quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A reunião do G20: principais decisões tomadas no encontro

Catarina Bastos
Acadêmica do 2° semestre de Relações Internacionais da UNAMA


Entre os dias 15 e 16 de novembro deste ano, ocorreu em Brisbane, na Austrália, a 9° Reunião de Cúpula do G20, que reúne ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia. Juntos, representam 90% do PIB mundial, dois terços da população global e quatro quintos do comércio internacional.
Durante a reunião, mais de 800 medidas foram discutidas e negociadas, tendo como principal enfoque as reformas financeiras nos países que compõe a reunião.
No âmbito comercial foi anunciado através de um comunicado o acordo de estímulo à economia dos países em um total de dois bilhões de dólares até 2018, elevando em 2,1% o total do PIB através de políticas que deverão ser implementadas, resultando ainda no crescimento em 0,5% do PIB dos países que não fazem parte do G20, nos próximos cinco anos.
A presidente Dilma afirmou que o ano de 2015 será marcado por ajustes na economia brasileira. Mas, sem maiores especificações, disse que haverá cortes de gastos, os quais resultarão na ampliação da economia do Brasil.
Na área da saúde, os chefes de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, declararam que o vírus Ebola pode ser uma ameaça ao desenvolvimento econômico e se dizem preparados para fazer o que for necessário para acabar com o surto, apoiando um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para os países mais afetados. Também pedem o maior apoio internacional para auxiliar no combate ao vírus que já deixou mais de 5 mil mortos.
No cenário político, foi acordado um Plano Anticorrupção que deve levar os países a compartilhar informações para a aplicação de leis com o intuito de investigar donos de companhias de fachada e fundos utilizados por magnatas para sonegar impostos, lavar dinheiro e esconder iniciativas corruptas. Tal medida obteve apoio de diversos países como a China, que se mostrou resistente à ideia, no início.
Além disso, os países que participantes da reunião conseguiram chegar a um consenso para uma ação eficaz sobre o clima, com a ajuda de um mecanismo de financiamento, chamado Fundo Verde da ONU. Estados Unidos e França já fizeram doações que juntas somam mais de U$ 4 bilhões.
A reunião da cúpula ocorre todo ano desde 2008 e é uma oportunidade para que os representantes das nações mais poderosos, em sentido econômico, apresentem ideias para desenvolver as políticas econômicas e sociais dos países membros e do cenário mundial. Por isso, é necessário estar atento às propostas, verificando se as mesmas se tornam ações efetivas.
           


REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Liliane. Em reunião G20 vê possibilidade de crescimento de 2,1% até 2018. 2014. Disponível em: http://180graus.com/noticias/em-reuniao-g20-ve-possibilidade-de-crescimento-de-21-ate-2018-2. Acesso em: 21 de novembro de 2014.
DILMA discursa na reunião do G20 em Brisbane, Austrália. 2014. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/governo/2014/11/dilma-discursa-na-reuniao-do-g20-em-brisbane-australia. Acesso em: 22 de novembro de 2014.
PAÍSES chegam a consenso sobre clima ao final do G20. 2014. Disponível em: http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20141116-paises-chegam-consenso-sobre-clima-ao-final-do-g20. Acesso em: 22 de novembro de 2014.

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