Neila Souza
Acadêmica do 4º semestre de Relações
Internacionais da Unama
“Não
há nada que eu possa fazer, seria melhor morrer...”
Segundo
o filósofo Albert Camus, “O suicídio é a grande questão
filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é
responder a uma pergunta fundamental da filosofia”. Em homenagem ao
Dia Mundial da Saúde Mental, tratar desse tema é de muita relevância para
refletirmos a maneira como estamos vivendo e como nos encontramos diante deste
assunto. Mas acima de tudo por se tratar de um tema global, em que devemos nos
perguntar: o que está sendo feito para diminuir a proporção de suicídios no
mundo, é possível?
Por ser um tema
extremamente desafiador, em que muitos especialistas ainda estão na busca de
soluções, para esse mal que atinge grande parte da sociedade mundial, farei
apenas uma analise para mostrar a importância de cuidar da saúde mental, pois
se a cabeça não vai bem, nada mais funciona de maneira que se possa prosseguir
e ter bons resultados naquilo que se espera.
Na própria historia
da humanidade temos diversos casos de suicídio dentre eles está os mais famosos
Van Gogh, Virginia Woolf, Hitler, Getúlio Vargas, Ernest Hemingway, entre
outros.
Apesar desse tema não
ser atual, a proporção desse ato tornou-se cada vez maior, sendo considerado o
mal da modernidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o suicídio está
entre as 10 primeiras causas de morte no mundo, cerca de um milhão de pessoas
tiram a sua própria vida dentre de um ano, sem contar com as tentativas
fracassadas que chegam a 20 milhões por ano, números estes que tendem a
aumentar para 1,5 milhões por ano até 2020. Dentro de vinte, anos
aumentou em cerca de 30% os casos de suicídio no Brasil, sendo os jovens de 15
a 29 anos os maiores alvos.
Em países como EUA e
Inglaterra foi criado um programa que possibilita diagnosticar e tratar pessoas
com tendências à depressão. No Brasil, ainda requer mais atenção para a
formulação de politicas públicas que encare a situação, pois se trata de um
problema grave de saúde pública.
Além disso, este é um
problema que deve ser combatido coletivamente, colocando como pauta de
discussões em debates. Segundo a associação americana de suicidologia, aprender
sobre os suicidas proporciona uma possibilidade muito alta de intervenção,
podendo assim, alertar cada vez mais a sociedade para saber identificar os
sinais que leva o outro a tirar a sua própria vida.
O
mundo exige cada vez mais de cada um de nós, querendo de certa forma impor um
único padrão de comportamento para todos, transformando-nos em robores de carne
e osso, exigências estas que fazem com que muitas pessoas se sintam fora de
orbita, acreditando que nunca irá se encaixar nos “padrões de normalidade”.
Segundo
Foucault, ao falar do “processo de normalização”, o anormal é um instrumento de
adaptação e a cura seria uma punição, conceito criado por Michel, na qual ele
chama de poder da normalização, sendo um exemplo de uma sociedade disciplinar, em
que respeitar as regras e define o seu grau de adequação. Então, diante da
questão do suicídio, quem precisa se adequar? O mundo, por provocar o
sentimento de não pertencimento ou você por não conseguir se adaptar ao padrão?
REFERÊNCIAS
Garota, Interrompida da
autora Susanna Kaysen
6 personagens históricos que cometeram suicídio. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/6-personagens-historicos-que-se-suicidaram/?s=suicidio > Acessado em: 06 de Outubro 2014
6 personagens históricos que cometeram suicídio. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/6-personagens-historicos-que-se-suicidaram/?s=suicidio > Acessado em: 06 de Outubro 2014
Suicídio. Disponível em:
<http://oficinadepsicologia.com/depressao/suicidio>
Acessado em: 06 de Outubro 2014.
Uma epidemia silenciosa.
Disponível em: <http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA> Acessado em: 06 de Outubro 2014
Prevenção do suicídio. Disponível
em: <http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf>
Acessado em: 06 de Outubro 2014
A Saúde Mental e a
Fabricação da Normalidade: Uma Crítica aos Excessos do Ideal Normalizador a
Partir das Obras de Foucault e Canguilhem. <file:///C:/Users/TEMP.ACADEMICO.003/Downloads/8322-45555-1-PB.pdf>
Acessado em: 06 de Outubro 2014
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