terça-feira, 3 de junho de 2014

Pensamentos Internacionalistas: A influência de Gramsci para Teoria Crítica das Relações Internacionais

Antonio Gramsci (1891-1937) filósofo italiano e cientista político. Ajudou a fundar o partido comunista italiano. Em 1926 quando a Itália vivia o fascismo, Gramsci foi preso. Suas obras são divididas em antes e depois de sua prisão, as obras que contêm as ideias da teoria crítica e do nacionalismo italiano são conhecidas como “Cadernos do Cárcere”.
 Gramsci nunca escreveu diretamente sobre Relações Internacionais, mas suas análises e críticas influenciaram autores como Robert Cox e Andrew Linklater. A primeira crítica da perspectiva gramsciana é quanto à metodologia e à epistemologia das teorias positivistas. As obras de Gramsci junto com os Estudos da Escola de Frankfurt fundamentam a teoria crítica das relações internacionais.


“Será ainda possível, no mundo moderno, a hegemonia cultural de uma nação sobre as outras? Ou então o mundo já está de tal modo unificado na sua estrutura econômico-social que um país, mesmo podendo ter ‘cronologicamente’ a iniciativa de uma inovação, não pode, porém, conservar o ‘monopólio político’ e, portanto, servir-se dele como base de hegemonia? Não será ele possível apenas como ‘imperialismo’ econômico-financeiro, e não mais como ‘primado’ civil ou hegemonia político-intelectual?”

(GRAMSCI, 1984: 192)

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