Josefina
José da silva
Acadêmica de Relações Internacionais da Unama
As potências europeias se interessaram pelo
continente Africano no sec. XIX, no entanto esses interesses econômicos e
políticos deram o estímulo de penetrarem e colonizarem o interior do Continente
Africano. Mas essa ambição fez com que
não se preocupassem com as políticas sociais da África. Um continente com
diversas variações Culturais, politicas e étnicas. Nestas perspectivas, os Europeus chegaram sem
se preocupar com esses pormenores e evidentemente são esses arcabouços que os
países Africanos enfrentam em todos os aspectos até o presente, como Guerra
civil, fome, conflitos religiosos, políticos, etc.
A união Africana como sucessora da
Organização da União Africana é o exemplo de uma nova visão para o continente,
que tem como princípio o respeito pelos direitos humanos, o estado de direito,
boa governança, a promoção da igualdade de gênero, justiça social como forma de
garantir o desenvolvimento, respeito a vida humana, a condenação a impunidade aos
assassinatos políticos, bem como aos atos de terrorismo e atividades
subversivas. São estas iniciativas que mostram um consagrado ato constitutivo
da União Africana em prol da democracia no continente. Houve uma evolução
considerável, mas os problemas ainda permanecem, o que merece uma atenção
especial em relação aos referidos.
No setor econômico percebe-se maior
divulgação internacional, mas ainda insuficiente para o continente. O crescimento
tem sido notado mundialmente, porém alguns dos fatores que trouxeram este
crescimento podem ser associados a fenômenos temporários como o aumento dos
preços dos minerais e dos produtos agrícolas, o que indica boa parte dos
números positivos que somam-se a perda das dívidas externas.
Nos anos que antecederam a recessão global de
2009, a maioria das economias africanas conheceu um significativo crescimento
econômico, com uma média anual, entre 2006 e 2008, de cerca de 6% – enquanto o PIB
per capita cresceu quase 4%. No período de 2008 a economia Angolana cresceu
92,4%, a dívida externa do pais caiu para de 73,8% para 15,6% entre 2002 e 2008
e, apesar de muitos problemas, segundo (JORGE, 2011) petróleo e diamante
representam 50% do PIB e 90% das exportações, que causam um custo de vida
altíssimo (Luanda é considerada capital mais cara do mundo).
Em termos políticos houve uma evolução
considerável, mas que ainda tem as suas deficiências. Tomando por base os dados
de (NEDILSON, 2007) percebe-se a
evolução política ao longo das ultimas cinco décadas, no qual não se pode
desmerecer o papel primordial da UA nessa luta de amadurecimento político do continente,
o que mostra que as perspectivas são excelentes tanto em termos políticos
quanto econômicos.
Segundo os antropólogos a África é um
continente extremamente tradicional, porém ao entender os seus conceitos de
desenvolvimento é necessário também entender a dinâmica cultural no seio de
cada país. As perspectivas para os próximos 50 anos são positivas na maioria
dos países.
Vários Estados se mostram decididos a
explorar todos os seus potenciais, através de parcerias frutuosas em prol da
paz, da democracia e do processo sustentável para todos os africanos. O Brasil
é um exemplo da cooperação e da ajuda aos países africanos em termos políticos,
econômicos sociais e educacionais.
Nesse sentido vale ressaltar que a África é a
nova fronteira de desenvolvimento do mundo por ser um continente com varias
biodiversidades e recursos naturais consideráveis, mas que ainda necessita de
um notável reforço na sua economia de base, que predomina evidentemente na
assistência oficial ao desenvolvimento em prol da eliminação da pobreza
extrema, além da criação e manutenção de estrutura social de base.
REFERÊNCIAS
Galvão,
M(2010) G20: Mudanças e desafios. Valor econômico. São Paulo. Disponível em: http://www.oecd-ilibrary.org/development/perspectivas-economicas-em-africa-2013-versao-condensada_9789264200562-pt
acessado em 29.06.2014
Debate sobre a África –
relatório do MRE. Moderador embaixador
Carlos Henrique Cardim e o professor Flavio saraiva .
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