.
Nesse sentido, o nome do Fórum foi
mudado para que este pudesse tratar de assuntos internacionais e assim buscar
soluções para problemas ambientais, de saúde e da economia mundial, os quais
continuam na pauta dos objetivos das reuniões até hoje. No ano de 2014 tivemos
a participação da presidente Dilma Rousseff que junto a mídia, ONGs, políticos,
empresários, líderes religiosos e também a própria população internacional –
que pode participar através de meios de comunicação estabelecidos pelo Fórum –,
ajudou a traçar soluções no âmbito da economia mundial.
De 22 a 25 de Janeiro ocorreu o
Fórum Econômico Mundial de 2014, com a presença de 40 chefes de Estados, onde
eles puderam propor debates sobre variados assuntos. Em virtude desses debates
foram colocados vários pontos importantes no âmbito internacional, tendo
destaque a desigualdade social, tanto entre ricos e pobres, como também ente
homens em mulheres as quais ainda possuem dificuldades para conseguir lugares
de gestão.
A
participação da presidenta Dilma Rousseff foi moldada em defender que as
economias emergentes irão continuar crescendo, com promessas de combater a
inflação no país, de abertura a investimentos privados, entre outros. Apesar de
a presidenta ter feito um bom discurso, a grande maioria da platéia espera
muito mais do que apenas um discurso e sim ações e atitudes que comprovem o que
ela disse.
Sobre as perspectivas para economia
mundial, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine
Lagarde afirma que, apesar do Euro estar com a inflação de 0,8% a baixo da meta
que é de 2%, isso pode ser prejudicial ao bloco econômico da União Europeia. O
presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi já diz estar tudo sobre
controle, pois o país está vindo de uma crise e isso já era previsto em sua
inflação, além disso prevê um crescimento mundial de 3,7% para o ano de 2014, diferenciando
só 0,1% do valor previsto no fórum do ano passado.
Por isso, os ares que estão rodando
a economia mundial são positivos em geral para todos os países. Os Estados
Unidos da América poderá ser o principal país a crescer esse ano e a Europa
após 5 anos de crise, possivelmente agora voltará a crescer economicamente. Em
relação à Economia mundial, atrelada às praticas de crescimento sustentável,
estarão cada vez mais fortes, pois o mundo já se conscientizou que investir em
praticas sustentáveis é um bom negocio, por os desastres naturais também
provocarem impactos econômicos e na buscar por resolver esses impactos
encontramos oportunidades e soluções para superar a mudança climática.
Entretanto,
no fórum foi relatado que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) não estariam cumprindo com grande eficácia esse molde de economia e meio
ambiente, mostrando assim modestos avanços. Porém no fórum, onde o foco de
discussão eram os BRICS, eles afirmaram que estariam sim fazendo esforços em
prol desse objetivo e a China relatou que o país está caminhando para o
crescimento sustentável reduzindo a taxa do crescimento de exportações em
ativos fixos, além de estimular o consumo interno através do aumento da
produtividade. Já a Índia espera crescer nesses próximos três anos com a
alavancada que todos estão esperando da economia mundial. E a Rússia está
investindo 40 bilhões em infraestrutura, incluindo os cuidados com o meio
ambiente. Por fim, o Brasil está focando em investimento interno da
infraestrutura do país também não deixando de associar economia e meio
ambiente.
O
Fórum Econômico Mundial tem como diferencial não ser apenas uma organização que
atrai políticos e OIGs, mas também variados tipos de representantes, por
exemplo, os religiosos, que são importantes para expressar os variados tipos de
opiniões sobre assuntos que afetam todo o cenário internacional. Portanto, o
Fórum vai continuar abordando assuntos triviais para as Relações Internacionais
como o meio ambiente, atrelado à economia mundial, para assim os países
crescerem sem destruir o meio ambiente, pois é a isso que está ligado a sobrevivência
mundial.
Referências
SCHWAB,
Klaus. The World Economic Forum: A
Partner in Shaping History the First 40 Years. Davos: World Economic Forum, 2009
WASSERMAN, Rogerio. Em Davos, Dilma faz discurso sob medida,
mas plateia espera ações concretas. Acessado em: 02/02/2014. Disponível em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140124_dilma_discurso_davos_rw.shtml
G1.Painel debate o futuro dos Brics no Fórum Econômico Mundial, em Davos.Acessado
em: 02/02/2014. Disponível em:
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2014/01/painel-debate-o-futuro-dos-brics-no-forum-economico-mundial-em-davos.html
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