Rafaela Alves
Acadêmica do 3° semestre de Relações Internacionais
da UNAMA
O significado desta data foi instituído pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em 1982, com o propósito de reflexão mundial
acerca dos abusos sofridos pelas crianças ao longo da História. Mesmo considerado ilegal na maioria dos
países, elas sofrem ainda nos dias de hoje.
Antes do século XIX as crianças eram vistas em sua
maioria como objetos. A elas não eram concedidos direitos, apenas deveres.
Sendo assim, dentro de casa ou na rua se tornavam presas do abuso sexual,
lesões corporais de grau leve e/ou gravíssimo. Além do trabalho forçado. A
partir deste século começam a se aprofundar estudos a fim de compreendê-las melhor,
dentro de áreas como a psicologia, pedagogia, psicanálise ou pediatria.
No decorrer do texto abordarei brevemente as três
principais agressões que as crianças são submetidas até hoje: sexual, trabalho
infantil e lesão corporal.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) nos países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia (que fazem parte
do BRICS), cerca de 250 milhões de crianças trabalham. Dentre os principais
motivos está a questão da pobreza causada pela desigualdade social que envolve
estes países que “têm” a necessidade de crescimento rápido sem que se atenda
aqueles mais necessitados, obtendo uma boa renda geral e baixa renda per
capita.
A agressão física é internacionalmente relatada
como ocorrida através de queimaduras, afogamentos, espancamento, envenenamento,
encarceramento e queimadura. Sendo um dos principais motivos, segundo o
Ministério da Saúde, da mortalidade mundial. E ocasionada na maioria das vezes
dentro de casa pelos pais, irmãos ou vizinhos.
A violência sexual é uma questão extremamente
delicada, como todas, que deixa consequências para o resto da vida. Fisicamente
as crianças não estão aptas ao que lhes acontece.
Tais formas de agressão infantil são
constitucionalmente ilegais no Brasil. São assuntos de debates importantes nas
Organizações Internacionais. A criança necessita de uma vida tranquila, do
direito à educação e diversão para que aprenda os valores morais e éticos que
as farão crescer com compaixão, solidariedade, que para psicólogos são
essenciais à convivência social do ser humano.
O zelo pela criança e adolescente não é somente
obrigação de seus pais, mas também da comunidade ou da sociedade a qual se
encontra. No Brasil o Conselho Tutelar é o órgão responsável que recebe as
denúncias desses abusos e a partir de então auxilia as crianças.
O capitalismo desenfreado, juntamente com a
industrialização possibilitou ao homem imensos desenvolvimentos técnicos.
Porém, os avanços são questionáveis quando analisamos a situação humana. O
homem é visto como uma máquina. Fadado à produção. A própria estrutura social,
dividida em classes expressa as mazelas sociais.
Uma criança não consegue contribuir para alimentar
este modo de produção selvagem, por isso, o pensamento dominante é de que elas
não possuem direitos, já que “não colaboram”. Na verdade, o que tem que ser
quebrado aqui é esta forma de pensar e agir que não serve de nada, a não ser
legitimar o pensamento dominante.
A criança deve ser protegida porque representa o
elo mais fraco desta sociedade alienada pela vontade artificial de produzir.
Uma criança deve ser vista como um ser em formação. Construção psicológica,
física. Não simplesmente como um “adulto pequeno”. Como se já possuísse
consciência para responder pelos próprios atos.
Isto não quer dizer que está sujeita a qualquer
imposição adulta: violências, agressões, abusos. Significa, sim, que o adulto é
o maior responsável pela comunidade infantil. Não se pode inibi-lo da
responsabilidade de educá-la. Seja o pai, mãe, avós, tios, professores, Estado.
É necessário que se perceba a responsabilidade social de cada um perante a
geração futura.
REFERENCIAS:
http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/4-de-junho.html
http://www.oitbrasil.org.br/
http://www.santuarioperpetuosocorro.org.br/detalhar_noticia.php?id=2072
http://internacionalamazonia.blogspot.com.br/2014/05/exploracao-sexual-de-criancas-e.html
http://internacionalamazonia.blogspot.com.br/2014/05/programa-globalizando-semana-de.html
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