Larissa
Amaral
Acadêmica
do 3º semestre de Relações Internacionais da Unama
A
ideia de construção de uma nova capital brasileira, ao contrário do que se é
divulgado, é datada muito antes do governo de Juscelino Kubitschek. Imaginado
desde 1823, o projeto do Distrito Federal ainda não possuía um local exato para
ser construído.
Foi em 1893, com o novo mapa
brasileiro já desenvolvido, que a escolha do Planalto Central foi tomada, após
o lançamento da campanha governamental chamada Marcha para o Oeste, que tinha
como objetivo povoar essa região do Brasil. Contudo, o ambicioso projeto foi
arquivado por falta de interesse do Governo Federal em substituir o Rio de
Janeiro como capital.
Com
o fim da Era Vargas, voltaram as discussões sobre a nova capital do Brasil, já
nomeada Brasília, e o então presidente Dutra sanciona uma lei para definir o
local da construção. Com a gestão de JK, o projeto se torna realidade e recebe
prioridade no plano de governo. Com o lema “50 anos em 5”, Brasília é
construída em tempo recorde, no período de 1956 a 1960, à frente de capitais
federais como Washington D.C e Nova Délhi.
Logo
nasce o tão idealizado centro de poder administrativo brasileiro, localizado no
interior do país, com a finalidade de consolidar, seja para o exterior como
para seus próprios cidadãos, a imagem de um Brasil moderno, através de uma
capital federal altamente planejada e construída com maestria, por nomes
conceituados como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, responsáveis pela arquitetura
dos prédios públicos e do Plano Piloto, respectivamente.
A construção de Brasília exprimiu, na época,
anseios de uma população interiorana pelo desenvolvimento de sua região pouco
explorada e chamou a atenção de trabalhadores do país inteiro, que em busca por
melhores condições e possibilidades de trabalho emigraram para o local,
alterando o calmo ritmo do sertanejo goiano no Planalto Central.
A
nova capital brasileira personificou o Plano do Nacional Desenvolvimentismo do
governo de Juscelino Kubistchek e acabou sendo a grande estrela da gestão de
JK. Porém, Brasília não significou apenas desenvolvimento, mas também um
elemento determinante para uma estabilidade política, que há muito tempo não se
via no cenário brasileiro.
Hoje,
assim como no passado foi símbolo de oportunidades, Brasília é o destino de
muitas pessoas que buscam por cargos públicos, pois, como centro político e de
poder, a capital oferta diversos concursos públicos, além da presença de
variados órgãos, inclusive algumas sedes de organizações internacionais.
Assim,
tanto no passado como no presente, Brasília significa a possibilidade de
desenvolvimento do país. No contexto de sua construção, a criação de um centro
urbano no meio do nada levou a aspiração do progresso. E, nos dias de hoje,
continua representando a busca pelo desenvolvimento brasileiro por ser o centro
da tomada de decisões de nosso país.
REFERÊNCIAS
BRUNET,
Orlando. “O nacional-desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek”. Disponível
em: http://faceaovento.com/2010/11/08/o-nacional-desenvolvimentismo-de-juscelino-kubitschek/ Acesso em 17 abril 2014.
NETO, Júlio Alves de Oliveira. “Construção de Brasília: expectativa e
frustração para o povo goiano (1957 – 1962)”.
P. 1-10. Disponível em: http://www.unifaj.edu.br/NetManager/documentos/Constru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Bras%C3%ADlia%20Expectativa%20e%20Frustra%C3%A7%C3%A3o%20para%20o%20Povo%20Goiano.pdf
Acesso em 16 abril 2014.
NAVARRO, Roberto. “Como foi a construção de Brasília?” Ed. 16. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-a-construcao-de-brasilia
Acesso em 17 abril 2014.
PANTOJA, João Leonel da Rosa. “A batalha por Brasília: Tribuna da
Imprensa x Diário Carioca (1956-1960)”. Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em História (PPGHIS) da Universidade de Brasília (UnB).
Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12353/1/2012_JoaoLeoneldaRosaPantoja.pdf
Acesso em 16 abril 2014.
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