sexta-feira, 30 de maio de 2014

Globalizando: MINUSTAH

A MINUSTAH é uma missão de paz da Organização das Nações Unidas para a estabilização no Haiti, criada pelo Conselho de Segurança das ONU em 30 de abril de 2004, por meio de resolução 1542 para restaurar a ordem no Haiti, após um período de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. Quer saber mais sobre o assunto? Sintonize amanhã, às 11h, na Rádio UNAMA FM 105.5 e ouça o Programa Globalizando, produzido pelo curso de Relações Internacionais. 


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Globalizando: UNODC adota Programa Global de Combate ao Crime Florestal

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, UNODC, adotou o Programa Global de Combate aos Crimes Florestais e Vida Selvagem. A medida é uma resposta aos altos índices de tráfico de produtos da fauna e da flora. O objetivo é implementar o plano pelos próximos quatro anos. O UNODC vai ajudar os governos na prevenção e no combate a esses tipos de crime em níveis regionais e nacionais. O plano é um reconhecimento de que responder a essas ameaças deixou de ser apenas uma questão simplesmente de conservação.  


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Globalizando: Ban Ki-moon diz que confiança mútua é um dos pilares da paz e da segurança

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou que a confiança mútua representa um dos pilares da paz e da segurança mundiais. Ele fez a declaração na abertura da Conferência sobre Interação e Confiança na Ásia, que foi realizada em Xangai, na China. Declarou, também, que as transformações do século 21 vem acompanhadas de desafios que colocam em risco os objetivos de prosperidade, estabilidade e dignidade para todos, dando como exemplos o aumento da desigualdade, proliferação de armas de destruição em massa, terrorismo, tráfico humano e de drogas.


MINUSTAH: 10 anos de (des) Estabilização

Jeisy Rocha, Internacionalista formada pela UNAMA



Foi no início dos anos 90 que a ONU (Organização das Nações Unidas) começou suas atividades no Haiti, após uma petição do Governo Haitiano solicitando auxílio para o período de eleições. Assim, enviou-se primeiro o grupo de observadores chamado ONUVEH. Anos mais tarde, em 2004, após uma série de outras missões civis e de apoio, se estabilizaram a MINUSTAH, que tinha como objetivo principal auxiliar o governo na transição, na supervisão, reestruturação e reforma da política nacional, prestar assistência para a manutenção de um Estado de direito, promover segurança, ordem pública, a proteção dos agentes da ONU e dos civis, e apoiar o processo político (eleições municipais, parlamentares e presidenciais) e constitucional, bem como os direitos humanos e informando sobre a situação dos direitos humanos no país.
Uma série de responsabilidades que mais tarde seriam reavaliadas e adaptadas devido à instabilidade do Haiti, principalmente após o terremoto de janeiro de 2010, o qual causou 220.000 mortes e 1,5 milhões de desabrigados, além de milhões de feridos e incapacitados. Deste modo, a MINUSTAH que tinha término previsto para 2012, teve essa data prorrogada e seu caráter mudado recebendo o desafio de reconstruir o país em prol dos civis.
Porém, a jornada rumo estabilização começou a apresentar empecilhos incomuns provenientes da própria operação que recebeu acusações de quebra dos direitos humanos (agressão física e estupro) pelos peacekeepers (soldados da paz) e promoção do surto de cólera, que assola até hoje a população haitiana. Essas acusações foram rebatidas pela ONU, a qual culpou a instabilidade social e a infraestrutura frágil do país, mesmo com documentos que comprovavam, principalmente, a origem da disseminação do vírus da cólera.
Atualmente os verdadeiros objetivos da MINUSTAH têm sido questionados pelo povo haitiano, que tem invadido as ruas com cartazes “Fora MINUSTAH!”. O presidente do Haiti, Michel Martely, também tem questionado o caráter da missão e afirmou que o país agora precisa de uma missão de desenvolvimento e não uma missão de estabilização, enquanto a ONU mantêm a discussão de quais a melhores opções para a reconfiguração da MINUSTAH. Esta só pode encerrar sua intervenção quando o Haiti consolidar sua força policial e militar, que por enquanto depende da operação para manter a segurança.
Dentre os países que mais se interessam na permanência da MINUSTAH, o principal é o Brasil, que além de comandar as tropas da operação visando maior visibilidade internacional, tem planejado implantar zonas francas da indústria têxtil aproveitando-se da mão de obra barata, da localização estratégica e dos incentivos fiscais da região para exportação de produtos para os EUA. Esse posicionamento brasileiro é analisado pelo pesquisador haitiano Frank Seguy, que afirma que é do interesse do Brasil e dos demais países emergentes que configuram a operação não auxiliar o Haiti em seu desenvolvimento, para que os seus investimentos permaneçam lucrativos, e se há uma busca pela estabilização essa será feita estrategicamente.
Percebendo que não haverá um resultado justo durante ou após a saída da MINUSTAH, haitianos têm saído do país para procurar melhores condições de vida. Os que possuem graduação superior, e podem comprová-la, estão imigrando pra países mais desenvolvidos como o Canadá. Outros estão imigrando para o Brasil, tendo como porta de entrada o Acre, e em seguida se transferindo pra cidades como São Paulo, causando conflitos judiciais entre os estados.
Todos estes fatores refletem a fragilidade e a falta de autonomia presente no Haiti, o qual ainda tem seu futuro nas mãos da comunidade internacional. O caso do Haiti mostra como as decisões econômico-estratégicas nas relações internacionais dos países podem gerar consequências imprevistas, como o caso da imigração de haitianos ao Brasil.
As discussões sobre o futuro da MINUSTAH e a luta pela total independência do Haiti ainda vão perdurar por no mínimo 3 anos, segundo as previsões do Secretário Geral da ONU. Se o Haiti que passará por processos eleitorais ainda este ano de 2014, não se posicionar como líder de seu próprio futuro nos próximos anos, o título de país mais pobre e menos desenvolvido das Américas infelizmente se tornará uma realidade duradoura.


REFERÊNCIAS
ROCHA, Jeisy Adriana de Oliveira.  Operações de Paz no Haiti: a Construção da Segurança humana através da MINUSTAH. UNAMA. 2012. p. 29-33.
“Secretário-geral entrega propostas ao Conselho de Segurança sobre atuação da ONU no Haiti após 2016”. Disponível em < http://www.onu.org.br/secretario-geral-entrega-propostas-ao-conselho-de-seguranca-sobre-atuacao-da-onu-no-haiti-apos-2016/> Acesso em 23 de Maio de 2014.
“Jorge Viana diz que o Acre não está 'deportando' haitianos para São Paulo”. Disponível em < http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/04/28/jorge-viana-diz-que-o-acre-nao-esta-deportando-haitianos-para-sao-paulo> Acesso em 23 de Maio de 2014.
“ONU estuda reconfiguração de missão no Haiti”. Disponível em < http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/onu-estuda-reconfiguracao-de-missao-no-haiti> Acesso em 22 de Maio de 2014.
“Ajuda internacional ao Haiti é ‘grande mentira’, defende tese”. Disponível em < http://www.unicamp.br/unicamp/ju/594/ajuda-internacional-ao-haiti-e-grande-mentira-defende-tese> Acesso em 25 de maio de 2014.
“Dez anos da ocupação militar no Haiti: "o povoquer que as tropas saiam já". Disponível em < http://www.brasildefato.com.br/node/28632> Acesso em 24 de maio de 2014.


terça-feira, 27 de maio de 2014

Globalizando: Papa vai participar de Conferência da ONU sobre Nutrição

O Papa Francisco vai participar da segunda Conferência Internacional da ONU sobre Nutrição, ICN2, marcada para novembro. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, são responsáveis pelo evento que vai acontecer em Roma. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo observador permanente da Missão do Vaticano para as duas agências da ONU, arcebispo Luigi Travaglino. O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva saudou a participação do Papa e o compromisso dele com o futuro que todos querem. 



Papo de Qualidade: Gestão de Organizações Transnacionais

O Papo de Qualidade desta semana vem falar sobre “Gestão de Organizações Transnacionais”. E para falar sobre o assunto, o Prof. MSc. William M. Rocha, docente da Universidade da Amazônia (UNAMA), nos concedeu uma entrevista. E entre os assuntos, vem falar de como o internacionalista pode se preparar para ser um gestor de organizações transnacionais.

Confira!!!!

Programa Globalizando "O Chile no Sistema Internacional Contemporâneo"

Nesta semana o Programa Globalizando  tem como tema "O Chile no Sistema Internacional Contemporâneo". Com a presença da Profª. MSc. Mayane Bento e dos dois intercambistas chilenos Angel Manzano e Samanta Jaramillo. 
Confira!!!

Papo de Acadêmico

No "Papo de Acadêmico", o aluno se expressa sobre qualquer assunto relacionado ao curso de Relações Internacionais. A entrevistada de hoje é a acadêmica do 5º semestre, Bruna Pinheiro.
Confira o que ela tem para falar sobre R.I!




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Globalizando: UNICEF: quase 3 milhões de recém-nascidos poderiam ser salvos por ano

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, alertou que a maioria dos quase 3 milhões de recém-nascidos que morrem com menos de um mês de vida, poderia ser salva. Segundo relatório preparado pela revista especializada The Lancet, essas mortes seriam evitadas se os bebês recebessem cuidados médicos de qualidade no momento do parto. Essas fatalidades acontecem com maior frequência entre as populações mais pobres e vulneráveis. O relatório do The Lancet afirma que entre as intervenções mais eficazes para salvar os recém-nascidos estão a amamentação e o chamado "cuidado cangurú", que é o contato de pele prolongado entre mãe e filho. 


EUA e Snowden: uma visão construtivista do assunto

Breno Damasceno
Acadêmico do 3° semestre de Relações Internacionais da UNAMA


A questão da espionagem comercial e de líderes globais colocou em cheque os motes de política externa dos EUA e como o mesmo pode ou não atuar nesse sentido. Sabe-se que esse tipo de tática para coletar informações importantes de países e empresas não é nova, porém ganhou grande repercussão por envolver nomes importantes como a chanceler alemã Angela Merkel e a empresa Petrobras, aqui no Brasil. Partiremos então para o comportamento dos EUA em relação ao vazamento de informações por conta dessa estratégia diplomática e a análise dos interesses desse agente.
A análise construtivista merece algumas ressalvas. Para entender como funciona o comportamento dos agentes, merece primeiro entender os interesses dos mesmos. Um dos pressupostos do construtivismo é ressaltar que os agentes demonstram seus interesses por conta da busca de uma identidade, a qual, depois de estabelecida acaba gerando novos interesses. Sendo assim esses agentes revogam constroem uma nova estrutura, colocando nas palavras de Emmanuel Adler, nesse sentido, temos que “o construtivismo mostra que mesmo as nossas instituições mais duradouras (Estados) são baseadas em entendimentos coletivos” essas instituições irão buscar o que os construtivistas chamam de “identidade relacional”.
Tendo em vista esses preceitos, podemos relacioná-los aos acontecimentos dos Estados Unidos na questão da espionagem. Uma das atuações que mais chamou atenção nesse sentido foi a espionagem telefônica de cidadãos americanos e do mundo todo pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e até mesmo de líderes internacionais, essa coleta de dados mostrou um lado até então, visto por muitos, como negativo do governo Obama, o qual propôs o fim dessa coleta de dados telefônicos pela NSA.
A nova proposta prevê que dados sejam armazenados, mas pelas próprias companhias telefônicas e pelo período de 18 meses ¹.  A NSA poderia, então, solicitar as informações de que necessita com uma autorização judicial. Esse exemplo ressalta a questão do Realismo Construtivista, que não nega a importância do estado e suas ações, mas que para a busca de interesses ele dependerá de forças internas, nesse caso a uma instituição.
Sabe-se que depois dos atentados de 11 de setembro essas questões de se resguardar quanto aos ataques terroristas ficou mais forte. Logo um dos interesses citados por Barack Obama, no seu discurso na Assembleia Geral da ONU no ano passado, foi que “os EUA são excepcionais, em parte porque demonstramos o desejo, através do sacrifício de sangue e riqueza, de defender não apenas nosso interesse próprio, mas os interesses de todos", ou seja, o presidente tentou salientar que as estratégias feitas foram para beneficiar também aos seus aliados, e admite que erro maior seria deixar os mesmos a mercê de riscos iminentes².
Cabe colocar nessa questão também um dos principais pontos do Construtivismo, o papel do Líder, que deve tomar decisões que ora concordem com seus aliados, ora os desagradem. Tais decisões devem ser feitas com cuidado para que a imagem do mesmo não seja defasada ou até denegrida na estrutura internacional, saber moldar essas disposições é essencial para manter-se no poder.
Em linhas gerais, as premissas do construtivismo realçam os fundamentos transformadores de ideias e de mútuas relações de construção e co-construção tendo como base os meios usados para tal fim. Nesse contexto podemos dizer que o construtivismo explica o quanto as relações entre EUA e a estrutura internacional mudam diante de um caso que afeta vários agentes, segundo Wendt, “o melhor de dois mundos” acaba sendo visto como uma relação que ao mesmo tempo prejudica negociações e fortalece outras, bastando apenas caber a cada agente saber o que procura e juntamente a isso notar se tal decisão afetará a outros.

Referência 
BUENO, Adriana Mesquita Corrêa. Perspectivas contemporâneas sobre regimes internacionais: a abordagem construtivista. Rio de Janeiro Campus (PUC-Rio), Rio de Janeiro, Brasil, jul 22, 2009.
CASTRO, Thales. Do construtivismo e seus postulados – o terceiro grande debate das Relações Internacionais. In.: _____ Teoria das Relações Internacionais. Brasília, Funag. 2012. p. 385-389.

¹SCHOSSLER, Alexandre. Obama deve propor fim da coleta de dados telefônicos pela NSA. Acesso em: 6 mai 2014. Disponível em: < http://www.dw.de/obama-deve-propor-fim-da-coleta-de-dados-telef%C3%B4nicos-pela-nsa/a-17518657>.

²UCHOA, Pablo. Obama promete rever espionagem, mas diz que mundo hoje é mais estável. Acesso em: 6 mai 2014. Disponível em: < http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130924_obama_espionagem_ru.shtml>.

sábado, 24 de maio de 2014

Resenha: Johnny Vai à Guerra (1971)

Brenda de Castro
Internacionalista (UNAMA) e Mestranda em Ciência Política (PPGCP/UFPA)

            Quando pensamos em filmes sobre guerras nos vêm à mente: O Resgate do Soldado Ryan (1998), Pearl Harbor (2001), Platoon (1986), Apocalipse Now (1979), Rambo I (1982), entre outros. Com ressalva das particularidades de cada roteiro e direção, todos os filmes acabam possuindo a mesma fórmula: o ponto de vista americano das guerras, as perdas pessoais, muitas explosões e tiros. Superproduções com cenas de tirar o fôlego, a famosa guerra hollywoodiana, por assim dizer.
            Os filmes de guerra se dividem basicamente entre os prós e os antiguerra. Rambo, por exemplo, mostra um ex-soldado sofrendo traumas da guerra e a agressividade dos seus compatriotas no seu retorno aos Estados Unidos. Rambo mostra um herói americano da guerra “injustiçado” no contexto da Guerra do Vietnã que recebia muitas críticas e protestos por parte da sociedade estadunidense.
            No quesito antiguerra muitos filmes se destacam, passando uma mensagem direta ou apenas despertando a reflexão para temas menos óbvios da guerra como acontece em Guerra ao Terror (The HurtLocker, no original, 2009). Porém, uma coisa é sempre certa: todos os filmes de guerra tendem a emocionar, incomodar, chocar. Alguns chegam a apelar – para o que na verdade é apenas a realidade – de abusos sexuais, mutilações e cenas violentas que nos fazem desviar o olhar da tela. O explícito é muito utilizado como recurso nesse gênero.
            Por isso, achei interessante trazer a discussão sobre um filme clássico, porém não muito popular. Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun, no original, de1971) dirigido e escrito por Dalton Trumbo, baseado em seu livro homônimo de 1938. No quesito técnico, o filme não é uma obra-prima do cinema no tocante às atuações. Na verdade, torna-se até difícil falar sobre atuação quando o personagem principal, Joe Bonham (Timothy Bottoms), passa grande parte do filme com o rosto coberto e quase sem movimentos, enquanto acompanhamos apenas a voz da sua consciência.
            O nome do filme no original faz referência à frase “Johnny GetYourGun” (“Johnny, pegue sua arma” em tradução livre) um slogan muito utilizado para convocar os jovens para a guerra no final do século XIX e início do século XX. A frase também é o nome de um filme de 1919 dirigido por Donald Crisp. Assim, Johnny Got His Gun, seria a resposta do que acontece com Johnny após ele seguir os conselhos de alistamento para guerra. O filme inspirou até mesmo a banda Metallica na gravação da música One.
            O filme começa em preto e branco com médicos e militares descrevendo a situação de um soldado desconhecido resgatado do campo de batalha na Primeira Guerra Mundial. O recruta é considerado com morte cerebral e incapaz de sentir dores ou emoções e mantido vivo apenas para estudos.
            Em seguida, o filme passa cenas com cores mostrando Joe Bonham com sua namorada antes de ir para a guerra convencido a servir sua pátria. Essas alternâncias entre o soldado mutilado no hospital em preto e branco com lembranças e delírios dele em cores. 
            O paciente não fala, não se move, mas acompanhamos os seus pensamentos e sua angústia enquanto toma conhecimento da sua situação aos poucos. Em comparação com os filmes supracitados este é bem mais difícil de prender a atenção. Contudo, a partir do momento que se acostuma com o ritmo do filme, é angustiante todo o resto do filme. Observar o soldado sendo tratado como um corpo morto, enquanto ele tem ainda total consciência do que se passa e não consegue se comunicar.
            Em um de seus delírios e lembranças, Joe ainda criança pergunta para o pai o motivo dos jovens terem que morrer pela democracia enquanto recebe a resposta de que os jovens não têm nada a perder e que “pela democracia qualquer homem entregaria o seu único filho”.
            Uma das cenas que em mim causou maior comoção talvez tenha sido o momento em que Joe tenta mover sua boca e vai se dando conta aos poucos que não possui mais dentes, língua, mandíbula, apenas um buraco no rosto. Enquanto a enfermeira calmamente cuida de seus ferimentos, Joe grita em sua própria consciência sem que ninguém atente para seu sofrimento e consideram os movimentos de sua cabeça como espasmos involuntários.  
            O diferencial de Johnny Vai à Guerra reside no foco no personagem principal. Um nome genérico que simboliza todas as jovens vítimas da guerra do ponto de vista de um evento individual, pessoal e não nacional ou político. Pareceu-me importante trazer esse filme justamente pelo fato de não tratar das causas da guerra, dos países envolvidos, das invasões ou das estratégias. Mas, sim, do indivíduo. Aquele que é sacrificado e esquecido em nome da democracia.

            SPOILER: Joe começa a se comunicar por código morse com movimentos da cabeça e pede incessantemente que o matem. Os militares, contudo, preferem mantê-lo vivo e em segredo. No fim, perde seu tom de desespero e aceita comedido seu destino, como quem desiste em tom de lamento: “A única coisa que querem é colocar-me de volta na escuridão para que não me vejam”. Por fim, perde até mesmo sua fé em Deus.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Globalizando: Chile no Sistema Internacional

Atualmente, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos da América do Sul. Também é elevado no país o nível de liberdade de imprensa e de desenvolvimento democrático. Em 2010, o Chile se tornou o primeiro país sul-americano a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), além de ter assinado acordos de livre comércio com os Estados Unidos em 2004 e com a China em 2008.  Quer saber mais sobre o papel do Chile no sistema internacional? Sintonize amanhã, às 11h, na Rádio UNAMA FM 105.5 e ouça o Programa Globalizando. 


A Tragédia dos Comuns: A Importância do Protocolo de Kyoto para Preservação da Biodiversidade

Leon Cruz
Acadêmico do 7º semestre de Relações Internacionais da Unama


A questão ambiental tem ocupado um papel cada vez mais relevante nas relações internacionais contemporâneas, pois não há como dissociar a condição humana do contexto ambiental. O homem, como todos os demais seres vivos habitantes do planeta terra, mantém desde o início de sua existência, e manterá sempre, uma íntima relação com o meio em que vive condicionada pela necessidade de sobrevivência e permanência enquanto espécie.
Para conscientizar a população mundial para a importância da diversidade biológica, e para necessidade da proteção da biodiversidade em toda parte do planeta, foi criado pela ONU, em 1992, o Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado no dia 22 de maio.
No entanto, a preservação da biodiversidade enfrenta múltiplos desafios, um deles, é a relação população- meio ambiente, haja vista, o aumento da população da terra que atingiu mais 7 bilhões de habitantes em 2011, e contribui para o aumento vertiginoso da pressão sobre meio ambiente, em consequência, perda da biodiversidade.
            A relação do homem com a biodiversidade foi inicialmente discutida em 1968, por Garrett Hardin (1915-2003), ao publicar um artigo sob o título de “A Tragédia dos Comuns”, que envolve um conflito entre interesses individuais e o bem comum no uso de recursos finitos. O texto faz uma criteriosa análise dos problemas que surgem sempre que usamos um bem comum. Ele declara "que o livre acesso e a demanda irrestrita de um recurso finito termina por condenar estruturalmente o recurso por conta de sua superexploração".
Sendo a biodiversidade um bem comum, cujos impactos extrapolam as fronteiras dos Estados Nacionais, a inserção da sociedade civil no debate do meio ambiente é fundamental para o aprofundamento da discussão no âmbito internacional. Assim, o tema surgiu com maior destaque e influenciou a politica internacional.
Com a interdependência complexa, provocada pela globalização, teorizada por Keohane e Nye (1998) a questão ambiental ganha cada vez mais importância na agenda internacional, com a negociação e implementação de tratados, acordos, convenções e a realização de reuniões internacionais com agendas amplas e complexas – como a RIO-92 – dão contornos a um sistema internacional multilateral, que tende a cooperação, por se tratar de um tema global.
Um dos mais importantes debates internacionais sobre o tema ocorreu, em 1992, a Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas no Rio de Janeiro, a conhecida ECO 92, com o objetivo de discutir temas ambientais globais e sugerir soluções potenciais. Foi um inquestionável indutor para a abordagem ambiental no mundo. Além de tudo, a ECO 92 proporcionou um debate mais intenso sobre o Protocolo de Kyoto, que é a alternativa principal para conseguir o tão desejável equilíbrio entre os recursos naturais e a população.
O Protocolo de Kyoto é resultado de uma ampla negociação internacional, no qual os países identificados como os maiores responsáveis pelas emissões de gases poluentes deveriam reduzir suas emissões em 2000 ao nível que tinham em 1990. Contudo, para que o Protocolo efetivamente entrasse em vigor, era necessário atender a duas condições básicas. A primeira, que pelo menos 55 países o ratificassem e, a segunda, que as emissões desses países equivalessem a pelo menos 55% das emissões de gases de efeito estufa em 1990. O documento foi assinado e entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia ratificou em novembro de 2004.
É válido destacar no Protocolo de Kyoto, a importância de cada país a se comprometer e refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais, do mesmo modo que é necessário destacar a inserção da sociedade civil no debate.
Em “A Tragédia dos Comuns”, Garrett Hardin, já defendia que “os problemas ambientais não têm soluções técnicas. Eles exigem mudanças em atitudes e comportamentos humanos. Uma solução exige que as pessoas tomem uma decisão coletiva de mudar o comportamento de todas, incluindo a si mesmas”.
Há pouco tempo, pessimistas afirmavam que o Protocolo de Kyoto não entraria em vigor, que a ausência dos Estados Unidos inviabilizaria o processo. Mas o que se vê é o crescimento da consciência internacional da urgência da adoção de medidas.
Outro aspecto relevante do Protocolo de Kyoto diante dos diferentes processos e meios alternativos para a minimização da degradação ambiental e redução no uso dos recursos naturais é que ele se tornou a alternativa principal para a preservação da biodiversidade, pois diversos destes métodos estão previstos no Protocolo.
           

REFERÊNCIAS

Inter- relações entre biodiversidade e mudanças climáticas. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2007.

Greenpeace. O Protocolo de Kyoto. Disponível em: http://www.greenpeace.org.br/clima/pdf/protocolo_kyoto.pdf. Visualizado em: 14/05/2014

Hardin, Garrett. A tragédia dos comuns. Disponível em: http://www.planetseed.com/pt-br/relatedarticle/tragedia-dos-comuns. Visualizado em 15/05/2014
Karina Pasquariello. Meio Ambiente e Relações Internacionais: Teoria e História. 1993. Disponível em: http://www.cedec.org.br/files_pdf/cadcedec/CAD26.pdf Visualizado em 14/05/1992.

LAGO, André Aranha Corrêa do. Conferências de Desenvolvimento Sustentável. Funag. Brasília, 2013.

Marco Gomes, 2005. Protocolo de Kyoto: Origem. http://www.pucminas.br/imagedb/conjuntura/CNO_ARQ_NOTIC20050829120850.pdfVisualizado em 15/05/2014

WWF. A Biodiversidade. Disponível:  http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/ Visualizado em: 14/05/2014


Para entender as relações internacionais: o Construtivismo. Disponível em: http://www.cedin.com.br/pt/2013/para-entender-relacoes-internacionais-construtivismo/ Visualizado em 15/05/2014. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Globalizando: Blogueiro é condenado a levar mil chibatadas na Arábia Saudita

O blogueiro e ativista Raef Badawi, da Arábia Saudita, co-fundador do site Rede Liberal Saudita, foi preso em 2012, acusado de criar um site "liberal" e de "insultar o islamismo". Ele terá de cumprir 10 anos de prisão, irá levar mil chibatadas e deve pagar multa equivalente a quase R$ 600 mil. Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todas as pessoas têm o direito de manifestar livremente seus pontos de vista sobre religião ou crenças e de escrever e disseminar informações e ideias sobre estas áreas na mídia, sem qualquer interferência. 

Papo de Acadêmico

No "Papo de Acadêmico", o aluno se expressa sobre qualquer assunto relacionado ao curso de Relações Internacionais. A entrevistada de hoje é a acadêmica do 3º semestre, Subina Ramos.
Confira o que ela tem para falar sobre R.I!


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Globalizando: Guerras geram recorde de 33,3 milhões de deslocados no mundo

O total de deslocados internos no mundo atingiu um novo recorde: são 33 milhões de pessoas que fugiram de suas casas devido à violência e conflitos. Os dados foram divulgados pelo Centro de Monitoramento de Deslocados Internos, com o apoio do ACNUR, a agência das Nações Unidas para Refugiados. Do total de deslocados internos, 63% são de cinco países: Síria, Colômbia, Nigéria, República Democrática do Congo e Sudão. O mundo testemunha hoje uma multiplicação de conflitos e ao mesmo tempo, se tem a impressão de que os conflitos antigos nunca terminam. 


A Diversidade Cultural

 Subina Ramos
Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais da UNAMA

    
 O termo diversidade remete à variedade de ideias, e de patrimônios construídos. O mundo do qual nós, homens e mulheres fazemos parte, transborda na imensidão de percepções e analogias, onde a leitura de mundo expressa o sentido de “cosmovisão”, emanada de um padrão a seguir. A sociedade é elaborada de acordo com as escolhas e pela retirada do que se considera impróprio ou desnecessário.
Falar da diversidade cultural é mergulhar intrinsecamente na definição e na representação dos significados envolventes dos traços paradgmáticos de um grupo social, que por sua vez, fará da percepção, o pilar da conduta e da escolha. A cultura é a maior riqueza da humanidade. Nela, até os gritos são calorosos, o silêncio se torna uma virtude e o paladar ganha a forma de originalidade de difícil rompimento. Nada mais agrada do que possuir um sentimento do espírito das coisas, por pertencer “a” e ser “de”.
A separação das relações humanas no que se refere à atribuição dos valores e à formação de agregados particulares não deve ganhar postura do “individualismo constituinte”, sendo este um dos principais pontos de reflexão da cultura: “as diferentes feições de viver com características tão peculiares”. Chamo por assim, a necessidade de entender as realidades sociais como reprodução do contexto histórico-social de cada grupo populacional.
Logo o processo de simbolização na representatividade cultural se traduz no desenvolvimento dos grupos humanos e nas suas múltiplas formas de apropriação, tanto nos recursos naturais existentes, como também na conceitualização utilizada para organizar e transformar a vida em comunidade, regida por princípios étnicos e morais.
A lógica interna das culturas pressupõe uma matriz ponderável nos desígnios da indentidade como um todo. A cultura se apodera dessas marcas, e se manifesta em um conjunto de relações e pela comunhão com certas ações de muito préstimo. Nesta ótica de ideia, não se pode olhar para as diferentes culturas com intenção de hierarquizá-las.
Lembremo-nos de que o desconhecimento não é uma faculdade para inferiorização, e de que o nacionalismo tem seus limites, no que concerne a existência de fronteiras étnicas. Porém, não quero com isso instigar a transculturação ou a aceitação da totalidade das mais pluralistas categorias expressivas.  
A nossa linha imaginária nos brinda meramente com a consciência que portarmos. Digamos que essa extremidade é um estágio para o firmamento do desigual. Logo o que se faz no momento perdurante do estágio, avalia nossa capacidade de assimilar o que é “estranho”. Vivemos em um universo onde o cunho identitário caminha para “universalidade” de manifestações, mas esse juízo não advoga para romper com o tradicional.
Por isso, é fundamental garantir uma interação harmoniosa entre as pessoas e os grupos com autenticidade paralela, variadas e dinâmicas, no intuito de conciliação, na melhor das hipóteses, com a vontade de viver em conjunto.
A realidade de opressão em que algumas culturas se “sobrepõem” às outras em termos de difusão contribui somente para uma concretização de um mundo hostil e fechado à aprendizagem. Temos a internet como um fundamento inicial de realização de intercâmbios e trocas de experiências entre estruturas culturais diferentes, todavia a sua razão atual transparece uma mobilização para o além da aquisição de informações dos seus usuários.
A defesa da diversidade cultural e dos direitos reservados a ela é parte integrante dos direitos humanos, os quais são universais independentemente da suposição racial perceptiva, cabendo à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) o papel de promover a incorporação das concepções, favorecer as organizações governamentais e não-governamentais, e elaboração compartilhada da razão em prol ao respeito da diversidade cultural.
Desta forma, ter o dia 21 de maio como o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, enfatiza a importância da diversidade como alicerce do desenvolvimento sustentável e elemento estruturante de identidades coletivas abertas ao diálogo e respeito mútuos.

 Referências 
<UNESCO.Declaração Universal da diversidade cultural. disponível em :http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127160por.pdf acesso em: 17.05.2014>
MATA-MACHADO, Bernardo. Direitos Humanos e Direitos Culturais. Disponível em http://www.direitoecultura.com.br/admin/ArquivosConteudo/96.pdf.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 11ª Ed. Rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Programa Globalizando "A Semana de Enfrentamento da Exploração Sexual Infantil"

Nesta semana o Programa Globalizando  tem como tema "A Semana de Enfrentamento da Exploração Sexual Infantil" . Com a presença da Professora Leila Silva.



Globalizando: Turismo internacional gera US$ 1,4 trilhão em 2013

Os gastos dos turistas internacionais chegaram a um trilhão e meio de dólares em suas viagens em 2013, o equivalente a mais de três trilhões de reais. Isso corresponde aos gastos com hotéis, restaurantes, diversão, shoppings e outros serviços e bens adquiridos. Segundo a Organização Mundial do Turismo, OMT, o Brasil entrou agora para a lista dos países cujos cidadãos mais gastam em viagens internacionais. O relatório da OMT informou ainda que os emergentes, Brasil, China e Rússia, juntos, são responsáveis por metade do aumento dos gastos dos turistas globais feitos em 2013. 


Papo de Acadêmico

No "Papo de Acadêmico", o aluno se expressa sobre qualquer assunto relacionado ao curso de Relações Internacionais. O entrevistado de hoje é o acadêmico do 7º semestre, Yuri Durães.

Confira o que ele tem para falar sobre R.I!

A Comunidade Internacional no Caso da Nigéria

Neila Sousa
Acadêmica do 3º semestre de Relações Internacionais da Unama


14 de abril de 2014. Esse é o dia em que quase 300 estudantes foram sequestradas na cidade de Gamboru Ngala, próximo à fronteira com Camarões no Estado de Borno, onde o ataque terrorista foi registrado. As meninas foram sequestradas pela milícia radical Islâmica Boko Haram enquanto faziam exames finais da escola.
Em português, Boko Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa”. O grupo surgiu primeiramente como seita, que através de sua ideologia, acabou atraindo vários jovens do norte do país. De acordo com o Islamismo o grupo está agindo de maneira completamente diferente do que a religião realmente prega.
Para o fundador da seita Mohammed Yusuf os princípios ocidentais que foram trazidos pelos colonizadores ingleses é o que causa todo esse conflito no país. Desde então reivindicam a imposição de um Estado Islâmico. A partir do ano de 2002, o grupo começou a chamar atenção das autoridades da Nigéria. Já em julho de 2009, os ataques terroristas contra a polícia começaram a surgir como forma de por medo e pânico na cidade, só assim conseguiriam criar certa instabilidade no Estado, para então impor a lei Islâmica.
Durante uma operação, o exército nigeriano teria matado 700 pessoas e dentre elas estava o líder do Boko Haram, Mohammed Yusuf. A partir daí, o seu braço direito Abubakar Shekau teria assumido o comando do grupo, provocando uma serie de ataques a locais considerados de origem ocidental. Entre estes estão a sede da ONU, igrejas e escolas. Nestes, foram causadas milhares de mortes. 
A situação está deixando o mundo inteiro indignado com a falta de atitude do governo da Nigéria em relação ao sequestro das meninas. De acordo com os relatos da ONG Anistia Internacional, as forças militares estavam consciente do ocorrido, pois horas antes do sequestro o exercito teria recebido ligações em que denunciavam homens armados e não identificados que estavam seguindo em direção à escola em motocicletas. Tal informação também teria chegado a dois importantes políticos da região entre eles o governador e militares de alta patente, mas pelo que podemos ver eles nada fizeram.
E diante da ausência de impedimento, os terroristas levaram as estudantes. Semanas depois o grupo terrorista publicou um vídeo onde o líder aparece ameaçando vendê-las, forçado-as a casarem e a servirem como escravas para o grupo. a justificativa é de que o futuro delas não está na educação, mas sim na servidão.
 Diante da indignação da Comunidade Internacional, várias autoridades estão se mobilizando, desde campanhas na internet até o envio de soldados e equipamentos necessários para que as estudantes possam ser localizadas. Além de que pessoas ao redor do mundo estão cada vez mais comovidos com a situação das nigerianas e em forma de protesto estão usando a seguinte frase nas redes sociais: #BringBackOurGirls e dentre elas estão artistas e políticos fluentes no âmbito internacional.

Mas apesar de tal atitude tomada pelos governantes ocidentais, há relatos de que algumas meninas já tenham sido vendidas. Além disso, a presença de soldados e armas do ocidente está prejudicando cada vez mais a situação dos nigerianos, havendo cada vez mais mortes e violações dos direitos das mulheres ao tentarem resolver seus assuntos particulares, como o acesso aos recursos do país em especial o petróleo.
O que nos deixa com uma grande dúvida: será que as autoridades ocidentais estão realmente comovidas com a situação ou querem apenas proteger as suas indústrias que lá estão presentes?             

REFERENCIAS: