Yuri Durães
Acadêmico do 7° semestre de Relações
Internacionais da UNAMA
Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU)
determinou o dia 26 de junho como o Dia Internacional de Combate às Drogas. A
primeira conferência sobre o assunto foi convocada pela ONU em fevereiro de
1990, firmando de 1991 a 2000 como anos internacionais de combate às drogas.
Em 1997 a ONU criou o Escritório das Nações Unidas
contra Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) com o objetivo de prestar
cooperação técnica aos países-membros para reduzir os problemas na área de
saúde (como o HIV) e social (como a violência) que possuem relação direta ou
indireta com as drogas ilícitas e o crime. A cada ano, no mês de junho, o UNODC
prepara uma campanha internacional de prevenção a drogas, visando contribuir
para o desenvolvimento socioeconômico dos países ao promover justiça,
segurança, saúde e direitos humanos.
As drogas já se tornaram um mal social em todo
mundo. No Brasil, os dados são particularmente alarmantes. De acordo com o mais
recente estudo apresentado pela ONU, a proporção da população brasileira que
consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005. Em 2001, 1% dos
brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em
2005. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o mundo tem pelo
menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são
dependentes.
As drogas foram usadas ao longo de vários anos para
fins muito diferentes: em cerimônias religiosas, em sessões de meditação,
medicina, datas comemorativas, festejos e confraternizações. Hoje em dia é
difícil uma comemoração, seja ela familiar ou não, em que o álcool não esteja
presente.
As informações sobre aos malefícios que causam a
droga são amplamente divulgadas nos meios de comunicação (televisão, revistas,
internet, etc.) viável para todos, independentemente do nível econômico da
pessoa. Em contrapartida vemos muitas propagandas a favor do vício diretamente
e indiretamente: “51 uma boa ideia”; “Deu duro? Tome um Dreher”. “Desce macio e
reanima”; “a cerveja que desce redondo”, etc. Muitas vezes, os próprios pais
incentivam seus filhos ao consumo de drogas, por meio de exemplos pessoais ou
mesmo por brincadeira.
O Governo Federal pretende investir até 2014 um
total de R$ 4 bilhões no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras
Drogas, e é responsabilidade dos municípios a criação dos Conselhos Municipais
de Combate as Drogas – COMAD, que objetiva propor e acompanhar, a execução da
política municipal de prevenção ao uso indevido de drogas e substâncias que
causem dependência física ou psíquica; coordenar, desenvolver e estimular
programas:
a) De prevenção ao uso indevido e à disseminação do tráfico ilícito de
drogas e substâncias que causem dependência;
b) Tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes;
c) De otimização e capacitação de recursos humanos para o trabalho de
prevenção.
O uso indiscriminado das drogas e, pior, o tráfico ilegal destas, gera
um mal social de difícil resolução e conduz milhões de pessoas à morte. Por
isso, é papel das organizações internacionais, dos Estados, dos indivíduos e
demais atores que promovem a política mundial, trabalharem para a promoção do
bem-estar social, e da dignidade humana, livre de dominações e dependências de
qualquer tipo.
Referências:
NATIONAL-AWARENESS-DAYS. Acessado em 11/06/14 pelo site: <
http://www.national-awareness-days.com/international-day-against-drug-abuse-and-illicit-trafficking.html
>
UNITED NATIONS OFFICE ON
DRUGS AND CRIME. Dia
Internacional ao Combate de Drogas. 2013 Acessado em 10/06/14 pelo site <
http://www.un.org/en/events/drugabuseday/> ou
<http://www.unodc.org/brazil/>
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