Thiago Correa
Acadêmico do 6º semestre de Relações
Internacionais da Unama

A sedução parte da chamada subcultura – novo termo
utilizado para as diferentes tribos formadas por jovens – jihadista, espécie de
ideologia muçulmana radical e violenta, a qual tem se expandido pelos guetos
europeus como “descolada” e “cool”. Combater essa expansão é o principal
desafio desses governos locais.
Na Europa, discute-se a possibilidade de que os
jovens estejam desalentados quanto às oportunidades a eles oferecidas, buscando
assim, nos grupos extremistas, novas oportunidades e um modelo diferente de
vida em sociedade. O especialista em Ciência da Religião Paulo Mendes Pinto, em
entrevista concedida ao site Renascença, explica que por mais que os jovens
europeus possuam um bom sistema de educação intelectual, os modelos utilizados
por este sistema carecem de uma formação de caráter. Segundo ele, a família e
as escolas têm sido falhas em transmitir os bons valores aos seus filhos e
alunos.
Assim, esses grupos terroristas “atacam” a Europa de
maneira sagaz, ao alistar para sua guerrilha filhos de uma sociedade
desenvolvida, que alega se basear nos direitos humanos e na paz, mas que falha
ao deixar de lado a inclusão racial e religiosa. Eles, então vingam-se do apoio europeu às
ditaduras do Oriente Médio, as quais deixam a região num completo caos.

De fato, o combate à aproximação dos jovens com o
terrorismo parece precisar da ajuda de muitos: o Estado Islâmico é muito mais
conectado que os outros grupos terroristas. Possuem um grupo de comunicação
pela internet, um site na web, uma revista em inglês, e vários de seus membros
possuem perfis em redes sociais. O aspecto jovial e moderno dos integrantes do
ISIS contribui para criar a imagem de que participar do grupo é algo jovem e
descolado. Um dos jovens líderes do ISIS, chamado Islam
Yaken, foi apelidado na internet de “Jihadista Hipster”, por causa do cabelo
grande e dos óculos grandes.
A Europa já teme o retorno de tais jovens treinados
e doutrinados pelos terroristas ao velho continente. E se estes jovens se
espalharem pelo mundo? Aí a preocupação adquire dimensões globais. Os Estados
Unidos decidiram voltar a combater no Iraque e na Síria após a confirmação de
que os recentes êxitos do ISIS atraem um número cada vez maior de
norte-americanos à Síria, entre eles mulheres, além de profissionais como
médicos, engenheiros, etc.

REFERÊNCIAS
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