Catarina Bastos
Acadêmica do 2°
semestre de Relações Internacionais da UNAMA
Entre
os dias 15 e 16 de novembro deste ano, ocorreu em Brisbane, na Austrália, a 9°
Reunião de Cúpula do G20, que reúne ministros de finanças e chefes dos bancos
centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia. Juntos,
representam 90% do PIB mundial, dois terços da população global e quatro
quintos do comércio internacional.
Durante
a reunião, mais de 800 medidas foram discutidas e negociadas, tendo como
principal enfoque as reformas financeiras nos países que compõe a reunião.
No
âmbito comercial foi anunciado através de um comunicado o acordo de estímulo à
economia dos países em um total de dois bilhões de dólares até 2018, elevando
em 2,1% o total do PIB através de políticas que deverão ser implementadas,
resultando ainda no crescimento em 0,5% do PIB dos países que não fazem parte
do G20, nos próximos cinco anos.
A
presidente Dilma afirmou que o ano de 2015 será marcado por ajustes na economia
brasileira. Mas, sem maiores especificações, disse que haverá cortes de gastos,
os quais resultarão na ampliação da economia do Brasil.
Na
área da saúde, os chefes de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack
Obama, e o presidente da China, Xi Jinping, declararam que o vírus Ebola pode
ser uma ameaça ao desenvolvimento econômico e se dizem preparados para fazer o
que for necessário para acabar com o surto, apoiando um pacote de ajuda do
Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para os países mais
afetados. Também pedem o maior apoio internacional para auxiliar no combate ao
vírus que já deixou mais de 5 mil mortos.
No
cenário político, foi acordado um Plano Anticorrupção que deve levar os países
a compartilhar informações para a aplicação de leis com o intuito de investigar
donos de companhias de fachada e fundos utilizados por magnatas para sonegar
impostos, lavar dinheiro e esconder iniciativas corruptas. Tal medida obteve
apoio de diversos países como a China, que se mostrou resistente à ideia, no
início.
Além
disso, os países que participantes da reunião conseguiram chegar a um consenso
para uma ação eficaz sobre o clima, com a ajuda de um mecanismo de
financiamento, chamado Fundo Verde da ONU. Estados Unidos e França já fizeram
doações que juntas somam mais de U$ 4 bilhões.
A
reunião da cúpula ocorre todo ano desde 2008 e é uma oportunidade para que os
representantes das nações mais poderosos, em sentido econômico, apresentem
ideias para desenvolver as políticas econômicas e sociais dos países membros e
do cenário mundial. Por isso, é necessário estar atento às propostas,
verificando se as mesmas se tornam ações efetivas.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO,
Liliane. Em reunião G20 vê possibilidade de crescimento de 2,1% até 2018. 2014.
Disponível em:
http://180graus.com/noticias/em-reuniao-g20-ve-possibilidade-de-crescimento-de-21-ate-2018-2.
Acesso em: 21 de novembro de 2014.
DILMA
discursa na reunião do G20 em Brisbane, Austrália. 2014. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/governo/2014/11/dilma-discursa-na-reuniao-do-g20-em-brisbane-australia.
Acesso em: 22 de novembro de 2014.
PAÍSES
chegam a consenso sobre clima ao final do G20. 2014. Disponível em:
http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20141116-paises-chegam-consenso-sobre-clima-ao-final-do-g20.
Acesso em: 22 de novembro de 2014.
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