domingo, 3 de agosto de 2014

A Nova África

Josefina José da silva
Acadêmica de Relações Internacionais da Unama


As potências europeias se interessaram pelo continente Africano no sec. XIX, no entanto esses interesses econômicos e políticos deram o estímulo de penetrarem e colonizarem o interior do Continente Africano.  Mas essa ambição fez com que não se preocupassem com as políticas sociais da África. Um continente com diversas variações Culturais, politicas e étnicas.  Nestas perspectivas, os Europeus chegaram sem se preocupar com esses pormenores e evidentemente são esses arcabouços que os países Africanos enfrentam em todos os aspectos até o presente, como Guerra civil, fome, conflitos religiosos, políticos, etc.  

A união Africana como sucessora da Organização da União Africana é o exemplo de uma nova visão para o continente, que tem como princípio o respeito pelos direitos humanos, o estado de direito, boa governança, a promoção da igualdade de gênero, justiça social como forma de garantir o desenvolvimento, respeito a vida humana, a condenação a impunidade aos assassinatos políticos, bem como aos atos de terrorismo e atividades subversivas. São estas iniciativas que mostram um consagrado ato constitutivo da União Africana em prol da democracia no continente. Houve uma evolução considerável, mas os problemas ainda permanecem, o que merece uma atenção especial em relação aos referidos.  

No setor econômico percebe-se maior divulgação internacional, mas ainda insuficiente para o continente. O crescimento tem sido notado mundialmente, porém alguns dos fatores que trouxeram este crescimento podem ser associados a fenômenos temporários como o aumento dos preços dos minerais e dos produtos agrícolas, o que indica boa parte dos números positivos que somam-se a perda das dívidas externas.

Nos anos que antecederam a recessão global de 2009, a maioria das economias africanas conheceu um significativo crescimento econômico, com uma média anual, entre 2006 e 2008, de cerca de 6% – enquanto o PIB per capita cresceu quase 4%. No período de 2008 a economia Angolana cresceu 92,4%, a dívida externa do pais caiu para de 73,8% para 15,6% entre 2002 e 2008 e, apesar de muitos problemas, segundo (JORGE, 2011) petróleo e diamante representam 50% do PIB e 90% das exportações, que causam um custo de vida altíssimo (Luanda é considerada capital mais cara do mundo).

Em termos políticos houve uma evolução considerável, mas que ainda tem as suas deficiências. Tomando por base os dados de (NEDILSON, 2007)  percebe-se a evolução política ao longo das ultimas cinco décadas, no qual não se pode desmerecer o papel primordial da UA nessa luta de amadurecimento político do continente, o que mostra que as perspectivas são excelentes tanto em termos políticos quanto econômicos. 

Segundo os antropólogos a África é um continente extremamente tradicional, porém ao entender os seus conceitos de desenvolvimento é necessário também entender a dinâmica cultural no seio de cada país. As perspectivas para os próximos 50 anos são positivas na maioria dos países.

Vários Estados se mostram decididos a explorar todos os seus potenciais, através de parcerias frutuosas em prol da paz, da democracia e do processo sustentável para todos os africanos. O Brasil é um exemplo da cooperação e da ajuda aos países africanos em termos políticos, econômicos sociais e educacionais. 

Nesse sentido vale ressaltar que a África é a nova fronteira de desenvolvimento do mundo por ser um continente com varias biodiversidades e recursos naturais consideráveis, mas que ainda necessita de um notável reforço na sua economia de base, que predomina evidentemente na assistência oficial ao desenvolvimento em prol da eliminação da pobreza extrema, além da criação e manutenção de estrutura social de base.

REFERÊNCIAS


Debate sobre a África – relatório do MRE. Moderador  embaixador Carlos Henrique Cardim e o professor Flavio saraiva .

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