Thainá Penha
Acadêmica do 4°
semestre de Relações Internacionais da UNAMA
A OMM é uma agência especializada da ONU
desde 1951. É responsável por questões especificamente meteorológicas como
clima, tempo, hidrologia operacional e ciências geofísicas. Dentre os seus
objetivos, relatados no Tratado Constitutivo da instituição, estão pontos como
investir em tecnologias disponíveis para que as trocas de informações meteorológicas
sejam mais eficientes, além de usar dos artifícios para garantir a publicação
de observações e estatísticas. Dentre os outros pontos, estes são os mais
meritórios para entender a relação da instituição com a preservação da camada
de ozônio.
Esta última, por sua vez, consiste em uma
camada que circunda o Planeta Terra, formada, dentre outros componentes, pelo
gás ozônio, responsável por proteger os seres vivos dos raios
ultravioletas excessivos vindos do sol.
Por conta da poluição e da má ação do homem
referente à natureza, surge um buraco nesta camada, o que a torna mais fina que
o necessário, principalmente nos Polos.
Isto acontece devido a emissão de diversas
substâncias químicas que acabam por contribuir para o aquecimento do planeta, o
famoso efeito estufa. Entre os vilões encontram-se os óxidos nítricos e
nitrosos lançados pelos exaustores dos automóveis e o famoso CO2, produzido
pela queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo.
Neste contexto, a OMM tem o papel de estudar
e ceder informações sobre a situação da camada de ozônio. Ela é o órgão mais
próximo de assuntos como este, tendo em vista que a ONU carece de uma
instituição responsável, estritamente, pelo meio ambiente – assunto que tem
pouco espaço na organização, apesar de fazer parte de sua agenda e de possuir o
PNUMA que infelizmente ainda não foi institucionalizado.
No último dia 10, a OMM em conjunto com o
PNUMA – Programa da ONU para o Meio Ambiente – lançou um relatório que consta
informações extremamente importantes. Neste, confirmaram que a camada de ozônio
está em fase de recuperação e que estará significantemente recuperada até 2050.
O documento intitulado “Avaliação Científica
da Diminuição da Camada de Ozônio 2014” contou com a contribuição 300
cientistas de 36 países. Mais animador do que isto é o fato desta recuperação
ser atribuída a ação coletiva do Protocolo de Montreal, firmado em 1987, com o
objetivo de incentivar os países no desenvolvimento de ações e políticas
voltadas para a preservação, redução e eliminação do uso de elementos químicos
que destroem a camada.
O
PNUMA e a OMM acreditam que a notícia veio para dar mais incentivo à luta pela
preservação, por meio da cooperação entre os Estados firmada no Protocolo de
Montreal. Existe, ainda, um protocolo a ser assinado no final de 2015 em que os
países controlarão as emissões de gases de efeito estufa, segundo Bruno Calixto
(2014), em publicação da Revista Época.
Diante disso, fica clara a importância que a
Organização Mundial Meteorológica possui na política internacional. A
interdependência complexa é notada também na questão do meio ambiente. Ações de
um ator em uma parte do globo irão, de alguma forma, afetar outros atores em
partes diferentes do mundo.
Sendo assim, fica clara a necessidade que os
Estados e demais atores não estatais tem de cooperarem e contribuírem para a
preservação da camada de ozônio, a qual beneficiará e trará ganhos a todos os
envolvidos.
Referência:
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2014/09/uma-boa-noticia-buraco-na-camada-de-ozonio-besta-diminuindob.html
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