sexta-feira, 4 de abril de 2014

Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e Paz



Lucas Paz
Acadêmico do 7º semestre de Relações Internacionais da UNAMA

A partir do estudo dos hábitos de lazer, das preferências esportivas, dos fatores socioeconômico e psicológicos que influenciam nas decisões dos consumidores, o esporte se torna um  tema de alta dimensão em torno dos Estados para o desenvolvimento e a paz.
Utilizando a prática esportiva como instrumento pedagógico, evidencia-se uma importante e poderosa arma na área da proteção e resgate de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. É necessário se integrar às finalidades de desenvolvimento, de formação para a cidadania e de orientação para a prática educativa e de inclusão social. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o esporte, mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e a saúde, pode ser visto como forma de aquisição de valores necessários para coesão social e mundial.
             No âmbito nacional, a Constituição Federal através de seus normativos estabelece que é tarefa do Estado brasileiro regulamentar e fiscalizar a oferta de atividades esportivas e propiciar ao cidadão o acesso ao lazer e a práticas esportivas saudáveis. Dentre estas responsabilidades atribuídas ao poder público, é necessária a articulação de programas e ações nas esferas federal, estadual e municipal, afim de  manter uma política pública esportiva conjunta, capaz de promover políticas de difusão da prática esportiva e estimular o desenvolvimento do esporte nacional em todos os seus níveis.
As atividades físicas e esportivas no mundo globalizado têm levado os Estados a uma competição cada vez mais acirrada, e em alguns casos, algumas se tornaram tão ensandecedores para as nações, que gastam quantias enormes de dinheiro em mega-eventos esportivos e em atletas com potencial atlético de elite. Em contrapartida, também gerou sentimentos de ansiedade e angústia em outros cidadãos, pois valores socioculturais e filosóficos não se fazem mais presente assiduamente no universo de aprendizagem do mundo contemporâneo, assim como outras prioridades internas, pois qualquer país tem necessidades mais importantes do que medalhas de ouro para um atleta.
Ao identificar o Esporte como ator de relevância que pode contribuir empiricamente para disseminação e desenvolvimento das nações no Sistema Internacional, verifica-se um setor ousado, inovador e aquecido mesmo nos tempos de crise financeira. Sua análise é feita das mais diversas maneiras, seja na especificidade dos mercados esportivos até os tipos de impacto macroeconômico da atividade esportiva. Atualmente o Esporte é rotulado como fenômeno econômico na pauta da agenda governamental do Sistema Internacional.
Em tempos de grandes eventos, no qual o Brasil protagoniza quase todos eles, cria-se um debate sobre as peculiaridades existentes no processo de adaptação Estatal para receber tais eventos. Acompanhado de recordes, recordes também nas estatísticas financeiras, os Jogos Olímpicos (apoteose do esporte internacional) protagonizam um mercado intenso com grandes desafios para a sua realização. Fatores fundamentais para a realização de mega-eventos como logística, transporte, segurança, infraestrutura e investimentos sociais se tornam oportunos para herdarem como legado ao país-sede. Segundo estudo elaborado pela consultoria Ernst & Young, somente a Copa 2014, poderá injetar R$ 112 bilhões na economia brasileira.
Eventos como este são capazes de proporcionar notório desenvolvimento social e econômico, mas também, fundamentalmente, momentos de autêntica e ampla harmonia entre os povos. A cada grande evento internacional, divergências raciais, políticas e ideológicas apequenam-se perante a ideologia superior do Esporte, onde nações dos mais distintos lugares, hábitos e culturas são convocadas a guerrear, mas não com armas, e sim para disputar, competir e celebrar a esperança em alcançar a paz mundial.

O Esporte transforma vidas, constrói o futuro e promove a paz.”

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