Ana Raquel Cordeiro Dionisio
Acadêmica do 7ª semestre de Relações Internacionais da Unama
Atualmente o mundo passa por uma síndrome do “globalismo”, na qual os países tentam acompanhar uns aos outros na busca por melhorias nas áreas tecnológica, econômica e social. Essa busca desenfreada por desenvolvimento se tornou mais forte com o fim da Guerra Fria, quando foram utilizadas “armas inovadoras” e que deu ao mundo uma nova direção histórica.
Uma dessas inovações foi o encurtamento entre as nações por
meio de TV, rádio e atualmente a internet, meio mais comum para manter
relacionamentos entre a comunidade internacional, além de ser uma ferramenta
que beneficiou também os chefes e representantes de Estado, que passaram a
criar alianças e resolver conflitos de forma mais rápida e menos onerosa.
No
entanto, toda essa facilidade a informações fornecida pela imprensa nacional e/ou
internacional, gera desconfiança na veracidade de notícias e fatos, isso porque
informar é diferente de levar a conhecer. Quando lemos um jornal ou revista,
por exemplo, não enxergamos os fatos como eles realmente são, e sim como o
escritor enxerga, o que nos leva a perceber que a verdade pode ser dita e vista
de diferentes ângulos.
É como se duas torres tivessem sido atingidas e durante o
acontecimento tivessem três pessoas localizadas em pontos diferentes e cada uma
afirmar que terá dito esta verdade, “duas torres caíram”, mas estas mesmas
pessoas contariam de modo diferente a forma como o fato aconteceu. A verdade é
que os meios de informação ajudam e cooperam para o “conhecimento” de uma
sociedade, mas nem sempre mostram as posições exatas de determinado assunto.
Todavia,
mesmo que a imprensa não seja um meio 100% seguro para que saibamos o que
ocorre com o mundo em nossa volta, ela não deixa de ser uma ótima ferramenta para
que a sociedade possa exercer sua cidadania, já que ela possui um papel
fundamental: o de expressar o sentimento de uma sociedade, ajudar na formação de
argumentos, e denunciar o que está muitas vezes oculto.
Uma das formas do povo expressar essa cidadania é através de
manifestações, uma atitude que já foi e que está voltando a ser cada vez mais
utilizada pela sociedade, e mostrada pela imprensa televisiva, como forma de
“pedir ao público” que tome uma postura para mudar o sistema em que se insere.
Neste caso, as manifestações transmitidas pela imprensa acabam servindo também
como uma arma contra, ou a favor de uma
causa que afeta a todos, não para alienação, mas para que através dela o
"governo do povo" seja exercido pelo próprio povo.
Sendo assim, para lembrarmos desta ferramenta social,
a Organização das Nações Unidas (ONU) por meio de uma iniciativa da UNESCO, definiu
o dia 3 de Maio de 1991 como O DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA.
Mais
do que um dia para lembrarmos da imprensa como ferramenta de informação ou de uma
arma democrática, esta data serve para que lembremos também de inúmeros
profissionais da área que vivem em países onde a liberdade de expressão praticamente
não existe. Nestes locais as pessoas são impedidas de esboçar qualquer opinião,
e aqueles que ousam fazer isso sofrem ameaças, sequestros e muitas das vezes
correm risco de morte, como é o caso da República Democrática Popular da Coréia, ou
mais popularmente conhecida como Coréia do Norte. Um dos países com o pior registro de Direitos
Humanos segundo a ONU, a Coréia do Norte tem restrições severas quanto a
liberdade política, econômica e também religiosa, sendo comparada até mesmo ao
regime Nazista.
“Feliz do povo que hoje
pode usufruir deste direito fundamental [liberdade de expressão], pois durante muito tempo gerações, em troca
de suas próprias vidas, foram obrigadas a se submeter ao poder dos mais
abastados, que impediam que a verdade fosse revelada.” (Aline Martins
Rospa).
REFERÊNCIAS
O papel do direito
fundamental à liberdade de imprensa no estado brasileiro. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10287&revista_caderno=9 >. Acesso em 28 de Abril de 2014.
Coréia do Norte,
liberdade ou morte. Disponível em: <http://www.liberdade.cc/posts/2756#.U18ApNxdXT8 > Acesso em 28 de
Abril de 2014.
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa – 3 de maio
de 2012. Disponível em: <http://www.onu.org.br/dia-mundial-da-liberdade-de-imprensa-3-de-maio-de-2012/> Acesso em 28 de Abril de 2014.
Declarado o dia da liberdade de
imprensa. Disponível
em: <http://hojenahistoria.seuhistory.com/declarado-o-dia-mundial-da-liberdade-de-imprensa> Acesso em 28 de
Abril de 2014.
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