Danilo Ebúrneo
Acadêmico do 6º Semestre de Relações
Internacionais da UNAMA
Após um tempo sem postar nenhuma resenha, finalmente volto
com mais um filme. Mas antes de tudo, gostaria de pedir desculpas aos leitores
que acompanhavam as resenhas, já que não pude faze-las por diversos motivos (um
deles a falta de um computador). Para que nenhuma falha na programação aconteça
novamente, os posts serão feitos quinzenalmente, sempre mantendo (ou até
melhorando) a qualidade das postagens previamente feitas. Agradeço a
compreensão de todos e vamos a mais um filme...
Nome original: Captain Phillips
Lançamento: 2013 (125min)
Dirigido por: Paul Greengrass
Com: Tom Hanks, Barkhad Abdi, Barkhad Abdirahman, Faysal Ahmed
Gênero: Drama/Ação
Nacionalidade: EUA
Adaptado do
livro A Captain´s Duty lançado em
2009 pelo Capitão Richard Phillips,
o filme Capitão Phillips narra a história de um cargueiro que foi sequestrado
por piratas vindos da Somália em busca de todas as riquezas e produtos que ele
trazia. Desta forma, os lideres piratas Muse (Barkhad
Abdi) Bilal (Barkhad
Abdirahman) e Najee (Faysal Ahmed) tomam conta do navio
para começar ai um jogo de poder e interesses junto com a tripulação do barco
de Phillips.
O
roteiro de Billy Ray (que adaptou o primeiro filme da franquia Jogos
Vorazes) procura equilibrar a tensão de um filme de suspense/ação com algumas
críticas sociais. Mas devo dizer que é um mérito tremendo que o roteirista não tenha
se agarrado a convenções para transformar o longa em mais um “cartão de visitas”
e oferecendo mais um filme dramalhão com peso na consciência. Muito pelo
contrário: Aqui há apenas ações e suas consequências, priorizando o
desenvolvimento da trama e dos seus personagens.
Personagens
que, na verdade, são muito bem construídos: Enquanto o filme mostra desde o início
o Capitão como um homem tranquilo e que mantêm a calma nas mais diversas
situações (sejam elas extremas ou não) do outro lado podemos ver que os piratas
Somalis estão focados em seu objetivo, mas ao mesmo tempo desesperados para
fazer com que aquele roubo realmente fosse bem sucedido. Inclusive gostaria de
elogiar a incrível atuação dos atores Barkhad Abdi, Barkhad Abdirahman e
Faysal Ahmed que apesar de serem relativamente desconhecidos, fazem um
trabalho mais competente que muitos atores ditos “grandes” em Hollywood. O que
felizmente não é o caso de Tom Hanks, que se entrega no papel de um homem
controlado diante do perigo, mas que desaba ao ver a sua verdadeira realidade.
O que me faz pensar qual a razão da ausência de uma indicação ao Oscar de 2014
para o ator…
Mas
claro, o filme não funcionaria de nenhuma maneira se a direção não fosse tão
competente quanto o roteiro, e nada melhor do que Paul Greegrass para
quebrar convenções e clichés de direção. Sempre com closes e ângulos sóbrios e
firmes, o diretor não apenas faz um trabalho admirável nas cenas de ação (algo
que fez MUITO BEM nos filmes da série Bourne) como também faz sua crítica
social apenas mostrando a imagem. Isso mesmo! Um close na face dos piratas e do
capitão é suficiente para passar a mensagem de que não havia culpados naquele
lugar, e sim apenas vítimas. Vítimas essas que Greengrass usa para abordar o
assunto principal do filme: “Uma reflexão sobre as consequências da
globalização”.
Se
eu abordar mais assuntos sobre o longa, talvez eu cometa um deslize e revele
alguma coisa do roteiro, o que poderia estragar parte da experiência. Dessa
maneira, deixo a dica do filme aqui, pois enquanto Tom Hanks não concorre a
melhor ator, Greengrass está concorrendo a melhor direção no Oscar desse ano.
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