quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Disseminação do Ebola e Repercussão no Cenário Internacional

Quezia Pereira
Acadêmica do 6° semestre de Relações Internacionais da UNAMA

 


A febre hemorrágica causada pelo vírus Ebola, que começou na Guiné-Conacri e se espalhou por Serra Leoa e Libéria já tirou mais de 1.100 vidas desde o início do surto, em 2014. A rápida disseminação da doença alertou a comunidade internacional para a possível epidemia, provocando o grande esforço de entidades e organizações internacionais, bem como o de alguns Estados como Alemanha, Canadá e Estados Unidos, em conter a provável fatalidade de disseminação mundial da doença.
O vírus foi manifestado pela primeira vez em 1976 na República Democrática do Congo, onde morreram 90% dos infectados. Mesmo que a doença tenha sido identificada há mais de trinta anos, ainda não existe um tratamento que seja eficaz no combate ao vírus. Vários surtos já ocorreram desde então. Os últimos casos da epidemia são ainda mais preocupantes devido à rápida propagação e ao grande registro de mortes, sendo considerada a mais grave da história.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) junto a outras organizações humanitárias especializadas na área da saúde, alertam para que os Estados estejam preparados para evitar a expansão da doença, tendo cuidado nas áreas de fronteiras. Aconselham também o isolamento dos pacientes já infectados, dado que muitas pessoas doentes não aceitam a situação e fogem para outros países.
Essas organizações representam um papel muito importante no combate à epidemia. A busca da cura abrange também a política, a diplomacia e cooperação entre os Estados. O principal objetivo da OMS é oferecer o maior nível possível de saúde aos povos do mundo. Para isto, o trabalho da organização vai desde o incentivo a pesquisas biológicas até a implementação de acordos econômicos para financiar seus projetos. A colaboração de entidades filantrópicas como a Médicos Sem Fronteiras (MSF) é, do mesmo modo, necessária à manutenção da saúde.
No caso do Ebola, um possível tratamento, reproduzido por uma empresa americana, está sendo testado. Essa iniciativa é essencial, pois as informações compartilhadas, bem como as experiências, mostram o compromisso da OMS (responsável por liberar o uso dos medicamentos) e outros atores internacionais em buscar uma prevenção. Assim, Canadá e EUA mostraram-se disponíveis a financiar a droga e enviar à África Ocidental o mais breve possível. Portanto, a ajuda correspondente dos Estados, das empresas e das organizações governamentais e não governamentais pode ser o método mais eficaz de combate a esta doença.




REFERÊNCIAS:

El País. Un millón de personas están en cuarentena en África por el ebola. Disponível em: http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/08/15/actualidad/1408123969_202506.html Acesso em: 15 ago. 2014

SiNUS. Organização Mundial de Saúde (OMS). Disponível em http://www.sinus.org.br/2009/oms.html Acesso em: 18 ago. 2014


Tribuna do Norte. África ocidental virou “zona de guerra, diz MSF. Disponível em: http://tribunadonorte.com.br/noticia/africa-ocidental-virou-zona-de-guerra-diz-msf/290708 Acesso em: 18 ago. 2014

 

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