quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Papel da Organização Mundial Meteorológica frente à Camada de Ozônio

Thainá Penha
Acadêmica do 4° semestre de Relações Internacionais da UNAMA



          Antes de esclarecer a relação entre a OMM (Organização Mundial Meteorológica) e a proteção da camada de ozônio, é importante saber no que tange a instituição.

A OMM é uma agência especializada da ONU desde 1951. É responsável por questões especificamente meteorológicas como clima, tempo, hidrologia operacional e ciências geofísicas. Dentre os seus objetivos, relatados no Tratado Constitutivo da instituição, estão pontos como investir em tecnologias disponíveis para que as trocas de informações meteorológicas sejam mais eficientes, além de usar dos artifícios para garantir a publicação de observações e estatísticas. Dentre os outros pontos, estes são os mais meritórios para entender a relação da instituição com a preservação da camada de ozônio.
Esta última, por sua vez, consiste em uma camada que circunda o Planeta Terra, formada, dentre outros componentes, pelo gás ozônio, responsável por proteger os seres vivos dos raios ultravioletas excessivos vindos do sol.
Por conta da poluição e da má ação do homem referente à natureza, surge um buraco nesta camada, o que a torna mais fina que o necessário, principalmente nos Polos.
Isto acontece devido a emissão de diversas substâncias químicas que acabam por contribuir para o aquecimento do planeta, o famoso efeito estufa. Entre os vilões encontram-se os óxidos nítricos e nitrosos lançados pelos exaustores dos automóveis e o famoso CO2, produzido pela queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo.


Neste contexto, a OMM tem o papel de estudar e ceder informações sobre a situação da camada de ozônio. Ela é o órgão mais próximo de assuntos como este, tendo em vista que a ONU carece de uma instituição responsável, estritamente, pelo meio ambiente – assunto que tem pouco espaço na organização, apesar de fazer parte de sua agenda e de possuir o PNUMA que infelizmente ainda não foi institucionalizado.
No último dia 10, a OMM em conjunto com o PNUMA – Programa da ONU para o Meio Ambiente – lançou um relatório que consta informações extremamente importantes. Neste, confirmaram que a camada de ozônio está em fase de recuperação e que estará significantemente recuperada até 2050.
O documento intitulado “Avaliação Científica da Diminuição da Camada de Ozônio 2014” contou com a contribuição 300 cientistas de 36 países. Mais animador do que isto é o fato desta recuperação ser atribuída a ação coletiva do Protocolo de Montreal, firmado em 1987, com o objetivo de incentivar os países no desenvolvimento de ações e políticas voltadas para a preservação, redução e eliminação do uso de elementos químicos que destroem a camada.

            O PNUMA e a OMM acreditam que a notícia veio para dar mais incentivo à luta pela preservação, por meio da cooperação entre os Estados firmada no Protocolo de Montreal. Existe, ainda, um protocolo a ser assinado no final de 2015 em que os países controlarão as emissões de gases de efeito estufa, segundo Bruno Calixto (2014), em publicação da Revista Época.
Diante disso, fica clara a importância que a Organização Mundial Meteorológica possui na política internacional. A interdependência complexa é notada também na questão do meio ambiente. Ações de um ator em uma parte do globo irão, de alguma forma, afetar outros atores em partes diferentes do mundo.
Sendo assim, fica clara a necessidade que os Estados e demais atores não estatais tem de cooperarem e contribuírem para a preservação da camada de ozônio, a qual beneficiará e trará ganhos a todos os envolvidos.



Referência:
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/09/uma-boa-noticia-buraco-na-camada-de-ozonio-besta-diminuindob.html             
               
                
             
            

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