Bianka
Rabelo
Acadêmica
do 3° semestre de Relações Internacionais da UNAMA
A Organização Mundial de
Saúde (OMS), que atua conjuntamente nas Américas com a Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS), é um organismo internacional de saúde pública
com um século de experiência, voltado para a melhoria das condições de saúde
dos países das Américas. A integração às Nações Unidas se dá através da
transformação da OPAS em Escritório Regional
para as Américas da OMS, fazendo parte também dos sistemas da Organização dos
Estados Americanos (OEA).
A Organização é um ator crucial na melhoria de políticas
e serviços públicos de saúde. Através da transferência de tecnologia e da
difusão de conhecimento acumulado por meio de experiências produzidas nos
Países-Membros, um trabalho de cooperação internacional, aplicado através da
governança global - a via por onde os diversos atores internacionais unem-se
para administrar os interesses em comum, promovido por técnicos e cientistas
vinculados à OPAS/OMS.
Um de seus muitos focos de estudo é o câncer de mama. Na
última análise, feita em 2012, pela Agência Internacional para Pesquisa sobre
Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS), detectou-se 14,1 milhões
novos casos e 8,2 milhões de mortes por câncer em todo o planeta.
O
novo estudo destacou a prioridade que os governos devem dar a prevenção e
controle do câncer de mama, principalmente por ainda ser, a principal causa de
morte de mulheres em países menos desenvolvidos. “Isto é em parte porque uma
mudança no estilo de vida está causando um aumento na incidência, e em parte
porque os avanços clínicos para o enfrentamento da doença não está atingindo as
mulheres que vivem nessas regiões", explica Dr. David Forman, Chefe da
Seção de Informações sobre o Câncer IARC/OMS, grupo que compila os dados
globais de câncer.
Embora também afete os países
desenvolvidos no planeta, o que preocupa a Organização é a conscientização da
população feminina em todos os países, quanto à detecção
do câncer ainda em seu estágio inicial, onde as chances de cura são muito
maiores. E em cima disso, a OMS promove o controle do câncer de mama, através
de programas nacionais de luta contra o câncer.
No
Brasil, desde os anos 80, programas como o “Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher”, ainda que não específico, já tratava da enfermidade. Nos anos
90, o governo implantou o “Programa Viva Mulher”, totalmente voltado para
detecção precoce do câncer de mama. E atualmente, foi implantado o “SISMAMA -
Sistema de Informação do Câncer de Mama”, que aumentou a oferta de mamografias
pelo Ministério da Saúde, além de publicações de documentos nacionais quanto ao
câncer.
Através dos incentivos e da parceria com a OMS/OPAS, o
governo brasileiro consegue estabilizar as incidências de câncer, além de
combatê-lo em seu território, embora ainda haja uma brecha nos âmbitos
regionais especificamente, da promoção do combate em atuação regional, como
feito na escala nacional. O que talvez volte a ser pauta para os próximos
candidatos das eleições de 2014.
Como se vê, no dia mundial da saúde, é importante
reconhecer que muito há que se fazer em termos de prevenção, em especial para
as mulheres em países mais necessitados, e colaborar para que a qualidade de
vida seja uma realidade para todos.
Referências Bibliográficas:
ABREU, Ronize Aline Matos
de. Conceito de Governança Global: O
problema da Reforma das Nações Unidas. Disponível em: http://www.ronizealine.eti.br/download/conceitodegovernancaglobal.pdf
BRASIL, Nações Unidas no. OPAS/OMS. Disponível em: http://www.onu.org.br/onu-no-brasil/opas-oms/
SILVA, Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da.Controle do
Câncer de Mama: Histórico das ações. Disponível em: http://www.onu.org.br/onu-no-brasil/opas-oms/
VERONI, Wander. OMS divulga pesquisa sobre a incidência de
câncer no mundo e faz alerta sobre o câncer de mama. Canal Minas Saúde.
Disponível em: http://www.canalminassaude.com.br/noticia/oms-divulga-pesquisa-sobre-a-incidencia-de-cancer-no-mundo-e-faz-alerta-sobre-o-cancer-de-mama/
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